O diretor de relações institucionais do grupo J&F – que controla a empresa JBS -, Ricardo Saud, acusou de extorsão o jornalista Cláudio Humberto, editor-chefe do site Diário do Poder. O caso foi revelado durante delação premiada do executivo à Procuradoria Geral da República (PGR), realizada em 5 de maio. As informações são da Folha de S.Paulo.
De acordo com Saud, ele pagou R$18 mil mensais, com objetivo de evitar que Humberto publicasse notícias negativas sobre as empresas do grupo. Ele afirmou, ainda, que em 2014 foi tema da nota “Joesley [Batista] fez de Ricardo Saud o homem da mala”, publicada pelo jornalista, após visitar a casa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
“O próprio Renan disse: ‘Ele fez isso para chamar vocês lá para um acerto. Vai lá e dá um dinheirinho para ele que resolve. Ele vive disso”, disse Saud no depoimento aos procuradores. O diretor da J&F disse que Humberto – que ganhou visibilidade após atuar como assessor de imprensa e porta-voz de Fernando Collor na Presidência da República (1990-1992) – cobrou, inicialmente, R$30 mil mensais pela “não veiculação” das notícias. Após negociação, ficou acertado pagamento de R$ 18 mil por mês.
Saud disse que há dois anos o jornalista é pago para parar de falar mal da J&F, proprietária da JBS. “Se não pagar no dia, ele vai lá e fala mal. Se faz isso comigo, deve estar fazendo com muita gente”, disse.
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