Irmã e braço direito do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a jornalista Andrea Neves foi levada na tarde desta quinta-feira ao Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto após ser presa pela manhã, ser interrogada na sede da Polícia Federal (PF) e passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte. Localizado na zona Leste da capital mineira, a penitenciária foi reformada em 2009, durante o governo de Aécio Neves.
Na condição de braço direito de Aécio e guardiã da imagem do político mineiro, Andrea acompanhou de perto iniciativas adotadas no segundo mandato do mineiro (2006-2010) para evitar a superlotação da unidade. Ela conduzia pessoalmente jornalistas em visitas à unidade. Na condição de presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social, o Servas, ela também promoveu a inauguração de uma brinquedoteca na prisão-creche.
Andrea ficou em silêncio durante interrogatório nesta quinta feira na sede da PF. A defesa da jornalista classificou como “desarrazoada” a prisão preventiva expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Andrea chegou no início da tarde desta quinta-feira ao IML de Belo Horizonte para fazer exame de corpo de delito antes de ser transferida. Locais gritaram “ladrona” para a irmã de Aécio na porta do IML.
A irmã de Aécio ficou cerca de cinco horas em uma sala da superintendência da PF. Ela foi presa pela manhã em sua casa em um condomínio fechado em Nova Lima, região metropolitana de BH. Com as mãos cobrindo o rosto, ela deixou a unidade por volta das 13h40min no banco de trás de uma viatura descaracterizada, quando se dirigiu ao IML. Por volta das 15h30m, ela já estava no Complexo Penitenciário feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte.
O advogado de Andrea, Marcelo Leonardo, não quis comentar sobre a condição emocional de sua cliente. Ele disse que os policiais apreenderam na casa dela dois celulares e um computador. Segundo o colunista do GLOBO, Lauro Jardim, ela intermediou um encontro entre Aécio e Joesley Batista no início deste ano, ocasião em que o tucano foi gravado solicitando uma ajuda de R$ 2 milhões ao empresário para custear sua defesa em processos da Lava-Jato.
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