quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Homem é Condenado nos EUA Após Matar Esposa e Postar Foto de Corpo no Facebook

Medina alegou ter atirado em defesa própria. (Foto: Internet/Reprodução)
Após matar sua esposa, Derek Medina, de 33 anos, postou uma foto do corpo no Facebook. Medina foi condenado à prisão no Estado americano da Flórida que confessou ter tirado a foto com seu celular e publicado a imagem no site. No julgamento, ele disse ter atirado oito vezes em Jennifer Alfonso, de 27 anos, em defesa própria após anos de abuso.

Ele foi considerado culpado da acusação de homicídio e aguarda a sentença. O crime ocorreu em agosto de 2013.

Medina disse que sua esposa o ameaçava com uma faca quando ele atirou nela na casa do casal em Miami. Mas promotores disseram que ela estava ajoelhada no chão.

Ao postar a foto, Medina escreveu no Facebook que esperava ir para a prisão ou ser condenado à morte.

Promotores afirmaram que a esposa temia ser morta ao ser assassinada, já que Medina havia prometido matá-la caso ela o deixasse. Ela teria dito a amigas que planejava separar-se do marido.

"Nenhuma família deveria ver sua filha morta e então exposta a todo o mundo na internet como um troféu macabro da raiva de um marido", disse a procuradora Katherine Rundle.

Livro de Daniel Vilela Mostra Avanços do Governo Marconi e Critica o Governo Maguito

CESTA BÁSICA X RENDA CIDADÃ

Em comparação de programas sociais, distribuição de alimentos perde longe para cartão Renda Cidadã, com benefício direto em dinheiro


O deputado federal Daniel Vilela (PMDB) patrocinou a publicação de um livro, editado pela Assembleia Legislativa e pela Universidade Federal de Goiás, intitulado “Políticas Públicas em Goiás – Diagnóstico, Avaliação e Propostas”, com uma coletânea de artigos de pesquisadores da UFG sobre assuntos da administração pública estadual, entre eles uma avaliação sobre as políticas sociais e na área de economia dos governos Iris Rezende, Maguito Vilela, Alcides Rodrigues e Marconi Perillo.

O livro acaba por ressaltar as políticas sociais dos governos de Marconi, de quem Daniel é opositor, e critica as ações do governo de Maguito, que é pai do deputado. Em um texto sobre a economia goiana, assinada pela pesquisadora Francis Lee Ribeiro, são destacados os saltos obtidos a partir da chegada do governador Marconi Perillo ao poder, em 1998. A professora lembra, por exemplo, que, no período de 2000 a 2010, a indústria de transformação cresceu 76,2% em Goiás, o que revela média de 6,5% de expansão a cada ano – índice considerado elevado.

Em outro texto, a professora e doutora em Ciências Ambientais Cleonice Borges de Souza fala sobre a política social implantada a partir dos governos de Marconi, destacando o programa Renda Cidadã, “que, além das famílias carentes, beneficiava também o pequeno comerciante, fortalecendo a economia das pequenas cidades”. A substituição da cesta básica pelo pagamento em dinheiro “é um dos relativos avanços que as políticas assistenciais apresentaram em relação aos governos precedentes”, ressalta a professora.

Na época em que Iris Rezende governou, a pesquisa diz que as ações sociais “eram fragmentadas, com baixa densidade no volume de atendimentos e de caráter filantrópico e assistencial”. Sobre Maguito, o texto afirma a sua política social “não foi universalista”. A cesta básica criada pelo peemedebista é apresentada como “a concessão de um governo benevolente, com a noção de direito social e de cidadania perdendo-se tanto no imaginário como na realidade social das famílias atingidas”.

O estudo conclui ainda que a Cesta Básica de Maguito, “com produtos preestabelecidos e comprados de uma única empresa, influía negativamente no comércio das cidades, pois subtraía a demanda local por produtos alimentícios”. Já a Renda Cidadã, criada pelo governador Marconi Perillo, ao distribuir o benefício em dinheiro, acabou estimulando o comércio dos pequenos municípios e bairros.

Com relação à distribuição de lotes, outro item da política social do governo Maguito, a pesquisadora Cleonice Borges de Souza explica que foi ainda pior: graves problemas foram desencadeados, principalmente no entorno de Goiânia, “por causa da escassez de saneamento básico, saúde, educação, transporte, energia elétrica, segurança pública, lazer etc”. Além disso, acrescenta a pesquisadora, “a falta de recursos das famílias para construir suas moradias contribuiu para a multiplicação de habitações precárias e mal planejadas, colocando em risco a segurança e, no limite, a vida dos moradores”.

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A cesta básica foi insuficiente para melhorar a realidade social de Goiás, que mostrava, no final da gestão de Maguito, 298 mil famílias vivendo abaixo da linha de pobreza, mas apenas 101 mil recebendo o benefício dos alimentos

Corrupção na Justiça - Desembargador Cobrou Propina Para Cassar Prefeito e Beneficiar Candidato Derrotado

Desembargador é condenado à prisão por exigir propina em troca de decisão
Evandro Stábile, do TJMT, foi condenado pelo STJ a seis anos de prisão.

Ele cobrou propina para cassar prefeito e beneficiar candidato derrotado

Em troca de decisões para beneficiar determinadas partes, o desembargador Evandro Stábile, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), cobrava propina, conforme decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desta quarta-feira (18). O magistrado, afastado as funções por determinação judicial desde 2010, foi condenado a seis anos de prisão em regime inicialmente fechado.

A advogado e mulher do desembargador, Juliana Vettori Santamaria Stábile informou que os advogados dele irão se reunir nesta quinta-feira (19) para decidir a medida a ser tomada em relação à decisão. Informou ainda que ele não foi notificado da decisão e que a prisão só poderá ocorrer depois que o processo for transitado em julgado da decisão. "Vamos entrar com todos os recursos para modificar esse julgamento", afirmou.

A venda de sentenças no Judiciário mato-grossense veio à tona durante as investigações da operação Asafe, da Polícia Federal. Segundo a relatora da ação penal proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), ministra Nancy Andrighi, o desembargador cobrou propina para manter um prefeito no cargo no período em que estava no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). O beneficiado perdeu a eleição e o eleito teve o mandato cassado por suposto abuso de poder econômico.

No ano passado, Stábile foi citado na Operação Ararath, também da Polícia Federal. O delator do esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros, o empresário Gércio Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça, informou ao MPF que o desembargador Evandro Stábile, que na época era presidente da Corte eleitoral, teria recebido R$ 500 mil para conceder uma liminar favorável a um prefeito da região Norte do estado. À época, Stábile negou e disse que se tratava de uma bobagem.

A Operação Asafe foi deflagrada em 18 de maio de 2010 e levou à prisão de oito pessoas, entre as quais, cinco advogados, além do cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão. A apuração do caso começou três anos antes, quando a Polícia Federal em Goiás verificou situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso.

As investigações acabaram chegando a magistrados que atuavam no TRE-MT. A investigação foi denominada Asafe em referência ao profeta que escreveu o Salmo 82 da Bíblia Sagrada. O texto bíblico fala de tramas, conspiração, e exalta a justiça de Deus.

Fonte: G1 - MT

Lula e Bumlai Chantagearam Grupo Schahin em R$ 12 Milhões, diz Salim Schahin

Segundo relatos de Salim Schahin, um dos acionistas do grupo, aos procuradores da Lava Jato, o ex-presidente Lula foi o avalista de um acordo na qual o banco Schahin deletou uma dívida de R$ 12 milhões contraída pelo PT em troca de um contrato de US$ 1,6 bilhão com a Petrobras – mais especificamente, para operação do navio-sonda Vitória 10.000. Foi uma compensação em troca do perdão de uma dívida milionária que o PT tinha com o banco Schahin; de acordo com ele. Quem montou esse esquema foi o empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. Tudo isso aconteceu em 2006, segundo os delatores, após a reeleição de Lula.


No documento do Banco Central, datado de 7 de agosto de 2008, Bumlai aparece numa lista de 24 devedores do Banco Schahin beneficiados com empréstimos concedidos de forma irregular, “sem a utilização de critérios consistentes e verificáveis”. Para liberar a bolada, o Banco Schahin burlou normas e incorreu em seis tipos de infrações diferentes. Desconsiderou, por exemplo, a apresentação pelo cliente de dados cadastrais completos e atualizados, não procedeu qualquer análise da capacidade financeira de Bumlai ou mesmo de seus avalistas. Em outras palavras, o empréstimo milionário ao amigo de Lula foi liberado sem as garantias exigidas de qualquer cidadão comum.
Além da burla a normas internas, as facilidades garantidas pela Schahin a Bumlai impressionariam, não tivesse o pecuarista a chancela da cúpula do PT e, claro, de Lula. O empréstimo deveria ser quitado em uma única parcela, com vencimento seis meses depois. Na data do vencimento, porém, o banco renovou o prazo e elevou o valor da dívida, incorporando os encargos. Esse procedimento foi repetido mais uma vez, sem que o devedor realizasse o pagamento de qualquer valor correspondente ao principal ou aos encargos. Com isso, o contrato 425/04, após dois aditivos, chegou a aproximadamente R$ 15 milhões. Com efeito, o órgão regulador do mercado financeiro responsabilizou os gestores Sandro Tordin, Carlos Eduardo Schahin, Francos Costa de Oliveira e José Carlos Miguel pela prática de “má concessão das operações de crédito”, citando nominalmente o empréstimo feito a José Carlos Bumlai. Todos foram condenados à inabilitação para o exercício de cargos de direção em instituições financeiras, mas a condenação foi depois convertida em multa, após recurso.

É justamente esse contrato, no valor de US$ 1,2 bilhão, que Marcos Valério disse ter sido entregue ao grupo Schahin como recompensa ao empréstimo a Bumlai naquele momento tão delicado. Nos últimos dias, a Operação Lava Jato lançou luz sobre essas contratações, uma vez que a Schahin passou a integrar o inquérito sobre os desvios na Petrobras. No depoimento ao MPF, o publicitário mineiro deu os detalhes sobre os negócios do grupo, grafado erroneamente como “Chahin”. Segundo disse aos procuradores, depois que o “caso do mensalão veio à tona”, ele soube que o banco tinha uma construtora chamada Schahin, “que essa construtora comprou umas sondas de petróleo que foram alugadas pela Petrobras, por intermédio do seu diretor Guilherme Estrella, como uma forma de viabilizar o pagamento da dívida”, registra o depoimento ao MPF em 2012.

Ex-Jogador da Seleção Edilson é Preso por Fraude de Bilhete Premiado


Para MPF, Edílson usou movimentações bancárias
para aliciar gerentes (Foto: Reprodução/Internet)
A atuação do ex-jogador da seleção brasileira Edílson da Silva Ferreira, conhecido como Edílson Capetinha, em um esquema de fraudar pagamentos de prêmios de loterias, se dava mais por suas transações bancárias do que pela fama que construiu quando era atleta. A constatação foi feita pelo procurador da República Hélio Telho, do Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), que assinou denúncia contra ele e mais dez pessoas suspeitas de integrar a quadrilha que agia em vários estados do país. 

Segundo o documento, divulgado na terça-feira (24), Edílson não tinha uma função de chefia, mas sim de aliciar gerentes da Caixa Econômica Federal (CEF) para participação no ato criminoso.

Hélio Telho explicou que Edílson era amigo de um dos líderes do grupo, que está preso na Bahia. Grampos telefônicos feitos com a autorização da Justiça comprovam a ligação entre os dois. Os áudios não serão divulgados para a imprensa, segundo o procurador, que já havia revelado que as escutas comprovavam a proximidade entre eles.

Conforme explica o representante do MPF-GO, as investigações ainda não conseguiram descobrir qual o valor obtido pelos denunciados na fraude. As apurações do caso seguem no sentido de descobrir quais golpes foram tentados, quais deram certo e se há outras pessoas envolvidas.

Fraudes
Defesa de Edílson disse que ele é inocente
(Foto: Reprodução/Internet)
No dia 14 de outubro deste ano, o MPF-GO ofereceu a primeira denúncia contra os investigados na operação. Foram alvo cinco integrantes da cúpula da quadrilha: Eduardo Pereira dos Santos, Arcanjo Jorge Peralta, Hernane de Araújo Lima, Leandro de Carvalho Oliveira e Sinomar José da Silva. Eles também vão responder pelo crime de organização criminosa.

Segundo o procurador Hélio Telho, eles se associaram para planejar e cometer as fraudes que renderam cifras milionárias. “A nossa urgência maior foi em analisar a situação dos suspeitos que estão presos, já que existem prazos e não podíamos correr os risco de que eles fossem soltos pela Justiça”, disse, na época.

Operação Desventura
A Polícia Federal deflagrou a Operação Desventura no último dia 10 de setembro. No total, foram expedidos 54 mandados judiciais contra o grupo em Goiás, na Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal.

Segundo assessoria de imprensa da PF, dos mandados, 13 eram para prisões preventivas e temporárias, sendo os seis em Goiás. No total, 10 pessoas foram detidas, incluindo as três no estado. Já das do total de 22 mandados de conduções coercitivas, 19 foram cumpridos. Os 19 de busca e apreensão foram todos realizados.

De acordo com a corporação, a investigação, iniciada em outubro do ano passado, apontou que o esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas da Caixa Econômica Federal, que eram escolhidos pela quadrilha por movimentar grandes volumes financeiros e que também seriam os responsáveis por recrutar gerentes do banco para a fraude.

Ainda segundo a PF, quando os criminosos estavam de posse de informações privilegiadas, entravam em contato com os gerentes para que eles viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos.

"A fraude não está no sorteio, ela está na validação fraudulenta dos bilhetes. Qualquer bilhete premiado tem o prazo de 90 dias para ser retirado. O sistema da Caixa emite um alerta quando faltam oito dias para prescrever esse bilhete. Com base nessas informações privilegiadas, servidores da Caixa repassavam quais seriam esses bilhetes para membros da quadrilha", explicou a delegada Marcela Rodrigues de Siqueira, logo após a deflagração da operação.

Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que “manterá cooperação integral com as investigações em curso”. A instituição destacou, ainda, que “está tomando todas as providências de abertura de processos disciplinares, apuração de responsabilidades e afastamentos, nos casos de envolvimento de empregados do banco”.

Financiamentos
PF apreendeu cartões bancários com suspeitos de fraudes na loteria
(Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Segundo a delegada, o grupo também alterava o sistema do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de vários estado e conseguia retirar financiamentos ainda não quitados do registro de veículos.“De posse de informações sigilosas, eles obtinham senhas de gerentes específicos, entravam em um sistema que migra para o do Detran e, com isso, conseguiam tirar gravames de veículos de diversas instituições financeiras”, explicou.

Além disso, a delegada explicou que a quadrilha usava cartões do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e do ConstruCard, que é o financimento da Caixa para a compra de materiais de construção, para cometer o crime.

“A fraude não é estrutural, ela é na comprovação da obtenção do dinheiro nos estabelecimentos. Eles [quadrilha] entravam em contato com os comerciantes e empresários para passar esses cartões e simular compras inexistentes”, relatou.

A assessoria de imprensa do BNDES informou que estava buscando mais informações sobre a investigação em curso para avaliar que medida deveria ser adotada em relação ao caso.

Banqueiro Preso Com Delcídio Comprou Fazenda de Bumlai em 2012

A fazenda Cristo Rei, localizada nos municípios de Miranda e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, com mais de 110 mil hectares, foi vendida em 2012 pelo pecuarista José Carlos Bumlai, preso na 21ª fase da Operação Lava Jato na terça-feira (24), para o BTG Pactual, cujo dono, André Esteves, preso nesta quarta-feira (25) juntamente com o Senador Delcidio do Amaral (PT).

No município de Miranda (MS), a fazenda Cristo Rei tem 39.816 hectares em 3.744 metros quadrados, segundo Maurício Moreira, registrador de imóveis do Cartório de 1º Ofício de Miranda. Há outros cerca de 80 mil hectares na cidade de Corumbá (MS).

Moreira informou que José Carlos Bumlai comprou a área de 39,8 mil hectares em Miranda em julho de 2001 no valor de R$ 4,03 milhões. Depois de 11 anos, a propriedade foi vendida para o BTG Pactual pelo valor de R$ 76,2 milhões pagos à vista para Bumlai e os quatro filhos dele, Maurício, Fernando, Guilherme e Cristiane. O registro da escritura foi feito no 9º Tabelionato de São Paulo em 26 de abril de 2012.

Um ano e meio depois, o BTG Pactual vendeu a propriedade para a BRPeq Agropecuária S/A, em nome dos diretores Alexandre Câmara e Silva e Marcelo Del Nero Fiorellini. A escritura foi registrada em 11 de novembro de 2013 no 14º Tabelião de Notas em São Paulo. O valor pago foi de R$ 85,5 milhões.

Todas essas informações se referem à área de Miranda apenas, mas as vendas feitas por Bumlai e pelo BTG Pactual englobam a área total de mais de 110 mil hectares, incluindo Corumbá, segundo Moreira.

Prisões

O banqueiro André Esteves foi preso nesta quarta-feira na casa da família no Rio de Janeiro. Ele teve atuação no plano para obstruir as investigações da Operação Lava Jato, que investiga um esquema criminoso de corrupção na Petrobras, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Esteves está na Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Além de Esteves, também foram presos nesta quarta-feira o senador Delcídio Amaral e o chefe de gabinete dele. Há ainda um mandado de prisão em aberto contra Édson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras já condenado em ação penal oriunda da operação.

André Esteves iria participar financeiramente de uma eventual fuga de Cerveró. Segundo a PGR, o senador Delcídio Amaral prometeu pagar R$ 50 mil mensais para a família de Cerveró para que o ex-diretor não fizesse delação premiada ou não revelasse suposta participação do senador no esquema de corrupção na estatal.

O advogado de Esteves, Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), diz que ainda não sabe em que contexto seu cliente foi citado. "Pretendemos ter acesso à inteireza dos áudios para saber por que foi citado e por quem foi citado", afirma.

Pecuarista do Mato Grosso do Sul e empresário do setor sucroalcooleiro, Bumlai tinha acesso ao gabinete de Lula durante os oito anos em que o petista comandou o Palácio do Planalto. Os dois se conheceram em 2002, apresentados pelo ex-governador sul-matogrossense Zeca do PT, e estreitaram a relação nos anos seguintes. Um dos delatores da Operação Lava Jato, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal que repassou R$ 2 milhões a Bumlai referente a uma comissão a que o pecuarista teria direito por supostamente pedir a intermediação de Lula em uma negociação para um contrato e que Bumlai afirmou a ele que o dinheiro seria usado para pagar uma dívida imobiliária de uma nora de Lula.

O advogado Arnaldo Malheiros Filho, que defende o empresário e pecuarista, disse que a prisão do cliente foi uma surpresa, porque Bumlai estava em Brasília para atender a uma convocação da CPI do BNDES. A defesa afirmou que ainda está se inteirando dos fatos que motivaram a prisão.

Fonte: G1

Mãe e Padrasto São Presos Pela Morte de Menino Encontrado em Freezer

A mãe e o padrasto do menino Ezra, encontrado morto em um freezer em setembro, foram presos pela Interpol na Tanzânia na manhã desta quarta-feira (25). Com a prisão, será “iniciado um processo de extradição dos procurados Lee Ann Finck e Mzee Shabani para o Brasil, para que possam ser julgados pelas autoridades brasileiras”, informou a Polícia Federal.


Menino Ezra foi encontrado um dia depois de os pais
deixarem o Brasil (Foto: TV Globo/Reprodução)
Ezra Liam Joshua Finck tinha 7 anos e foi encontrado morto em 4 de setembro no freezer da casa onde morava com a mãe, a sul-africana Lee Ann Finck, de 29 anos, o padrasto, o tanzaniano Mzee Shabani, de 27 anos, e duas irmãs, no Centro de São Paulo. Câmeras do Aeroporto de Guarulhos registraram o casal deixando o país com as duas filhas em 3 de setembro.

O menino foi enterrado quase um mês depois do crime, em 29 de setembro, sem velório ou qualquer outro tipo de cerimônia.

Os foragidos foram encontrados em Bagamoyo, na região costeira do país. A Interpol de São Paulo havia inserido, a pedido da Justiça, o nome do casal na “difusão vermelha”, onde estão foragidos internacionais.

Freezer é carregado para dentro de apartamento no Centro de SP
 (Foto: Reprodução/TV Globo)
O corpo do garoto ficou 25 dias no necrotério do Instituto Médico-Legal (IML). A demora ocorreu porque os parentes próximos da vítima, que poderiam liberar o cadáver e cuidar dos ritos fúnebres, vivem na África do Sul. O Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância), através seu escritório nacional, em Brasília, havia encaminhado um pedido à embaixada daquele país para ajudar na localização de familiares.

Integrantes do consulado da África do Sul em São Paulo na missa
(Foto: Internet/Reprodução)
Quando foi enterrado, o túmulo de Ezra, nascido na África, tinha apenas uma coroa de flores com a frase “Descanse em paz”, que foi dada pelo IML. A Arquidiocese de São Paulo e o secretário Eduardo Suplicy reclamaram de não ter sido avisados sobre o enterro de Ezra.


A Justiça de São Paulo decretou em 15 de setembro a prisão da mãe e do padrasto. Segundo uma testemunha, o padrasto e Mzee Shabani confessou, por telefone, que a mãe do menino, Lee Ann Finck, “se excedeu e matou a criança e que ela estaria dentro de um freezer. Disse, por fim, antes de desligar o telefone, que fugiram para a África”.
Prédio onde menino foi encontrado morto dentro de um freezer no Centro de SP
(Foto:Internet/Reprodução)

A juíza que cuida do caso, Ana Helena Rodrigues Mellim, justificou o pedido de prisão preventiva dizendo que "os investigados têm em seu poder mais duas crianças de pouca idade e que podem sofrer a mesma absurda violência pela qual passou esse menino antes de ser morto por quem tinha o dever de protegê-lo".

Imagens de câmeras de segurança do prédio onde morava a família mostram que, no dia 28 de agosto, o freezer foi carregado da loja de doces de Mzee, que ficava no térreo do prédio, até o apartamento deles. Seis dias antes, no dia 22, as mesmas câmeras registraram o Ezra entrando no hall do prédio e, em outro momento, cumprimentando um vizinho.

O Conselho Tutelar informou que Ezra foi atendido em junho de 2014 após receber denúncia que a criança apresentava sinais de espancamento. A mãe declarou, segundo o conselho, que batia "no intuito de educar, e não machucar".

Registro do casal por câmaras de seguranças ( Foto: Internet/Reprodução)
No mesmo ano foi concedida uma liminar de acolhimento, suspendendo o convívio familiar de Ezra com o padrasto e a mãe. Em 15 de janeiro deste ano, o juiz Rodrigo Vieira Murat permitiu o retorno do menino ao convívio com o casal e determinou que o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) acompanhasse a família por seis meses.

O desembargador do Tribunal de Justiça, Antônio Carlos Malheiros, disse que o menino foi acompanhado durante seis meses e depois devolvido à família após pedido da criança.

Romário Teria Trocado Apoio a Pedro Paulo Para Prefeito do Rio Por Documento Falso Falando Que Ele Não Tinha Conta na Suíça


A história da conta do senador Romário na Suíça ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira. Após ir até a Europa para provar que não possuía conta lá, depois que uma reportagem da Veja dizia que sim, um áudio de uma conversa de Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobrás. Nele, Ribeiro afirma que o ex-jogador tem uma conta no país do Velho Continente. Em nota, Romário voltou a negar.

O áudio em questão é uma conversa entre Edson Ribeiro e o senador Delcídio Amaral, que foi preso nesta quarta-feira junto com o banqueiro André Esteves, CEO do Banco BTG Pactual, em mais uma fase da Operação Lava-Jato. 

O diálogo foi gravado por Bernardo Cerveró, filho de Nestor. Nele, o advogado diz que Romário foi avisado para retirar seu dinheiro da Suíça para não ser preso. Em troca, o ex-jogador teria aceitado apoiar Pedro Paulo, pré-candidato do PMDB à prefeitura do Rio de Janeiro, nas eleições do ano que vem. O BTG Pactual, de Esteves, é dono do BSI, banco suíço em que Romário supostamente teria conta, e que emitiu um documento dizendo que o extrato mostrado na reportagem da revista era falso.

O BTG tem entre seus sócios Guilherme da Costa Paes, irmão do prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, que com as informações privilegiadas sobre a conta de Romário, teria trocado elas pelo apoio do ex-jogador nas eleições do ano que vem. 

No diálogo, Delcídio narra o encontro que teve com Romário e estranhou a presença do senador ao lado de Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, e Pedro Paulo. Já que o apoio do Baixinho é bastante disputado no Rio e seu nome apareceu como um dos provavéis pré-candidatos à disputa da prefeitura. O próprio Delcídio conta que Eduardo disse que ele e Romário fizeram um acordo para 2016. O acerto, segundo Ribeiro, envolveu a informação da conta na Suíça.

Baixinho se defende

Leia o trecho da conversa:

Delcídio Amaral – Hoje eu estava com a minha agenda toda organizadinha para estar aqui às 13 horas. Para acabar de complicar ainda mais “O Globo” me aparece com Eduardo Paes, com Pedro Paulo, com Romário e com (Senador Ricardo) Ferraço.

ADVOGADO – Fizeram acordo, né?

DELCÍDIO – Diz o Eduardo que fez.

ADVOGADO – Foi Suíça.

DELCÍDIO – Foi Suíça é?

ADVOGADO – Tinha a conta realmente do Romário

DELCÍDIO – Do Romário é?

BERNARDO CERVERÓ – Tinha essa conta é?

DELCÍDIO – Em função disso fizeram o acordo?

ADVOGADO – Tinha dinheiro no banco que foi encontrado. [há um barulho e os presentes dizem ahhh]. Tira, senão você vai preso [mais barulho como se estivesse batendo na mesa].

Pouco tempo depois, Romário se pronunciou por meio de seu Facebook oficial. O senador voltou a negar qualquer conta na Europa e disse que o caso já foi esclarecido pelas autoridades brasileiras e suíças. Ele também explica os encontros que teve com Amaral e que os acusadores irão responder na Justiça pelas inverdades, além de dizer que não é segredo que Eduardo Paes quer seu apoio nas eleições de 2016. Leia o comunicado na íntegra:

Galera, sobrou de novo para mim. Está brabo o negócio.

Encontrei o senador Delcídio Amaral no dia 4 de novembro, quarta-feira, para tratar da votação de um Projeto de Resolução do Senado (PRS 50/2015), do senador José Serra, do qual fui coautor.

Na ocasião, foi feito um pedido ao senador Delcídio Amaral, que preside a Comissão de Assuntos Econômicos, para agilizar a tramitação do projeto, que tinha o senador Ricardo Ferraço como relator.

Participaram da reunião o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o secretário de Governo, Pedro Paulo, e o senador Ricardo Ferraço. Todos diretamente interessados na aprovação dessa resolução, que propôs o fim de barreiras à cessão de dívida ativa de estados e municípios. Esse foi o teor da reunião.

Hoje chegou à imprensa o áudio de uma conversa do senador Delcídio Amaral e do seu chefe de gabinete com o advogado e o filho do investigado na Operação Lava Jato, ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

No áudio, meu nome é citado. E uma história diferente da relatada acima é contada. O advogado levanta suspeita sobre um assunto que já foi esclarecido por mim e pelas autoridades brasileiras e suíças. Aqueles que novamente fazem acusações inverídicas claro que responderão à Justiça. Qual a credibilidade do advogado de um bandido, corrupto e responsável por roubar uma das principais empresas do país?

Não é novidade para ninguém que o prefeito Eduardo Paes tem interesse que eu apoie o seu candidato à sucessão. Não sou responsável pelo que terceiros falam, apenas pelos meus atos. Assim sendo, deixo claro que não tenho nenhum acordo com ninguém e, infelizmente, o dinheiro não é meu. Digo infelizmente porque, com certeza, se fosse meu, seria fruto de muito trabalho honesto.

Filha Que Apanhou Diz Que Perdoa o Pai Prefeito

A filha do prefeito de Piracanjuba, Amauri Ribeiro (PRP), afirma que perdoou o político pela surra que levou, mas pondera que está chateada com a situação, que provocou polêmica na cidade, localizada a 90 km de Goiânia. Fotos da adolescente, de 16 anos, com lesões nas costas e na boca foram divulgadas nas redes sociais.

"Se ele tivesse me batido sem deixar marcas e conversado, tudo bem. Mas ele deixou marcas em mim por dentro e por fora. [Apesar disso] já perdoei ele. Não tenho raiva, não tenho nada, porque ele é meu pai", disse a menina.


A agressão ocorreu no último dia 20. Ribeiro afirmou que deu a surra na filha após encontrar, no celular, fotos íntimas da garota. Apesar da agressão, ela explica que conseguiu entender a reação do pai diante da descoberta. "Como todo pai, eu sei que ele não gostou do que viu. Eu entendo o lado dele também", analisa.

Após as imagens das lesões serem publicadas, o Conselho Tutelar fez uma denúncia ao Ministério Público de Goiás (MP-GO). A Polícia Civil também investiga o caso.


Após a grande repercussão do caso, o prefeito resolveu publicar um vídeo nas redes sociais onde tenta justificar sua atitude. Ele confirmou que deu um "corretivo" na adolescente e que não se arrepende (veja vídeo ao lado).

"As fotos são verdadeiras. Minha filha tomou um corretivo e eu não me arrependo de ter dado esse corretivo. Qualquer pai que tenha amor pela moral e zelo pela sua família teria se desesperado ao ver o que eu vi", declarou.

Fotos íntimas
Em entrevista ao G1, na manhã desta quarta-feira (25), o prefeito Amauri Ribeiro esclareceu os motivos que o levaram a agredir a filha. “Eu estava com o celular dela gravando um vídeo de uma brincadeira entre ela e minha outra filha, quando decidi olhar as fotos. Lá vi algumas imagens que me desconcertaram e, ao questioná-la, ela negou, mas a prova estava lá. Aí, fiquei nervoso, me descontrolei, e acabei dando um tapa na boca dela”, contou.

Segundo Ribeiro, toda a situação foi provocada por fotos da menina em momentos íntimos. “Ela foi a uma festa na casa de uma colega quando, em um quarto, foi fotografada de calcinha. Perguntei a ela que situação era aquela e ela continuou negando. Só admitiu que era ela depois que eu já tinha dado o tapa. Mas aí peguei um cinto e bati nas costas dela”, relatou.


O prefeito diz que, apesar de ter cometido a agressão para punir o que considerou um “mau comportamento da filha”, ele reconhece que agiu por impulso. “Eu fiquei muito preocupado, não só pela situação em que ela estava em si, mas pelo risco de que aquelas imagens vazassem por aí. Eu conversei muito com ela, mas isso não faz mais efeito, ela está em uma fase rebelde. Realmente a surra pode não ser a melhor punição, mas eu não encontrei outro jeito”, disse.

Investigação
O promotor da Infância e da Juventude de Piracanjuba, Keller Divino Adorno, foi o primeiro a receber a denúncia do caso. Ele afirma que já ouviu a adolescente e que irá encaminhar o caso para a Promotoria Criminal da cidade.
Amauri diz que não se arrepende de ter batido na
filha (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

"Ela esteve na promotoria [na terça-feira, 24] acompanhada da mãe. A jovem explicou que apanhou de cinto, fez as fotos e repassou à avó materna que, por meio de um parente, publicou no Facebook. Ela confirmou que, apesar da situação, não quer uma medida protetiva contra o pai", contou Adorno.

A Polícia Civil também apura a situação. De acordo com o delegado Leílton Benedicto de Arruda Barros, que é de Caldas Novas, mas também responde por Piracanjuba, um inquérito será instaurado nos próximos dias.

“O caso não chegou a ser denunciado por nenhum familiar, mas estive na cidade, me interei da situação e já ouvi o prefeito, informalmente. Ainda nesta semana vamos convocar os envolvidos para prestar os devidos esclarecimentos e saber se houve o crime de lesão corporal”, disse ao G1.

Polêmica
Esta é a segunda polêmica em que o prefeito se envolve em menos de um mês. No último dia 5 de novembro, discutiu e quase agrediu o vereador Reinaldo Celestino (PSC), que é deficiente físico, durante uma sessão na Câmara Municipal.


A briga começou depois que a base do prefeito foi criticada na Casa durante discussão sobre o projeto de lei que pretende diminuir o número de vereadores da cidade (veja vídeo ao lado). Na ocasião, Ribeiro informou, por telefone, que não tinha a intenção de agredir Celestino.

Segundo o prefeito, o vereador o ofendeu durante todo o discurso e disse que não tinha medo de falar tudo "cara a cara". Por isso, segundo o prefeito, ele se levantou e se dirigiu ao parlamentar.

“Ele me ofendeu durante uns oito minutos, até o momento que não aguentei mais e me aproximei para que ele falasse olhando nos meus olhos. Não iria agredi-lo de maneira alguma. Mas como eu sou um homem de sangue quente, pelos motivos certos, as pessoas se aproveitam para polemizar tudo o que faço”, afirmou.

O administrador de Piracanjuba tem um histórico de agressões. Neste ano, o prefeito chegou a ser condenado pela Justiça por agredir um trabalhador em 2010. Sobre este caso, ele alega que apenas se defendeu.

Do G1

Goleiro Que Levou 6 Gols Diz Que Barcelona É "Ridiculamente Bom"

Nada pode ser pior para um goleiro do que perder de goleada. No entanto, o polonês Wojciech Szczesny, da Roma, soube valorizar o lado bom da vida e se disse privilegiado por ter participado de mais uma atuação brilhante do Barcelona, na vitória por 6 a 1 sobre a equipe italiana, pela Liga dos Campeões. Ao deixar o Camp Nou nesta terça-feira, Szczesny estava resignado.


"É bonito de ver, porque jogamos contra um time de outro planeta. Eu estava no gol da Roma, mas eu apreciei o fato de ver o Barcelona, eles são ridiculamente bons. Por mais difícil que seja perder por 6 a 1, foi bonito de ver", afirmou o goleiro, em entrevista à Uefa. Apesar de ter levado seis gols, o goleiro polonês se destacou no jogo ao defender um pênalti de Neymar. No entanto, outro brasileiro, o lateral Adriano, marcou logo na sequência do lance.