quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Redes Sociais Diminuem Poder de Influência da Televisão na Eleição

A eleição deste ano está marcando uma nova era na comunicação em que a televisão é a grande perdedora e as redes sociais a grande vencedora.

No jogo do poder os políticos  sempre deram muita importância para partidos, coligações, dinheiro e tempo de televisão. Imaginava-se que quem tivesse mais tempo de TV teria mais chance de ganhar a eleição.

O sucesso da candidatura de Jair Bolsonaro por um partido nanico, sem tempo de TV, sem fundo partidário significativo, está derrubando por terra tudo que se imaginava de uma campanha bem estruturada. Alckmim, Haddad e Henrique Meirelles, são os candidatos com maior tempo de TV, mais recursos financeiros e maior numero de apoiadores, no entanto não consegue transformar isso em apoio dos eleitores.

Bolsando não tem um comando central na sua campanha, não tem um comité, não tem tempo de TV e nem uma grande coligação. É uma campanha baseada fundamentalmente nas redes sociais, onde ele é maior que todos os demais candidatos juntos.

Isso mostra que o poder de influência da m´dia tradicional diminuiu significativamente. Em tempos de interatividade das mídias sociais,  o candidato não precisa  da intermediação do meio de comunicação para se comunicar com seus eleitores, já que essa comunicação acontece de forma direta nas redes sociais.

O tempo de TV perde importância, o dinheiro perde importância, os partidos perdem importância. O que importar é a capacidade do candidato de conseguir mobilizar  o maior número de pessoas nas redes sociais para defender suas propostas, criando desta forma uma  militância digital  expontânea.

Estamos diante de um novo tempo, uma nova forma de fazer política, onde a imprensa perde espaço e  os influenciadores digitais são as novas estrelas da comunicação na política. 


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