Entra gestão e sai gestão e a população de Goiânia continua sofrendo com problema de coleta de lixo. O BLOG DO CLEUBER CARLOS vai detalhar com excluisividade o problema da coleta de lixo na capital. A situação é mais grave do que parece. A Comurg está quebrada por conta da folha de pagamento altissima e de funcionários concursados que geram alguns absurdos, como por exemplo, um motorista de caminhão ganhar até 25 mil reais por mês.
A origem do problema
Em 2005, assim que assumiu a prefeitura de Goiânia, o ex-prefeito Iris Rezende Machado, resolveu acabar com o contrato de tercerização do serviço de recolhimento do lixo na capital que era realizado pela Qualix nas gestões de Nion Albernaz e Pedro Wilson.
Iris cancelou o contrato com a QUALIX e autorizou a realização de concurso público para contratação de pessoal para que a Comurg passasse a executar o serviço de recolhimento de lixo na capital.
Com o passar dos anos, a folha de pagamento da Comurg foi crescendo de forma a invializar a empresa por completo. Hoje a folha de pagamento da comurg com pessoal é na ordem de 36 milhões de reais, sendo apenas 2 milhões de reais de comissionados.
A comurg acumula um dívida com impostos federais de mais de 1 bilhão de reais, embora caiba discussão judicial por se tratar de um empresa pública, mas a dívida existe e a receita continua cobrando.
No fim de 2020 para o inicio de 2021, a comurg passou a ser uma empresa deficitária por conta da sua folha de pagamento. Em 2021 o ex-presidente da empresa, Alex Gama, firmou um contrato com a prefeitura de Goiânia no valor de 47 milhões de reais, valor este que seria suficiente para a empresa continuar suas atividades. No entanto, foi cometido um erro grave, o contrato envolvia secretárias que não tinha dotação orçamentaria para a celebração do convênio. Desta forma, somente a SEINFRA cumpriu com sua parte no contrato, algo em torno de 33 milhões de reais por mês. Desde então, a empresa vem acumulando um deficit de 14 milhões de reais mensais durante o ano de 2022, deixando de pagar fornecedores e impostos.
Em março de 2023 foi celebrado um novo contrato com a prefeitura de Goiânia no valor de 41 milhões de reais. Por falta de saldo financeiro, este contrato se encerrou em julho deste ano. Em agosto e setembro, a COMURG ficou sem receita e sem condições de pagar os fornecedores de combustível e manutenção dos veiculos. Em outubro o serviço colapsou e o lixo se acumulou pelas ruas da capital.
A comurg tem uma dívida de mais de 150 milhões de reais com fornecedores.
De forma emergencial a prefeitura de Goiânia celebrou novo contrato com a comurg no valor de 56 milhões de reais para tentar amenizar a crise do lixo. Este valor é insuficiente para pagar as dívidas da empresa. O passivo acumulado é muito grande.
Hoje a prefeitura gasta em torno de 600 milhões de reais por ano com a Comurg. Um empresa invíavel que acumula dívida ano após ano. Se uma medida drástica não for tomada, a Comurg vai acabar quebrando a prefeitura de Goiânia.
O atual prefeito Rogério Cruz, pretende diminuir o tamanho da comurg e tercerizar a coleta de lixo.
Somente com a tercerização do serviço de coleta de lixo a prefeitura consegue economizar cerca de 160 milhões de reias por ano. É perfeitamente possível fazer uma licitação da coleta do lixo, onde empresas privadas executam o trabalho por 500 milhões por ano. Hoje a prefeitura gasta 660 milhões e o serviço é de pessímma qualidade.
Não existe medida administrativa capaz de salvar a comurg da falência. Rogério Cruz não tem coragem para tal, mas o próximo prefeito de Goiânia vai ter que acabar com a comurg.
Iris Rezende Machado condenou a COMURG a falência quando cancelou o contrato de tercerização do lixo na capital e determinou a realização de concurso público para a empresa fazer a coleta do lixo. Foi uma pessíma decisão a longo prazo. O tempo se encarregou de provar isso.
Um exemplo classico de como os politicos são incompetentes e sua incompetencia gera resultados danosos para a população foi o cancelamento da licitação do lixo que estava previsto para o primeiro semestre. A licitação foi cancelada por conta de alguns vereadores da Câmara Municipal de Goiânia com interesses políticos e financeiros.
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