Guedes foi indicado para o cargo pelo governador Ronaldo Caiado (DEM).
Leia íntegra da matéria publicada pelo Jornal Argumento:
Superintendente demitiu servidores que estavam há mais de 20 anos nos postos e contratou outros com critérios políticos. Servidores do Sebrae nacional vieram a serviço com ônus para o órgão em Goiás ao custo de R$ 34.000,00 mensais.
O diretor-superintendente do Sebrae-GO, Leonardo Guedes, colocou na rua mais de 30 servidores do órgão e contratou outros para os mesmos postos apadrinhados políticos. Os servidores demitidos estavam nos postos há mais de 20 anos e o Sebrae-GO investiu mais de R$ 2 milhões nos últimos anos na formação desses funcionários, inclusive com cursos de pós-graduação, MBA e mestrados. Técnicos recomendaram revisão nas demissões, mas Leonardo Guedes ignorou solenemente.
Economistas, administradores, consultores nas mais diversas áreas receberem investimento nas últimas décadas e foram sumariamente exonerados por critérios nada justificados. “Esses servidores estavam nos postos há mais de 20 anos a maioria deles e receberam grande incentivo nos últimos anos para se formarem de maneira adequada e direcionada para suas funções.
Se o que o diretor-superintendente almejava era redução de custos então ele remou na direção contrária, porque para esses novos servidores chegarem na posição adquirida pelos anteriores ainda deverá ser gasto muito mais”, revelou um técnico do órgão que pediu anonimato.
Leonardo Guedes terceirizou a tarefa de demitir e contratar para seu gerente de relações corporativas, Ulisses Fontoura, um controverso servidor que jurou vingança para alguns servidores. As demissões assinadas por Guedes provocaram um custo substancial para os cofres do Sebrae-GO que precisou arcar com os valores das verbas rescisórias.
Além do facão que correu solto no Sebrae-GO, Leonardo Guedes ousou causar mais uma despesa sem justificativa para o órgão em Goiás. Ele requisitou uma servidora do Sebrae Nacional ao custo de mais de R$ 34.000,00 mensais a serem assumidos pelo Sebrae-GO, sendo que há servidores tão capacitados para a função quanto ela, entre os demitidos e mesmo entre os remanescentes ao podão de Ulisses Fontoura.
Em 20 de fevereiro Leonardo Guedes oficiou ao Sebrae Nacional solicitando a liberação da analista Renata De Azeredo da Costa Ziller sob o pretexto de que ela viria “contribuir com a implementação do Projeto de Reposicionamento e Modernização da Rede de Atendimento do Sebrae-GO”. Ele ainda ressaltou que requisitava a liberação da servidora porque sabe da “expertise” da colaboradora.
Renata Costa Ziller, uma técnica com seus recém completados 50 anos, recebe um salário de R$ 27 mil mensais e por sua transferência faz jus a um adicional de R$ 25% sobre seus vencimentos, o que lhe dá um aporte de R$ 8.500,00 no contracheque, sem falar nos R$ 1.130,00 de auxílio alimentação, plano de saúde de quase R$ 900,00 e uma previdência básica de R$ 2.274,00 para não se estressar com a Reforma da Previdência que o ministro Paulo Guedes quer que o Congresso aprove.
Nada mal para quem ingressou no serviço sem prestar concurso e ganha mais que o próprio governador. Ah, tem mais: Renata recebeu um auxílio-mudança no mesmo valor do salário mensal para poder se mudar de Brasília para Goiânia, afinal o interesse de que ela se mude é do Sebrae-GO, que não tem técnicos qualificados para executar a função que só ela pode fazer. O Sebrae ainda lhe paga plano dental – porque ela precisa ter um sorriso de comercial de TV – seguro de vida e uma jabuticaba chamada benefício de risco.
Leonardo Guedes atraiu a ira dos servidores do Sebrae-GO ao reunir todos no início de sua “gestão” e exigir empenho deles assim como ele sempre se empenhou, a ponto de fazer seu primeiro milhão aos tenros 30 anos. Ele só não explicou a ninguém porque ele e sua empresa são investigados pelo Ministério Público por improbidade administrativa, lavagem de dinheiro et caterva. O inquérito está com o promotor de Justiça Fernando Krebs que já requisitou quebra de sigilo bancário e fiscal de Leonardo Guedes, de suas empresas e parceiros.
A reportagem procurou o diretor-superintendente Leonardo Guedes para se manifestar. Ele atendeu o telefone e desligou sem retornar a ligação.
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