quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Polícias Militar e Civil apresentam caso da morte da menina Ana Clara


Equipes localizam corpo há cerca de 30 metros da casa do irmão da namorada do suspeito, em mata próxima à GO-462, em Santo Antônio de Goiás, região metropolitana de Goiânia. Força-tarefa criada pela SSPAP para esclarecer caso chegou ao suspeito após denúncia feita ao número 190 e cruzamento de dados de redes sociais


As polícias Civil e Militar apresentaram nesta quarta-feira (22/02) o caso da morte da menina Ana Clara Pires Camargo, de sete anos, que estava desaparecida há cinco dias. O corpo foi encontrado na manhã de ontem em uma mata próxima à GO-462, em Santo Antônio de Goiás, região metropolitana de Goiânia. O suspeito pelo assassinato, Luís Carlos Costa Gonçalves, de 35 anos, foi morto durante o confronto.

As informações foram repassadas durante entrevista coletiva, ocorrida no auditório da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), que contou com as presenças do titular da pasta, Coronel Edson Costa, o comandante-geral da PM, Coronel Divino Alves, e o delegado geral da Civil, Álvaro Cássio. Os detalhes do caso foram esclarecidos pelos responsáveis pela comunicação das polícias, delegado Gylson Mariano Ferreira (PC) e tenente-coronel Ricardo Mendes (PM).

De acordo com as polícias, a força-tarefa criada pela SSPAP para esclarecer o caso chegou ao suspeito após denúncia feita ao número 190, da PM, oportunidade em que o denunciante relatou a permanência de um veículo abandonado – com as portas abertas –, no Setor Carolina Parque, em Goiânia, no início da manhã. Diante da informação, por meio do cruzamento de dados de redes sociais, as equipes de inteligência concluíram que a casa, com uma placa de aluga-se, era do irmão da namorada do suspeito.

Ao iniciarem as diligências as equipes da PC e PM localizaram o corpo há cerca de 30 metros do local. Junto do corpo foi encontrado, ainda, material corrosivo. “Acreditamos que esse material seria usado para eliminar provas”, afirmou o tenente-coronel Ricardo Mendes, ao dizer, também que, diante da comoção popular pelo desfecho do caso e a aproximação da investigação ao suspeito, ele teria voltado ao local para minimizar os vestígios do crime.

Diante das evidências, as forças policiais retornaram à casa do cunhado de Luís Carlos, ocasião em que, ao entrarem na residência, foram recebidos com vários disparos. Diante do confronto, o acusado foi morto pela Polícia Militar. De acordo com as informações, o suspeito não tinha passagens, mas há relatos de vizinhos que era prática de Luís abordagens a crianças, com oferecimento de balas e doces.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, mesmo com a morte do suspeito, o inquérito policial terá sequência, com prazo de 30 dias para ser concluído. “Durante esse período, dentre outras particularidades do caso, saberemos, também, se houve a participação de outras pessoas”, esclarece o delegado Gylson Ferreira.
 
Questionados sobre as causas da morte, os representantes das polícias relataram que detalhes técnicos só serão conclusivos após exames e laudos da Polícia Técnico-Científica. “Todas as circunstâncias e a dinâmica do homicídio serão periciadas pela SPTC e incluídas no inquérito. Somente exames dirão como e quando foi morta”, conclui o delegado.


Depoimento
Nesta terça-feira (21/02), o suspeito, que era vizinho da menina Ana Clara Pires Camargo, prestou depoimento ao delegado Valdemir Pereira da Silva, titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), e responsável pelo caso. Porém a assessoria da PC afirma que, mesmo após ser ouvido como um eventual suspeito, Luís não poderia ter sido preso em virtude da falta de flagrante delito ou sua prisão ter sido decretada pelo Poder Judiciário.

De acordo com o tenente-coronel Ricardo Mendes, durante os dias em que a menina permanecia desaparecida, o suspeito teria ajudado nas buscas, já que era vizinho da casa onde Ana Clara morava com a família. Ela desapareceu no início da tarde da última sexta-feira (17), no Residencial Antônio de Carlos Pires, em Goiânia.


FOTOS: POLÍCIA CIVIL

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