sábado, 4 de novembro de 2017

Capitão da PM Matou Namorada Com Um Tiro no Rosto Após Sexo no Carro

 A Polícia do Piauí desvendou o mistério que envolvia o desaparecimento e a morte da estudante de direito Camilla Abreu, 21 anos.

Camilla desapareceu na madrugada de quinta-feira (26) após ir para a faculdade de Direito. Depois, ela teria se encontrado com o namorado, um capitão da Polícia Militar, de 35 anos, com quem namorava havia um ano.

O secretário de segurança do Piauí,  Fábio Abreu, revelou que uma testemunha procurou a polícia para informar que um carro, com as características do veículo do namorado de Camilla, deu entrada em um posto de lavagem há alguns dias com várias manchas de sangue.

O corpo da estudante de Direito, Camilla Abreu, foi encontrado na tarde de terça (31), no povoado Mucuim, zona Rural de Altos, na BR-343. O capitão Alissom Wattson, principal suspeito do crime, acabou sendo preso também durante a tarde, pela Delegacia de Homicídios. Foi o capitão Alissom que informou à polícia onde estava o corpo e levou os investigadores até o local onde o corpo foi ocultado, no povoado Mucuim, nas proximidades da BR-343. O corpo foi abandonado pelo autor do crime dentro de um matagal de difícil acesso. De acordo com Secretaria de Segurança, o corpo de Camilla estava em uma entrada após o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 
A perícia confirmou que a jovem foi agredida na cabeça, com um objeto contundente, antes de ser alvejada com um tiro no rosto. O corpo de Camilla já se encontrava em avançado estado de decomposição. O crime se enquadra como feminicídio, assassinato de uma mulher em que as motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade do homem sobre a vítima do gênero feminino.

De acordo com as informações repassadas, Camilla Abreu foi morta com um tiro no rosto após sexo com o namorado dentro do carro dele nas proximidades da BR-343, entrada de Teresina

O delegado Emerson, da Delegacia de Homicídios, coordenou as ações que resultaram na prisão do policial. O pedido de prisão temporária foi expedido pelo juiz Luiz Moura Correia, da Central de Inquéritos. 

delegado Emerson Almeida, da Delegacia de Homicídios, que ficou responsável pelo caso, afirmou que a defesa do capitão alega que o disparo foi acidental. “A defesa sustenta a tese de acidente, mas não vamos entrar nesse mérito, nós achamos que não foi um acidente, que na realidade foi um feminicídio, pelas circunstâncias que ocorreram, pelas circunstâncias anteriores e posteriores. Eu não irei afirmar que houve uma premeditação até porque estamos no início das investigações, mas sei que acidente não foi”, afirmou. 
Sobre a motivação do crime, o delegado declarou que as brigas entre o casal eram constantes. “Em uma dessas brigas podemos afirmar que ele sacou a arma e atirou nela. Na realidade, a tese da defesa alega que a arma estava entre os bancos do veículo dele já que eles estavam no carro e ela estaria com a arma dele. O acidente que eles frisam seria com relação ao disparo. Segundo eles, eles estavam dentro do veículo quando a Camilla viu uma suposta mensagem no celular dele, em razão disso, ela ficou com raiva, iniciou uma discussão, pegou a arma e apontou para ele. O capitão no intuito de tentar se defender teria dado um golpe, como ela estaria supostamente com o dedo no gatilho, a arma disparou acidentalmente na sua direção. 
Capitão Alissom Wattson Assassino de Camila
Sobre o capitão, o pai da jovem afirmou: “Ele é um louco, mentiu o tempo todo, teve a coragem de chegar na minha casa no sábado chorando, dizendo que não sabia onde ela estava, é muito frio, parece que nem amava minha filha”.

Mesmo com o depoimento do acusado e tese apresentada pela defesa, o delegado afirmou que sua teoria não bate, já que muitos questionamentos ficam sem ser respondidos. “São diversas as provas que são constatas, houve após o crime a ocultação do cadáver. Ele diz que foi um acidente, então por que não socorrê-la? essa pergunta foi feita durante o seu interrogatório no inquérito policial. Por que não pediu ajuda a alguém? Por que jogar o celular dela fora? Por que lavar o veículo? Por que  tentar se livrar do veículo? Então são diversos questionamentos que não entram na questão do acidente, por isso que afirmamos que não foi um. São diversos pontos que a investigação conseguiu provar, são 30 dias que podemos concluir essa investigação e vamos provar que houve um feminicídio. Ela era uma pessoa de estatura pequena, ele é uma pessoa treinada, ela foi morta com a arma dele, então para nós isso não se sustenta”, declarou. 
O delegado acrescentou que a investigação desde o começo apontou o capitão como o principal suspeito. Segundo ele, as informações colhidas não batiam com a justificativa dada por ele. Durante as investigações, a polícia conseguiu através de câmeras de segurança mapear o trajeto do suspeito. “Conseguimos depoimentos que demonstravam que ele tentou lavar o sangue que existia no carro. Já apreendemos o veículo, a manta que foi lavada no posto, enfim, são diversas provas que levam a esse crime”, disse.
Sobre um possível arrependimento do namorado da jovem, o delegado ponderou: “Ele não demonstra arrependimento porque ele alega que foi um acidente, se ele demonstrasse algum arrependimento a tese de defesa dele cairia por água abaixo”. 
De acordo com o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Costa, o ‘Baretta’, a versão do criminoso não é sustentada com os acontecimentos. “A dinâmica do que aconteceu é totalmente diferente já que ele tentou destruir as provas. Ele foi deixar a jovem na faculdade às 20h, por volta de 22h se deslocaram até o quiosque na zona Leste, às 01h45 foram deixar a amiga na casa dela no Vale do Gavião e depois Camilla sumiu. Ele assassinou a jovem por volta de 2h e 3h da madrugada de quinta”, declarou.

Com informações do G1  e Meio Norte

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