Quem diria? Um dos empresários mais poderosos do país, Marcelo Odebrecht foi condenado hoje a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa – decorrentes das investigações da Operação Lava Jato.
A sentença foi proferida pelo herói nacional o Juiz Federal Sérgio Moro.
Além de Marcelo Odebrecht foram sentenciados também com a mesma pena os executivos da empresa Márcio Faria e Rogério Araújo.
É mais um duro golpe contra a corrupção e atinge um dos grupos econômicos mais ricos do Brasil, situação esta inimaginável há alguns anos atrás.
A decisão de hoje também atinge os executivos César Ramos Rocha e Alexandrino Alencar, ligados à Odebrecht, e as figurinhas já carimbadas, os ex-funcionários da Petrobrás Renato Duque, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco e o doleiro Alberto Youssef.
Marcelo Odebrecht, Márcio Faria e Rogério Araújo estão presos desde 19 de junho de 2015 quando foi deflagrada a Operação Erga Omnes, 14ª fase da Lava Jato.
Veja alguns destaques da sentença do Juiz Sérgio Moro:
“Considerando a gravidade em concreto dos crimes em questão e que os condenados estavam envolvido na prática habitual, sistemática e profissional de crimes contra a Petrobrás e de lavagem de dinheiro, fica mantida a prisão cautelar vigente contra Marcelo Bahia Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo” – declarou Sérgio Moro.
“A prática do crime corrupção envolveu o pagamento de R$ 108.809.565,00 e US$ 35 milhões aos agentes da Petrobrás, um valor muito expressivo“. E acrescentou “Um único crime de corrupção envolveu pagamento de cerca de R$ 46.757.500,00 em propinas” – Referente à sentença de Rogério Araújo e Márcio Faria.
Sobre Cesar Ramos Rocha condenado a 9 anos e 10 meses - “A prática do crime corrupção envolveu o pagamento de R$ 54.404.782,50 à Diretoria de Abastecimento, um valor muito expressivo. Um único crime de corrupção envolveu pagamento de cerca de R$ 23.378.750,00 em propinas”
O doleiro Alberto Youssef, personagem central do escândalo, foi condenado por corrupção e lavagem a vinte anos e quatro meses de prisão. Os ex-diretores da Petrobrás Renato Duque (Serviços) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e o ex-gerente executivo da estatal Pedro Barusco pegaram a segunda pena mais alta deste processo. Os executivos foram sentenciados pelos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro a vinte anos, três meses e dez dias de prisão.
Como fizeram delação premiada, as penas de Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco foram suspensas.
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