A mãe e o padrasto do menino Ezra, encontrado morto em um freezer em setembro, foram presos pela Interpol na Tanzânia na manhã desta quarta-feira (25). Com a prisão, será “iniciado um processo de extradição dos procurados Lee Ann Finck e Mzee Shabani para o Brasil, para que possam ser julgados pelas autoridades brasileiras”, informou a Polícia Federal.
Menino Ezra foi encontrado um dia depois de os pais
deixarem o Brasil (Foto: TV Globo/Reprodução)
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O menino foi enterrado quase um mês depois do crime, em 29 de setembro, sem velório ou qualquer outro tipo de cerimônia.
Os foragidos foram encontrados em Bagamoyo, na região costeira do país. A Interpol de São Paulo havia inserido, a pedido da Justiça, o nome do casal na “difusão vermelha”, onde estão foragidos internacionais.
Freezer é carregado para dentro de apartamento no Centro de SP (Foto: Reprodução/TV Globo) |
Integrantes do consulado da África do Sul em São Paulo na missa (Foto: Internet/Reprodução) |
A Justiça de São Paulo decretou em 15 de setembro a prisão da mãe e do padrasto. Segundo uma testemunha, o padrasto e Mzee Shabani confessou, por telefone, que a mãe do menino, Lee Ann Finck, “se excedeu e matou a criança e que ela estaria dentro de um freezer. Disse, por fim, antes de desligar o telefone, que fugiram para a África”.
Prédio onde menino foi encontrado morto dentro de um freezer no Centro de SP (Foto:Internet/Reprodução) |
A juíza que cuida do caso, Ana Helena Rodrigues Mellim, justificou o pedido de prisão preventiva dizendo que "os investigados têm em seu poder mais duas crianças de pouca idade e que podem sofrer a mesma absurda violência pela qual passou esse menino antes de ser morto por quem tinha o dever de protegê-lo".
Imagens de câmeras de segurança do prédio onde morava a família mostram que, no dia 28 de agosto, o freezer foi carregado da loja de doces de Mzee, que ficava no térreo do prédio, até o apartamento deles. Seis dias antes, no dia 22, as mesmas câmeras registraram o Ezra entrando no hall do prédio e, em outro momento, cumprimentando um vizinho.
O Conselho Tutelar informou que Ezra foi atendido em junho de 2014 após receber denúncia que a criança apresentava sinais de espancamento. A mãe declarou, segundo o conselho, que batia "no intuito de educar, e não machucar".
Registro do casal por câmaras de seguranças ( Foto: Internet/Reprodução) |
O desembargador do Tribunal de Justiça, Antônio Carlos Malheiros, disse que o menino foi acompanhado durante seis meses e depois devolvido à família após pedido da criança.
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