sábado, 23 de maio de 2015

Rio Quente é a Capital Brasileira do Poker Neste Final de Semana

João Bauer foi o Grande Campeão
da 1a Etapa do BSOP 2015
A cidade de Rio Quente em Goiânia será a capital brasileira do poker durante os 5 dias do maior evento nacional do esporte. 

Começou ontem a 3ª etapa do BSOP – Brazilian Series of Poker disputado no Rio Quente Resorts.

Jogadores de todo o Brasil e de outros países disputam o Main Event ou Torneio Principal com premiação garantida de R$ 1 milhão além de outros torneios paralelos.

Os melhores players do país estarão em ação. Entre os goianos que deverão ser uma parte significativa dos participantes destaque para o jogador João Bauer.

Bauer foi o grande campeão da 1ª etapa do BSOP realizado em fevereiro em São Paulo. O goiano venceu um torneio com 1080 participantes faturando uma premiação de R$ 361 mil.

Praça Cívica: Marconi e Paulo Garcia Vistoriam Revitalização e Revelam Projeto de Corredor Cultural

Governador Marconi Perillo e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, acompanharam, agora há pouco, mais uma etapa de revitalização da Praça Cívica. A antiga sede da prefeitura de Goiânia, construída nos anos 60, dará lugar a monumento do artista plástico Siron Franco. Alteração faz parte do projeto de reconfiguração da Praça Cívica, cujo propósito é resgatar função original do espaço projetado por Attílio Corrêa Lima.

Na ocasião, os dois gestores anunciam um possível projeto que deve se concretizar: transformar o corredor da Avenida Tocantins em um corredor cultural. "Faço um agradecimento especial ao governador, que nos cedeu o projeto de requalificação da Praça Cívica. Eu e o governador Marconi conversamos sobre a possibilidade de transformar o corredor da Av. Tocantins em um corredor cultural", afirmou o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia.

"Adorei a ideia do corredor da Tocantins, acho que agrega valor ao projeto de requalificação da Praça Cívica. A prefeitura, o governo do e Estado e o governo federal estão juntos nesse projeto, que é de entregar uma nova Praça Cívica para o povo", afirmou Marconi Perillo em entrevista coletiva.

"As obras da Praça Cívica estão bem avançadas", afirma o prefeito Paulo Garcia. "Eu vejo da minha janela todos os dias", completa o governador, que arranca gargalhadas de todos os presentes.

"Quero registrar minha alegria de estar aqui ao lado do prefeito, Paulo Garcia que se comprometeu com esse projeto de grande importância. A requalificação da praça Cívica vai devolver ao goianiense um dos espaços mais tradicionais da Capital. A nova praça será um espaço de contemplação e visitação turística", disse Marconi.

Sobre parcerias com a prefeitura de Goiânia, o governador Marconi Perillo declarou: "Estamos juntos em outros projetos também, isso mostra amadurecimento da nossa parte. Tempo de eleição já passou e governo não faz oposição a governo."

Doriva Prefere Ficar No Vasco do Quer Ir Para o Grêmio Ganhando Mais


"O Doriva se reuniu agora com o presidente, e acabou decidindo ficar no Vasco. Ele passou essa proposta do Grêmio para o Eurico, mas eles conversaram e ele optou por dar continuidade ao trabalho dele aqui no Vasco", confirmou o diretor Paulo Angioni.

Após o encontro, Doriva já foi ao gramado do Centro de Treinamento e assumiu a equipe, de olho no duelo do fim de semana contra o Internacional, no sábado, em São Januário, às 18h30.

O treinador e o mandatário cruzmaltino vão dar uma entrevista coletiva depois da atividade desta sexta para informarem a permanência de Doriva em São Januário.

O treinador, campeão paulista com o Ituano no ano passado e carioca com o Vasco em 2015, tinha uma proposta para receber o dobro do salário no Grêmio - a remuneração ia aumentar de R$ 130 mil para R$ 250 mil.

Após ter a oferta em mãos, Doriva balançou, mas ouviu do time gaúcho que precisaria se desligar do Vasco antes para acertar com o Grêmio. O técnico ficou de entrar em contato depois de conversar com Eurico, só que decidiu permanecer depois de ouvir o mandatário cruzmaltino. 

A princípio, Doriva não vai ter aumento salarial no Vasco, mas ganhou a promessa de uma maior estabilidade no cargo, já que seu nome ficou a perigo depois dos resultados mais recentes, apesar do título estadual. O treinador se sente bem trabalhando no clube carioca por enquanto. Pesou também o apoio demonstrado pela direção após a investida gremista.

O time tricolor gaúcho tinha tentado antes o técnico Cristovão Borges, que esbarrou em questões contratuais, como a quantidade de membros de sua comissão. Outros profissionais cogitados foram de Vagner Mancini e Celso Roth, mas o nome Itamar Schulle ganhou força nas últimas horas.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Padre Foi Assassinado Dentro da Casa Paroquial

Padre Eduardo Pegoraro
O padre Eduardo Pegoraro foi morto na manhã desta sexta-feira, dia 22, dentro da Casa Canônica da cidade de Tapera, no noroeste do Rio Grande do Sul. As primeiras informações são de que um morador da cidade de Selbach entrou no local, que fica junto da igreja, atirou em uma mulher e depois no religioso. 

O autor dos disparos também ficou ferido. A Polícia Civil investiga se o homem, identificado como Jairo Kolling, teve ferimentos durante luta corporal com o padre ou se tentou se matar após o crime. O atirador e a mulher, que foi atingida em um dos pulmões, estão hospitalizados. O padre morreu no local.
Patrícia e Jairo - Foto Facebook

A mulher, Patrícia Haunss Kolling, de Selbach, que é esposa do atirador, foi levada ao Hospital Roque Gonzalez, atingida no pulmão. Seu estado de saúde é regular. Já o homem, Jairo Paulinho Kolling, após atirar no sacerdote, atirou contra a própria cabeça, no queixo, tentando se matar, não logrando êxito. O homem foi preso pelos policiais militares e conduzido ao mesmo hospital e de lá será levado a Passo Fundo.

Por FÁBIO DAVID CRESTANI
Jornalista – Diretor-Editor JE Acontece

Vacinação Contra Influenza é Prorrogada para até 3 de Junho

A Campanha de Vacinação contra Influenza 2015, que seria finalizada nesta sexta-feira (22), será prorrogada para até o dia 3 de junho. O Estado atingiu cobertura vacinal de 50,70%, que corresponde a 612.285 doses aplicadas. Apenas 9,76% (24 municípios goianos) atingiram a meta preconizada, que é de 80% dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

A meta da SES é vacinar 1 milhão 133 mil pessoas, quantitativo que corresponde a 80% das crianças de 6 meses a 2 anos, pessoas com mais de 60 anos, gestantes, puérperas com até 45 dias após o parto, indígenas, portadores de doenças crônicas, profissionais de saúde, servidores do Sistema Prisional e população encarcerada.

Em nenhum dos grupos prioritários foi alcançada a cobertura vacinal desejada. Veja os percentuais atingidos até o momento: 

· Crianças: 48,10%

· Trabalhadores da Saúde: 40,38%

· Gestantes: 47,29%

· Puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias): 76,16%

· Idosos: 54,93%

A vacina protege contra os diversos vírus da influenza (A, H1N1, H3N2 e B). A coordenadora de Campanhas da SES-GO, Aline Camargo, informa que a vacinação tem se mostrado uma forma eficaz de evitar as complicações pelo vírus da influenza. “Alertamos a população a se proteger, procurando um dos postos fixos ou postos volantes disponíveis para vacinação”, diz.






Bellucci Vence Santiago Giraldo e Está Na Final do ATP 250 de Genebra

O tenista brasileiro Thomaz Bellucci faz excelente campanha no ATP 250 de Genebra. Belucci venceu o colombiano Santiago Giraldo nas semifinais parciais de 6/3 e 6/4 e agora aguarda o seu adversário na grande final.

O brasileiro pegará o vencedor do confronto entre o português João Sousa e o argentino Federico Delbonis. 

Para chegar até aqui, Bellucci venceu Marcos Baghdatis do Chipre, Denis Istomin do Uzbequistão e Albert Ramos da Espanha.

Com a vitória de hoje Bellucci assegurou a sua volta ao top 50 da ATP.

Governo e BID Têm Encontro Para Viabilizar Investimentos Em Inovação Tecnológica

 Reunião entre representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED) – comandada pelo vice-governador José Eliton - e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tratou de investimentos que o Governo de Goiás planeja realizar na área de inovação tecnológica. O principal objetivo da articulação é fortalecer a estrutura de apoio às cadeias produtivas do Estado e, assim, promover maior desenvolvimento regional e aumento na produtividade.

Segundo o superintendente executivo de Ciência e Tecnologia da SED, Mauro Faiad, o financiamento via BID permitiria que os institutos tecnológicos (Itegos) fossem transformados em centros de excelência para a qualificação dos profissionais que atuam nas cadeias produtivas. O projeto inicial prevê também ações como a implantação de ambientes de inovação (parques e condomínios tecnológicos), investimentos em infra-estrutura, como galpões, pavimentação de estradas e outras iniciativas de apoio aos arranjos produtivos locais, e até mesmo a criação de um centro interativo de ciência e tecnologia, espaço voltado para uma maior aproximação da população com o mundo da ciência e inovação tecnológica.

A reunião teve a presença de quatro representantes do BID: Jose Miguel Benavente (chefe da Divisão de Competitividade, Tecnologia e Inovação - BID Washington), Gustavo Crespi (BID Uruguai), Gabriel Casaburi (BID Argentina) e Vanderleia Radaelli (BID Brasília).

Segundo Vanderleia, as condições do Governo de Goiás são as “melhores possíveis para a obtenção do crédito”. Jose Miguel afirmou que “o Governo demonstra saber o que quer e o que precisa ser feito”. Após a reunião, o passo seguinte será a elaboração da carta-consulta, instrumento inicial para a obtenção do crédito junto ao BID.

Participaram do encontro, representando a SED, os superintendentes Luiz Maronezi (Executivo), Mauro Faiad (Executivo de Ciência e Tecnologia), Antônio Flávio de Lima (Agricultura), Victor Hugo (Indústria e Comércio), Luiz Medeiros (Comércio Exterior) e outros integrantes da secretaria.

“Agronegócio Faz a Diferença em Momento de Crise”, Diz José Eliton

Vice-governador e secretário de Desenvolvimento (SED) participa de evento na Pecuária promovido pelo Grupo Sucesso e Rede Record Goiás
 Em sua quarta visita à 70ª Exposição Agropecuária de Goiás, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento (SED), José Eliton, disse

 que “nesse momento difícil para a economia brasileira, o agronegócio faz a diferença na sustentação da nossa balança comercial, que se mantém superavitária nesses últimos meses”. Ele participou do Encontro com Autoridades, promovido pelo Grupo Sucesso e Rede Record Goiás. O evento aconteceu no estande das emissoras, no Parque de Exposições Pedro Ludovico Teixeira, no setor Nova Vila e teve a presença do presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Hugo Goldfeld.
“O governo Marconi Perillo acredita que o agronegócio é uma das áreas da economia que devem contribuir fortemente para que Goiás se fortaleça em momento de crise nacional, por isso temos investido fortemente no setor primário”, disse Eliton. Ele falou com exclusividade para duas emissoras vinculadas ao grupo, Rádio Sucesso 98,3 FM e TV Rio Verde.  Também participou ao vivo do Balanço Geral local, comandado pelo jornalista Oloares Ferreira. Participaram os deputados estaduais Lissauer Vieira, Mané de Oliveira, José Antônio e o prefeito de Acreúna, Edmar Neto.
O Encontro de Autoridades integra série de eventos realizados pelo Grupo Sucesso, como Encontro de Artistas e Encontro de Agências. O diretor do Sucesso, Gilson Almeida, explica que é um momento de descontração entre amigos. “Essa reunião é sempre uma grande festa. A presença do vice-governador é muito importante”. Da diretoria do grupo ainda estava presente Luiz Okamoto, da Rede Record Goiás.

Presidente do Senado Acata Sugestão de Marconi e Cria Comissão Para a Vevisão do Pacto Federativo


Foto: Lailson Damásio
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) criou uma comissão de trabalho, formada por deputados federais e senadores, para dar andamento às tratativas da revisão do Pacto Federativo. A sugestão foi dada pelo governador Marconi Perillo durante encontro, na última quarta-feira, 20, entre os governadores dos 26 Estados e do Distrito Federal, em Brasília, e as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado. A reunião debateu a construção de uma agenda para garantir o equilíbrio entre os federados da República.
Os governadores foram recebidos no Congresso Nacional e reclamaram da escassez de recursos para governar. Pediram uma repactuação das obrigações orçamentárias, criticaram a União por reter a maior parte dos impostos e pleitearam maior diálogo com o Parlamento. Calheiros abriu o encontro convocando todos à construção de uma agenda positiva para garantir o equilíbrio da federação e superar a crise econômica. 
Manifestando disposição de ouvir os governadores para definir os próximos passos, o presidente do Senado fez um balanço das iniciativas aprovadas pelo Parlamento nos últimos anos.
Ao final do encontro, Renan Calheiros, a partir da sugestão de Marconi, designou a comissão para sistematizar todas as sugestões ali oferecidas. Nesta quinta-feira (21), ele irá ao gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, conversar sobre os próximos passos dessa agenda federativa. Segundo orador dessa reunião, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse que o grande problema da federação no Brasil é a criação de obrigações para os estados e municípios sem a previsão de recursos.
A comissão será formada por dois senadores e por dois deputados federais, da base governista e da oposição. O objetivo é que eles deem prosseguimento ao que foi discutido na reunião sobre o Pacto. "Estou muito otimista, tenho a convicção de que desta vez as mudanças que garantirão um verdadeiro Pacto Federativo se tornarão projetos concretos, que serão de fato aprovados e implantados", disse ontem o governador Marconi Perillo ao DM. "Há uma determinação dos presidentes Renan e Eduardo Cunha, dos parlamentares de modo geral, dos governadores de todos os Estados de resolver para valer essa questão", disse Marconi.
Também por sugestão de governador de Goiás, o presidente do Senado cedeu a palavra a todos os governadores presentes na reunião – alguns Estados foram representados por seus vice-governadores ou secretários. A previsão era de que um governador escolhido dentre os Estados que compõem as regiões do País falasse em nome dos demais. Marconi sugeriu a Renan que desse a oportunidade para que todos falassem afim de que apresentassem suas demandas específicas.

Cunha disse que, em razão dessa prática, essas unidades da federação estão perdendo a capacidade de sustentar-se. Ele prometeu uma atuação conjunta das duas Casas do Congresso na aprovação de propostas que aperfeiçoem a federação.

Os primeiros governadores a usar o microfone representaram as Regiões: Norte, Tião Viana, do Acre; Nordeste, Ricardo Coutinho, da Paraíba; Centro-Oeste, Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal; Sudeste, Geraldo Alckmin, de São Paulo; e Sul, José Ivo Sartori, do Rio Grande do Sul.

Tião Viana lastimou as perdas dos estados e os desafios que eles enfrentam achar saídas compensatórias. O governador disse que negocia com a equipe econômica do governo a criação de um fundo de desenvolvimento voltado aos estados, como uma saída para a queda nos investimentos. E pediu que o Legislativo converse com a União em busca de uma alternativa, pois os estados se encontram sem nenhuma perspectiva.

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, observou que o Brasil tem uma federação de direito, mas não uma federação de fato. Ele propôs que o Congresso trabalhe numa iniciativa que faça estados e municípios compartilharem a receita proveniente das contribuições, cujo uso hoje é restrito à União. Ricardo Coutinho se disse consciente de que isso não pode mudar com uma única canetada, mas mostrou confiança em que o Congresso e o Executivo façam essa adequação.

Em sua exposição, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, defendeu a aprovação de projetos que ele considera de "crucial importância" para os estados. Entre eles, textos destinados a convalidar os benefícios fiscais concedidos por estados a empresas e a impedir o aumento de despesas dos estados por obrigações repassadas pela União, sem que esta indique a necessária fonte de receitas.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apresentou sugestões para melhoria da situação de estados e municípios e para maior equilíbrio entre os entes federados. Ele afirmou que não gerará despesa alguma para a União a permissão para que estados legislem sobre matérias pré-processuais, o que agilizaria, por exemplo, o andamento dos inquéritos policiais.

Falando em nome da Região Sul, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, disse que os governadores conhecem as dificuldades da economia do país e também estão fazendo ajustes em seus orçamentos, mas ressalvou que os estados precisam da ajuda da União para retomar os investimentos.

Sartori fez um apelo pela redução do percentual de endividamento dos estados e criticou mudanças em curso no Simples Nacional, as quais, disse, também retiram a capacidade de investimento dos estados.
O governador Simão Jatene, do Pará, disse que, desde o início da vigência da Lei Kandir, em 1996, a União deixou de repassar aos estados R$ 345 bilhões, que deveriam ter entrado nos cofres dessas unidades federativas a título de compensação por perdas decorrente da desoneração dos produtos para exportação. Ele acrescentou que a compensação, que no início cobria 90% das perdas dos estados, está reduzida hoje a menos de 5%.

“Precisamos de uma agenda produtiva e uma agenda produtiva é votar esses projetos”, afirmou o governador Pedro Taques, de Mato Grosso, numa referência aos projetos que se encontram no Legislativo para sanar esse descompasso na arrecadação tributária. Pedro Taques solicitou aos presidentes Renan Calheiros e Eduardo Cunha que definam uma agenda para que o Congresso aprecie durante todo um mês uma pauta totalmente dedicada a ajustes no pacto federativo.

O governador Marconi Perillo, de Goiás, insistiu numa preocupação de todos os governadores — a necessidade de aprovar uma norma legal que proíba a criação de obrigações para os entes federados sem a previsão da fonte dos recursos necessários ao seu custeio. "É fácil determinar que alguém tem de pagar a conta sem indicar os recursos para pagar essa conta", disse Marconi, mencionando como exemplo o piso nacional dos professores.
“Somente nos últimos cinco anos, nós, governadores, incrementamos 85% na folha da Educação por conta do pagamento do piso dos professores. Os professores merecem? Merecem. Mas é fácil para alguém determinar que paguemos a conta, e não termos recursos para pagar a conta”, criticou.
Em rápido discurso no Salão Negro do Congresso, o governador de Goiás sugeriu alterações no Código Penal e criticou o contingenciamento de R$ 11 bilhões do Fundo Penitenciário. "Quero pedir a atenção do Congresso Nacional à pauta da Segurança Pública. Um dos maiores problemas que temos hoje é a reiteração ao crime. Daí a necessidade de mudarmos a legislação penal. A outra é repensar o Fundo Penitenciário Nacional. Hoje, R$ 11 bilhões estão contingenciados, e esse dinheiro precisa alcançar sua finalidade, para construção de presídios e melhorais das penitenciárias.
O governador Wellington Dias, do Piauí, defendeu a participação dos chefes dos Executivos estaduais na definição da pauta prioritária de projetos do Legislativo para o primeiro semestre do ano. Dias listou uma série de propostas que em sua avaliação ajudarão a melhorar as finanças dos estados e estimular o crescimento do país. Ele também exigiu a criação de um fundo constitucional como contrapartida para os estados aderirem à proposta que põe fim à “guerra fiscal”.
O governador Reinaldo Azambuja, de Mato Grosso do Sul, disse que os estados brasileiros têm sido vítimas de "uma agiotagem oficial", visto que, por mais que paguem, não conseguem saldar seus compromissos financeiros. Ele lembrou que o Mato Grosso do Sul devia, em 1998, R$ 2,25 bilhões. Dezesseis anos depois, a dívida saltou para R$ 7,8 bilhões, mesmo tendo pago durante o período R$ 6,7 bi.

O governador Rui Costa, da Bahia, pediu aos presidentes da Câmara e do Senado que, antes da votação de projetos de lei, dialoguem com governadores e prefeitos sobre os impactos de suas proposições na arrecadação e nas despesas de estados e municípios. O governador baiano sublinhou duas preocupações prioritárias da federação: saúde e segurança pública.
Mudanças na Lei Kandir
Na reunião, Marconi declarou também apoio ao projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP), que trata de alteração nas regras de depósitos judiciais, e defendeu mudanças na Lei Kandir. "Precisamos alterar a Lei Kandir. Os estados perderam R$ 345 bilhões, nos últimos anos (porque não houve o repasse obrigatório do governo federal, como define a Lei Kandir), e nós não tivemos compensação. Não há compensação. Como vamos acreditar em algum Fundo para compensar a guerra fiscal?", disse.

Ao afirmar que considera o encontro desta quarta-feira o mais importante do ano realizado pelo Congresso Nacional, Marconi Perillo disse acreditar que haverá avanço na discussão sobre a recessão econômica no país. "Até porque nós, governadores, já fizemos todos os ajustes que eram necessários. Todos os cortes. No meu Estado, por exemplo, nós temos hoje apenas dez secretarias. Cortamos metade de todos os cargos comissionados. Fizemos todos os ajustes necessários. E isso não aconteceu só com Goiás. Em Goiás nós vamos ter uma redução no orçamento deste ano de quase R$ 5 bilhões", pontuou.

Romário Quer Que Congresso Investigue Contratos da CBF


Paulo Whitaker/Reuters/Arquivo
O senador Romário quer que o Congresso examine os contratos secretos da CBF, especialmente no que se refere ao envolvimento de empresas que operam a partir de paraísos fiscais em acordos com a seleção brasileira. Sua ideia é a de convocar uma audiência pública no Senado para colocar pressão sobre a entidade.

No fim de semana, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou com exclusividade os acordos da CBF. Nos documentos, de novembro de 2011, o ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira cedeu para a empresa ISE os direitos exclusivos dos amistosos do Brasil até 2022. 

Mas, no endereço fixado pela ISE no contrato, a indicação é apenas uma caixa postal na cidade de Grand Cayman, no paraíso fiscal, e fora do controle do Fisco. 

Quem de fato controla a empresa é o grupo DAG, um dos maiores do Oriente Médio e com bancos espalhados por vários países. A assinatura no contrato é de Mohyedin Saleh Kamel, um dos diretores da DAG. Em nota emitida no domingo, a CBF explica que não cabe a ela definir onde deve ser a sede da ISE e que, de fato, os investidores fazem parte do grupo DAG. 

Romário, porém, estima que explicações precisam ser dadas sobre o motivo pelo qual uma empresa num paraíso fiscal foi usada como agente do contrato. O Bom Senso F.C. também cobrou transparência da CBF. A entidade, porém, indica que tem todas suas contas no Brasil. 

"Estas transações milionárias, com empresas de fachada em paraísos fiscais, como mostra o jornal (Estado), é feita longe dos olhos da Receita Federal", alertou Romário em sua página no Facebook. "Ou seja, evasão de divisas e sonegação fiscal. Uma quadrilha camuflada pelas cores da nossa bandeira, pelo nosso patrimônio cultural e solenemente festejada ao som do Hino Nacional", denunciou.

"Não há alternativa, ou esses caras são presos, ou eles continuarão sugando o futebol brasileiro como sanguessugas até sua morte definitiva. O que já não está muito longe", completou o ex-jogador. 

A ISE é a mesma que assinou um outro contrato com o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, por serviços durante os jogos da seleção, conforme o "O Estado de S. Paulo" revelou em 2013. Nesse caso, empresas de fachada também foram registradas nos endereços estabelecidos pelos contratos. No total, a ISE transferiria para as empresas de Rosell um total de US$ 8 milhões, supostamente por trabalhos de marketing e assessoramento. 

Se a ISE tem sua sede legal nas Ilhas Cayman, a empresa de Rosell estava sediada em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Mas o endereço é um serviço que aluga salas de reuniões e uma caixa postal a quem contrata a empresa. Ou seja, a empresa também não existia.

A própria DAG e a ISE fazem parte de suspeitas. Num outro informe interno da consultoria Price Waterhouse Coopers (PwC) sobre suspeita de pagamento de propinas no futebol, o nome de Mohyendin Kamel e da própria ISE aparecem como os principais responsáveis.

A auditoria indicou que a ISE era suspeita de ter pago, em operação de lavagem de dinheiro, US$ 14 milhões a Mohamed Bin Hammam, ex-candidato à presidência da Fifa, suspenso por denúncias de que tentou comprar votos. Bin Hammam, do Catar, teve o apoio de Ricardo Teixeira na votação para a Fifa.