Identificado como o atirador que tentou matar Ana Hickmann na tarde deste sábado (21), no hotel Caesar Business, no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, Rodrigo Augusto de Pádua, 30, apresentava um comportamento obsessivo em relação a modelo e apresentadora nas redes sociais.
Em sua conta no Instagram, Rodrigo publicou diversas montagens com fotos e textos para Hickmann. “Nada do que eu disser consegue mensurar o tamanho do meu sentimento por você Ana! Eu amo te amar, meu amor!”, diz uma das mensagens enviadas para a apresentadora.
Segundo a Polícia Militar, Rodrigo foi morto com três tiros na cabeça pelo empresário Gustavo Henrique Correa – cunhado de Ana Hickmann –, que conseguiu tirar a arma das mãos do rapaz durante a tentativa de assassinato.
O irmão do atirador, Helisson Augusto de Pádua, disse que Rodrigo mora em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, e que resolveu vir para Belo Horizonte com o intuito de conhecer a cidade. “Ele só fazia academia e ficava dentro de casa. De repente, ele resolveu vender as coisas dele e falou que viria para cá para conhecer a capital”, afirmou.
De acordo com Helisson, seu irmão era um rapaz tranquilo e que nunca teve acesso a armas de fogo. “Meu irmão sempre foi uma pessoa muito normal, amoroso e carinhoso com minha mãe. Eu nunca imaginei que ele faria isso. Ele não tem e nunca teve arma”, garantiu.
Helisson ainda relatou que Rodrigo dizia que Ana Hickmann também o amava. “Descobri o que aconteceu por causa das mensagens que ele mandava para a Ana Hickmann no Instagram. Ele dizia que ela amava ele também”, concluiu.
Entenda o caso
Conforme a Polícia Militar, Rodrigo estava hospedado no hotel Caesar Business onde também se encontrava Ana Hickmann. Na tarde deste sábado, o atirador rendeu o empresário Gustavo Henrique Correa no elevador e o obrigou a levá-lo até o quarto da apresentadora.
No local, estavam Hickmann e a assessora Giovana Alves de Oliveira. “O Rodrigo forçou a entrada no quarto e mandou que os três ficassem de costas virados para a parede. Gustavo tentou argumentar com o suspeito, que falava uma série de palavras desconexas. Em determinado momento, o Rodrigo atirou duas vezes e atingiu a Giovana. O Gustavo entrou em luta corporal com o rapaz e pediu para que as duas saíssem do quarto", explicou o capitão Flávio Santiago, da PM.
Durante o embate com o homem, Gustavo, em posse da arma, disparou três vezes. "Ele viu que o cidadão (suspeito) caiu, desceu para o hall e entregou na recepção um revólver calibre 38. Essas são as versões dos envolvidos", evidenciou Santiago.
Ainda segundo a PM, Giovana foi encaminhada para o hospital Biocor, no bairro Vila da Serra, também na região Centro-Sul. Ela está no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade de saúde, mas não corre risco de morte. Já Ana Hickmann prestou depoimento na Delegacia Especializada de Homicídios, no bairro Bonfim, região Noroeste da capital.