O corpo do garoto Tiago Gabriel Savicki, de 8 anos, morto após levar um choque em um campo de futebol, é velado na manhã desta sexta-feira (15), em uma igreja de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Bastante emocionado, o pai dele, Rudinei Savicki, lembrou dos momentos felizes passados ao lado do filho e da enorme lacuna deixada pela sua morte.
"Se perguntar para qualquer um aqui, vai saber que era um menino que tinha amizade com todo mundo, não era só com criança era com adulto, com todo mundo. Era um filho espetacular. Parceiro no campo, pescaria, em tudo. Ele era minha vida. Minha vida ficou pela metade", desabafa.
Tiago foi eletrocutado na noite de quarta-feira (13), em um campo de futebol onde o pai jogava, no Setor Serra Dourada - 3ª Etapa, o mesmo onde morava. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado a UPA Brasicom. Em seguida, foi transferido para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), mas morreu no dia seguinte.
O pai relatou que a outra filha, de 12 anos, foi quem viu Tiago levando o choque e pediu socorro. As pessoas que estavam no local chegaram a prestar os primeiros socorros. Amigo da família, Martins Soares disse que o menino ficou preso ao alambrado.
"Me deparei com ele, pregado na tela, já desacordado. A gente viu a pulsação dele e logo após a reanimação, por meio da massagem cardíaca, ele voltou umas duas três vezes respirando normal, mas ele dava outra parada cardíaca e assim sucessivamente", revela.
Sonho de ser jogador
Tiago costumava acompanhar o pai todas as quartas-feiras no jogo organizado com membros da igreja que frequentava. Inclusive, o menino, torcedor fanático do Palmeiras, sonhava ser jogador de futebol.
"Esse ano eles iam colocar ele numa escolinha. Ele falou que um dia ia ser um jogador famoso. Acabou", lamentou a tia dele, Noeli Ribeiro.
Garoto fica gravemente ferido após levar choque ao tocar em alambrado de campo de futebol em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Renata Costa/TV Anhanguera
Queda de energia
O dono do campo, João Gomes, disse que aluga o campo para moradores da região há mais de dez anos e nunca houve qualquer problema. Ele diz que no dia do acidente, mesmo após ter trocado o quadro de força, a fase da energia caiu depois que um jogador deu uma bolada no poste.
João destacou que a energia foi restabelecida horas depois por um eletricista que estava entre os jogadores. Ele se emocionou ao falar sobre como viu o menino após o choque.
"Me sinto como se fosse o pai dele. Do jeito que eu vi ele lá no chão, até chorei", disse.
O caso foi registrado na Polícia Civil. A família aguarda a chegada de parentes do sul do país para realizar o sepultamento, previsto para as 15h, no Cemitério Jardim da Saudade.
Fonte: G1
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