quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Brasil vence e convence nos EUA.
Ainda é cedo para dizer que o técnico Mano Menezes conseguiu renovar a seleção brasileira com qualidade e resgastou o protagonismo do futebol verde-amarelo no cenário internacional. No entanto, o começo do novo ciclo para a Copa do Mundo 2014 foi animador. Jogando futebol envolvente, o Brasil venceu os Estados Unidos por 2 a 0, ontem, no Estádio New Meadowlands, em Nova Jersey (EUA).
Porém, independente do resultado do jogo, não é cedo para dizer que o novo comandante brasileiro conseguiu aliar o discurso antes da estreia dele ao que foi apresentado pelos jogadores dentro de campo. Mano escalou três atacantes numa equipe que valorizou o toque de bola e a criatividade do jogador brasileiro.
A primeira chance foi dos Estados Unidos, logo aos 2 minutos. O meia Landon Donovan recebeu na entrada da área, invadiu e foi travado por André Santos na hora do lance. Nervoso, o time brasileiro errou alguns passes no meio-de-campo, mas foi se soltando gradativamente.
O Brasil respondeu aos 8, com Alexandre Pato. Lançado na frente, o atacante driblou o zagueiro e chutou à direita do gol de Howard. A partir daí, o time conseguiu imprimir um futebol mais ofensivo, com toque de bola, tabela rápidas e triangulações.
Aos 21, André Santos tabelou com Robinho e finalizou no meio do gol. Howard fez a defesa em dois tempos. Depois de duas boas jogadas pela direita, o atacante Neymar arriscou colocado da entrada da área, porém Howard se esticou todo para fazer a defesa. Aos 27, Neymar fez o seu primeiro gol com a camisa amarelinha. André Santos avançou pela esquerda e cruzou para Neymar, que cabeceou no canto direito de Howard.
Aos 32 minutos, Alexandre Pato recebeu na área e fez um touchdown, a pontuação máxima do futebol americano, derrubando o goleiro para entrar com bola e tudo. O árbitro anulou o lance.
Chances perdidas Aos 42, Neymar faz boa jogada na entrada da área e finaliza rasteiro. Howard, seguro, faz a defesa. Antes do fim do primeiro tempo, aos 45 minutos, o Brasil ampliou com Alexandre Pato, que recebeu de Ramires, driblou o goleiro e tocou para o gol vazio.
A superioridade brasileira continuou a todo a vapor e os jogadores abusaram de perder gols. Alexandre Pato apanhou passe de Robinho dentro da área, mas bateu na rede pelo lado de fora. Aos 7, após cruzamento, Pato furou e a bola chegou aos pés de Robinho, que chutou na trave. Aos 15, Neymar recebeu na área, pedalou e chutou forte para a defesa de Guzan.
Aos 25, Neymar recebeu de Daniel Alves na frente, mas finalizou em cima do goleiro. Sete minutos depois, Paulo Henrique Ganso experimentou de longe e acertou um chute forte na trave.
Aos 37 minutos, o meia-atacante Carlos Eduardo pegou a bola na linha da pequena área e tocou para a grande defesa de Guzan. Três minutos foi a vez do goleiro Victor salvar o Brasil na cabeçada de Gomez.
De acordo com o meia-atacante Paulo Henrique Ganso, Mano Menezes incentivou a equipe brasileira a jogar ofensivamente. "O Mano deu total liberdade para mostrarmos o futebol alegre que jogamos no Santos. E foi o que mostramos em campo", disse.(Com AE)
FICHA TÉCNICO:
0 EUA: Tim Howard (Brad Guzan); Spector, Omar Gonzalez, Bocanegra (Goodson) e Bornstein; Bedoya (Gomez), Bradley, Feilhaber (Altidore), Landon Donovan (Findley)e Maurice Edu; Buddle (Kljestan). Técnico: Bob Bradley
2 BRASIL:Victor; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luís e André Santos; Lucas, Ramires (Hernanes) e Paulo Henrique Ganso (Jucilei); Robinho (Diego Tardelli), Alexandre Pato (André) e Neymar (Ederson)(Carlos Eduardo). Técnico:Mano Menezes.
Local: Estádio New Meadowlands (Nova Jersey/EUA). Árbitro: Silviu Petrescu (CAN). Assistentes: Joe Fletcher (CAN) e Daniel Belleau (CAN). Público: 77.223 pagantes. Gols: Neymar, aos 28, e Alexandre Pato, aos 45 minutos do primeiro tempo.
CBF quer equipe perto da torcida
São Paulo- Após a estreia de Mano Menezes, ontem à noite, diante dos Estados Unidos, a seleção brasileira volta a se apresentar no início de setembro. A Fifa reserva os dias 3 e 7 do próximo mês para amistosos.
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, não anunciou os adversários nem os locais dos jogos. Nos próximos compromissos, o dirigente vai exigir uma relação de cordialidade dos jogadores com os torcedores. Quer a seleção nos braços do povo.
A nova ordem de Teixeira entrou em vigor em Nova Jersey, na véspera de o time de Mano Menezes enfrentar os norte-americanos. E deve estender-se até 2014, ano da Copa no Brasil.
Determinação O dirigente deseja apagar os anos de carranca do reinado de Dunga, de agosto de 2006 a junho de 2010. Por determinação do próprio presidente da CBF, o ex-técnico tratou de fechar a seleção, mantendo uma certa distância da torcida e, em especial, da imprensa.
O treinador acatou as ordens do presidente e ainda fortaleceu a clausura dos jogadores. Era uma resposta da CBF aos tempos festivos do grupo de 2006, tão criticado pela aventura em Weggis e o rotundo fracasso na Copa do Mundo da Alemanha.(Agência Estado)
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