Mais um escândalo marca a administração do prefeito Leandro Vilela, em Aparecida de Goiânia. Desta vez, o Poder Judiciário anulou o contrato de R$ 14,5 milhões firmado entre a Prefeitura e a empresa Buriti Serviços Empresariais S/A, responsável por serviços terceirizados de limpeza, cozinha e conservação em diversas escolas do município.
A sentença, proferida pelo juiz Eduardo Cardoso Gerhardt, reconheceu que não havia nenhuma situação emergencial real que justificasse a dispensa de licitação, classificando o contrato como ilegal e sustentado em uma “emergência fabricada”.
Em outras palavras: a Prefeitura criou um motivo para contratar quem queria contratar.
DECISÃO JUDICIAL FOI CLARA
A Justiça determinou que o município:
- Suspenda imediatamente todos os pagamentos à Buriti
- Não realize aditivos ou prorrogações
- Indenize somente o que já foi efetivamente prestado
- Pague honorários advocatícios de 10% sobre o valor da causa
Tudo isso para evitar enriquecimento ilícito às custas do dinheiro público.
A decisão ainda ressalta que esse erro não foi um caso isolado.
Em 2022, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) já havia anulado outro certame pelo mesmo motivo: falta de planejamento, improviso e má condução administrativa.
Ou seja: o problema é recorrente.
E QUEM PAGA O PREÇO?
- Os trabalhadores terceirizados, que agora podem ser demitidos em massa.
- As escolas, que já enfrentam risco de operação reduzida e até paralisação.
- As famílias, que ficam sem serviço básico enquanto os erros da Prefeitura se acumulam.
Não foi a Justiça que criou essa crise.
Foi a gestão Leandro Vilela.
Porque quando uma prefeitura governa sem planejamento, sem transparência e sem responsabilidade com o erário, quem sofre não é quem assina decreto — é quem está na ponta do serviço.
OPINIÃO
O contrato da Buriti não é apenas um caso isolado de falha técnica.
É reflexo de um modelo de gestão improvisado, onde decisões milionárias são tomadas sem critério, sem equilíbrio e sem compromisso com o interesse público.
Quando uma administração precisa “inventar emergência” para contratar empresa, significa que a licitação deixou de ser exceção e passou a ser obstáculo.
E onde a licitação vira obstáculo, o interesse público deixa de ser prioridade.
Aparecida não está pagando apenas uma conta financeira.
Está pagando uma conta moral.
E essa, ao contrário da outra, não se anula na Justiça.

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