A paulista de 35 anos não tem ideia de como se infectou com a Covid-19. Para ela, solidão e insegurança definem o isolamento
Diagnosticada com coronavírus, a paulista Clara*, de 35 anos, vive dias de ansiedade e solidão. Na última segunda-feira (16/03), a administradora teve a certeza de que seus sintomas – tosse, febre e dor no corpo – não eram os de uma gripe comum. Um resultado surpreendente, já que ela não viajou para o exterior recentemente e não encontrou com ninguém que o tenha feito. Seu caso é definido como transmissão comunitária, quando não se sabe como houve o contágio.
Clara começou a sentir fortes dores no corpo e fadiga em 6 de março. Três dias depois, teve náuseas e febre alta. Procurou ajuda médica e a trataram como se o quadro fosse de uma virose qualquer. Depois, fez testes para dengue e outras enfermidades. Apenas na sexta-feira (13/03), quando já tossia e sentia falta de ar, convenceu os médicos de que devia realizar o exame para Covid-19.
“Ninguém levantou a bola sobre o coronavírus. Eu que insisti muito para fazer o teste. Olhando hoje, acho que houve negligência. Mas os hospitais não estavam preparados naquele momento”, conta. A primeira providência tomada por Clara foi avisar a todas as pessoas com quem teve contato desde a manifestação dos primeiros sintomas sobre a descoberta. Aliviada, ela diz que ninguém apresentou os sinais da doença até agora.
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