sábado, 15 de outubro de 2016

Atlético Pode Ser Impedido de Jogar no Olimpico Por Desrespeitar o Torcedor


O Atlético está em uma fase espetacular. O time jogando muita bola, o torcedor feliz da vida, voltou ao estádio e está se sentindo em casa no estádio olímpico. Foram três jogos seguidos com públicos superior a 11 mil torcedores. Mas nem tudo está de acordo como deveria ser. Infelizmente o Atlético tem sido negligente com parte da torcida que tem ido ao estádio e consequentemente está desrespeitando o Estatuto do torcedor e código do consumidor.

Pela 3ª vez seguida aconteceu no estádio olímpico o problema de falta de orientador de torcedores dentro do estádio e mais uma vez,  vários torcedores foram prejudicados, não podendo assistir o jogo de acordo com que o Atlético vendeu o ingresso. 

Eu já havia recebido algumas reclamações por parte de alguns torcedores que não conseguiram assistir o jogo sentados nas duas primeira fileiras de cadeiras porque alguns torcedores, desprovidos de educação,  ficam em pé na frente destas cadeiras, encostados nos vidros de proteção, impedindo que os torcedores  sentados possam assistir ao jogo e alguns indignados acabaram deixando o estádio por pura falta de organização do Atlético.

Neste jogo contra o Paysandu, fui ao estádio na condição de torcedor para ver de perto o problema. Comprei dois ingressos, um para mim e outro para meu filho e sentamos na primeira fileira, não demorou muito para que algumas pessoas começassem a ficar em pé na minha frente. Pedi diversas vezes para que elas se sentassem, muitas vezes elas atendiam, outras ficavam nervosas e algumas queriam brigar.   Já tinha se passado 20 minutos  e eu ainda não tinha conseguido assistir  ao jogo.   Depois de uma discussão mais ríspida com um torcedor que ficou em pé na minha frente,  desisti de tentar assistir o jogo e fui atrás da polícia militar.

Foi uma dificuldade enorme para descobrir quem estava no comando da Policia militar no estádio Olímpico.  Fui informado que seria o capitão Leandro, mas nenhum policial conseguiu me colocar em contato com ele ou mesmo dizer onde ele estaria. De um lado do estádio diziam que ele estava de outro e vice  e versa. Por último foi informado que o capitão Leandro não estava no estádio e que o comando era exercido pelo Tenente Ricardo. Mesma situação, diversos policiais foram contactados e nenhum conseguiu dizer onde estava o Tenente Ricardo. 

Os próprios policiais se anteciparam em dizer que este problema não é da Polícia Militar e sim de quem está promovendo o jogo, no caso o Atlético. Na verdade os policiais estavam ali como meras figuras decorativas,  apenas para ganhar horas extras, pois o evento é mesmo privado, com fins lucrativos e não cabe a Policia Militar fazer segurança em um evento privado, dentro do estádio.  Fora do estádio tudo bem, mas dentro do estádio a segurança deve ser contratada pelo clube responsável pelo jogo. 

O que acontece é que policiais militares são utilizados para fazer o que é uma obrigação dos clubes. Está na hora do Estado rever essa posição e os policiais serem utilizados para fazerem a  segurança da população nas ruas e não dentro de estádio de futebol. O convênio existente com a Federação Goiana de Futebol e os clubes precisa ser revisto. Com a palavra o Ministério Público que neste caso está  sendo conivente com a pratica de desvio de função do Policial Militar.


Procurei o responsável pela coordenação de fiscais do Atlético e descobri que não existe esta figura pois o Atletico tem apenas fiscais de bilheterias.   Algumas pessoas com a camiseta 
"Posso ajudar?" estavam completamente despreparadas para fornecer informações e não sabiam com agir diante da situação e nem informar quem poderia ser procurado para tentar resolver o problema. Na verdade,  o Atlético não colocou nenhum orientador de torcida nas cadeiras, como também não colocou nenhum segurança no estádio.


Fui informado que a coordenadora dos fiscais era uma funcionária do Atlético de nome Aline, tentei falar com ela,  mas a resposta foi que ela estava contando dinheiro e não poderia atender. Os fiscais da Federação Goiana de Futebol informaram que a federação não tem nenhuma responsabilidade pela organização do evento e cabe ao Atlético tomar as providencias.

No intervalo do jogo fui procurado por alguns torcedores que relataram que um policial à paisana, discutiu com um torcedor que estava em pé na sua frente e chegou a sacar a arma durante a discussão. 

Cansado de tentar encontrar uma solução para o problema,  desisti de ver o jogo e vim embora. Como não houve nenhuma atitude de respeito por parte da  diretoria do Atlético, já que a Aline demonstrou desprezo pelo assunto,  na próxima segunda feira estarei entrando com uma representação contra o Atlético no Procon,  pedindo que o clube seja impedido de utilizar o estádio Olímpico,  até que possa garantir o direito do torcedor de assistir o jogo de acordo com que vende o ingresso. 

O Atlético vende um ingresso de cadeira e cabe ao Atlético garantir ao torcedor que comprou o ingresso, assistir ao jogo de acordo com o ingresso comprado. Quando um torcedor compra um ingresso e senta para assistir a um jogo e outra pessoa fica na sua frente, impedido-o de assistir a partida, esse não é um problema do torcedor que comprou o ingresso, mas sim da organização do evento que tem que garantir o direito do torcedor que comprou de assistir ao jogo sem ter que discutir ou brigar com outros torcedores para fazer valer o seu direito.

Neste caso, de acordo com o Estatuto do torcedor e com o código do consumidor,  caberia até indenização, não é esse o meu objetivo e nem tenho como objetivo proibir o Atlético de jogar no estádio Olímpico, pelo contrário, quero que o Atlético tome providencias para orientar e educar alguns torcedores que não tem educação suficiente para entender que não podem ficar em pé atrapalhando aos torcedores que estão sentados.

Pelo desprezo que a Aline tratou o assunto, entendo que somente através da justiça, no caso o Procon e o Ministério Público é que o Atlético vai tomar as medidas necessária para garantir que o seu torcedor tenha seus direitos respeitados.

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