segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Idealizador Da Rede De Orquestras, Zé Eliton Diz Que Iniciativa Visa “Guardar memória artística, projetar o estado e formar novos talentos”

Foto: André Saddi
  "Essas orquestras, que estarão espalhadas por todo o interior de Goiás, vão guardar a memória artística, projetar o estado e formar novos talentos para que a gente possa fazer, a cada dia, a expressão maior do ser humano, que é a dimensão das artes”, afirmou nesta tarde de segunda-feira (26/02) o vice-governador Zé Eliton.

  O lançamento oficial da Rede de Orquestras Jovens de Goiás e do Programa Bolsa-Artista aconteceu na tarde desta segunda-feira (26/02). A iniciativa vai atender a 14 municípios envolvendo cerca de 1.500 estudantes em 16 orquestras, até o final deste ano. O projeto será expandido, segundo o maestro Eliseu Ferreira, para outras localidades. Já o programa Bolsa-Artista ampliará para 230 o número de beneficiados com recursos de R$ 800 mensais para formação musical.

  Ao lado do governador Marconi Perillo e da presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás, Valéria Perillo, Zé Eliton ressaltou que a criação da Rede de Orquestras Jovens é “construção histórica de um estado que tem à frente o governador da cultura”.

  Zé Eliton disse esperar que “Goiás seja noticiado mundo afora, não só pelas belas canções externadas em duplas, mas, também, pelas diversas expressões culturais”. Segundo ele, “vamos fazer com que o mundo se encante com os sons, os aromas e a literatura de nosso estado”.

  Em seu discurso, Zé Eliton lembrou que a inspiração para a idealização da Rede de Orquestras começou lá atrás, em 2011, quando ele ainda era presidente da Celg. Estava em viagem à França, quando o governador pediu para que o representasse em um evento na cidade de Barcelona, na Espanha.

  “Lá eu vi a dimensão do trabalho do Basileu França e da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás que, na ocasião, era regida pelo maestro Eliseu Ferreira: eles foram aplaudidos de pé num dos palcos mais importantes do mundo”, disse. “Aquilo produziu em mim um impacto muito grande, me deixou impressionado”, acentuou.

  Depois, em 2015, segundo Zé Eliton, ao inaugurar o segundo Itego em Artes do estado, na cidade de Catalão, o governador e ele conversaram sobre a possibilidade de ampliar o número de orquestras. Marconi disse que foi a uma apresentação da Orquestra de Cachoeira Dourada, se impressionou, e a ideia da rede se consolidou. “A criação, afinal, se deve, sobretudo, à sensibilidade do governador Marconi”, afirmou Eliton.

  “A música e as artes nos acalmam o espírito, faz com que a gente possa elevar um pouco o pensamento e ficar mais tranquilo”, observou o vice-governador ao citar Vivaldi e “As quatro estações”. Segundo ele, “ouvido de olhos fechados, permite perceber a passagem da alegria do outono para a angústia do inverno, passando pelo verão e pela primavera”.

  O vice-governador fez mais citações. “Quem ouve Carmina Burana, do alemão Carl Orff, pode sentir o sofrimento das pessoas que têm ascensão e depois caem sem entender por quê”. Destacou, ainda a 9ª Sinfonia de Beethoven, “construída e elaborada por alguém que já não podia mais ouvir, você ouve a angústia daquele menino que era agredido pelo pai e sai correndo pelos campos afora”, disse.

  Segundo Zé Eliton, essas são expressões que só o sentimento de humanidade e a expressão artística guardam relevo. “Quero destacar a minha alegria em compartilhar esses momentos e essa construção histórica, e reafirmar o compromisso de continuar protegendo e valorizando as artes”, concluiu.

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