Em todas as Copas e em todos os países tem sido assim.
Outra entidade tem proporcionado a mesma condição para seus parceiros: o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Governos e entidades de controle de países têm debatido as imposições de megaventos como Copa e Olimpíada. A CGU, do Brasil, tem participado desse debate.
Na Olimpíada de Londres, britânicos engoliram o mesmo tipo de exigências que irrita os brasileiros. E até mais.
Prédios residenciais tinham baterias de mísseis nos telhados e Londres teve 17 mil soldados e seguranças. Os Jogos custaram R$ 29 bilhões.
Antes da Olimpíada, 53% da população inglesa era contra. Boa parte dos londrinos trabalhou em casa durante os Jogos.
Os ingleses engoliram tudo, menos a isenção de impostos. E quem provocou a reação foi um site, o "38 degrees".
O nome da campanha, iniciada às vésperas da Olimpíada, foi: "Patrocinadores olímpicos, paguem a sua parte".
No site, o nome de cada patrocinador, quanto faturava, e como driblava impostos via paraísos fiscais mundo afora.
Em poucos dias centenas de milhares de adesões à campanha.
Nas redes sociais, exposição das marcas e pressão da opinião pública: um a um os grandes patrocinadores abriram mão da isenção de impostos.
E comunicaram, também via redes sociais, que pagariam os impostos.
Há um ano, com a reação nas ruas do Brasil, o jornal inglês Guardian constatou:
-Os brasileiros tiveram coragem de dizer o que os britânicos não tiveram.
Mas, sem nada quebrar daquela vez, os britânicos derrubaram a isenção de impostos aprovada por governo e parlamento.
Faltam três semanas para o início da Copa do Mundo no Brasil.
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