O Governador de Goiás Ronaldo Caiado, deseja ser candidato a presidente do Brasil e tenta vender a imagem de honesto e corajoso para combater o crime.
Quem está longe pode ser facilmente enganado com o discurso demagógico do governador de Goiás.
Mas a realidade é outra. A Companhia de Saneamento do Estado de Goiás(SANEGO) é o retrato de como Caiado trata a coisa pública.
Embora exista inúmeras denuncias de corrupção e até assédio moral e sexual contra mulheres dentro da empresa. Caiado faz vistas grossa, não toma providencias ou não tem coragem pra tomar, por ser o responsável pela indicação do presidente da SANEAGO, RICARDO JOSÉ SOAVINSK, ex- presidente da SANEPAR. A SANEPAR foi alvo da Operação Ductos do Ministério Público do Paraná.
Ricardo Soavinsk presidiu a SANEPAR de abril de 2018 a 19 de dezembro de 2018 quando foi destituído do cargo pelo Conselho de Administração da SANEPAR
O Ministério Público do Paraná através do Gaeco apresentou denúncia a prática dos crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em licitação, peculato mediante erro de outrem (isto é, se apropriar de dinheiro por erro de outra pessoa) e falsificação de documento público. Conforme descreve nos autos, entre 2012 e 2020, em razão do pagamento de propina a diversos funcionários da Sanepar, uma empresa de engenharia foi beneficiada em licitações. Os contratos não foram devidamente fiscalizados e resultaram em prejuízo aos cofres públicos.
Também foi apurado que uma segunda empresa, do ramo de soluções ambientais – do filho do dono da empresa de engenharia – teria sido favorecida indevidamente. Os ilícitos eram descritos, inclusive, em relatórios dos empresários como “folha indireta”. O MPPR estima que foram pagos por volta de R$ 1,39 milhão aos servidores como suborno, mediante repasses em dinheiro, cursos de pós-graduação, festas de confraternização e churrascos, brindes e outros itens.
São citados na ação penal sete fatos criminosos, que incluem fraudes no caráter competitivo de licitações, falsificação de documentos e a não fiscalização de contratos que implicaram na perda de R$ 4.706.621,38 de dinheiro público, pela não devolução de materiais da Sanepar não utilizados em obras executadas pela empresa de engenharia.
“A partir das investigações realizadas, apurou-se a existência de uma arquitetada associação criminosa que gerou milhões de reais em prejuízo aos cofres públicos. Tal organização composta pelos empresários e funcionários da empresa […] e diversos funcionários da concessionária Sanepar, que a partir da adulteração de medições nas obras realizadas para a empresa […] superfaturavam os valores recebidos a fim de obter vantagens ilícitas. Além disso, favoreciam a empresa […] e as empresas por ela indicadas nos certames licitatórios e contratações diretas.”
Relatório do Gaeco
A Operação Ductos culminou no cumprimento de 16 ordens de prisão contra servidores da Sanepar e empresários e 50 mandados de busca e apreensão. Além de documentos, a denúncia inclui transcrições de conversas dos denunciados que atestam a prática dos atos ilícitos.
Não se sabe se Ricardo Soavinsk foi alvo da operação, mas ele presidiu a empresa durante o período em que os crimes foram cometidos.
SANEAGO
Durante a gestão de Ricardo Soavinsk a SANEAGO foi alvo de diversas denúncias e operações do Ministério Público do Estado de Goiás.
A operação nabuconodosor revelou que a SANEAGO celebrou em 2020 um contrato fraudulento no valor de R$ 4 milhões, com a empresa Senda Comércios e Serviços.
Uma destas Operações do Ministério Público investigou um esquema de corrupção na SANEAGO que contava até com equipamentos sofisticados para contagem de dinheiro. Foi aprendido dinheiro vivo em uma casa em Goiânia.
Segundo o promotor Douglas Chegury o esquema de corrupção vinha funcionando desde o ano de 2021, ou seja, debaixo do nariz do governador Ronaldo Caiado (UB), que passou o governo inteiro afirmando que em sua administração não existe corrupção.
Em outra investigação do Ministério Público, conduzida pela promotora Leila Maria de Oliveira, O MP apurou possíveis desvios de recursos de contratos da Saneago para recebimento de propinas, que poderiam ter financiado a campanha do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
USO POLITICO DA SANEAGO
Nesta semana a SANEAGO foi mais uma vez envolvida em um escândalo politico. Prefeitos do interior do estado relataram que Pedro Sales, Secretario de Estado da Infraestrutura (Seinfra), estaria atropelando as regras internas da SANEAGO no repasse do Fundo Municipal de Saneamento para forçar acordos políticos.
Através desta manobra, prefeitos aliados do governador estão recebendo repasses enquanto, prefeitos adversários não recebem nada. Quem quiser receber tem que se aliar ao projeto do governador.
Isso é uso da máquina pública para comprar com dinheiro público, apoio politico. O Ministério Público do Estado de Goiás precisa ser acionado para investigar de que forma e quem está recebendo os repasses do Fundo Municipal de Saneamento.
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