terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Preso no Rio, líder do Comando Vermelho em Goiás é apresentado pela Polícia Civil

Stephan de Souza Vieira, conhecido como BH, foi encontrado em uma cobertura de luxo, em Cabo Frio (RJ). Traficante usava documentos falsos e, com ele, foram apreendidos R$ 7 mil em espécie, além de aparelhos de telefone celular, joias e um veículo de luxo

A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira (08/01) detalhes sobre a recaptura do líder do Comando Vermelho em Goiás, Stephan de Souza Vieira, foragido desde novembro do ano passado, do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Conhecido como BH, ele foi preso em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, de onde continuava atuando no crime organizado.

“Encontramos várias anotações sobre vendas de drogas para traficantes goianos”, afirmou a delegada Myrian Vidal, titular da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas (Draco). Stephan – que portava documentos falsos – foi preso em uma cobertura de luxo. No local, foram apreendidos cerca de R$ 7 mil em espécie, além de aparelhos de telefone celular, joias e um veículo de luxo. “Ele mantinha uma vida de padrão bastante elevado ao lado da esposa”, explicou a delegada.  

As investigações sobre a fuga de BH continuam. No entanto, a delegada Myrian Vidal ressaltou que há indícios de que o líder criminoso tenha pago uma alta quantia para sair do presídio. “Estamos apurando tudo com o máximo de rigor”, garantiu. O criminoso nega fazer parte da facção criminosa, mas a polícia tem provas de que BH é um dos líderes do grupo em Goiás.

Além de cumprir pena por tráfico de drogas, roubo, associação criminosa e porte ilegal de armas, além de munições de uso restrito, Stephan também é investigado por pelo menos dez homicídios em razão de disputa territorial do Comando Vermelho com outras facções criminosas.

Rebeliões
A princípio, havia a suspeita de que Stephan estivesse ligado às rebeliões registradas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na última semana. Entretanto, até o momento, não há qualquer prova da sua participação nos tumultos. “As investigações concluem que não podemos atribuir ao Sthepan a ligação com as rebeliões. O trabalho investigativo continua e várias diligências estão sendo realizadas”, explicou o delegado André Fernandes.

Também estiveram presentes na apresentação o delegado-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio, e o gerente de Planejamento Operacional, delegado Gustavo Carlos Ferreira.

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