quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Em Inauguração da Central de Flagrantes, Marconi Volta a Cobrar Vinculação Constitucional de Recursos Para Segurança Pública


 Governador lembrou que mudança na Constituição foi promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff
   Secretário Joaquim Mesquita anunciou que Governo de Goiás investiu R$ 2,7 bilhões em Segurança em 2015
  Central de Flagrantes e do Pronto Atendimento ao Cidadão da Polícia Civil recebeu R$ 250 mil em equipamentos do Governo Estadual
  O governador Marconi Perillo voltou a cobrar na manhã desta quinta-feira (28) o compromisso da presidente Dilma Rousseff para que altere a Constituição Federal e permita vinculação de receitas da União e dos municípios para serem investidas em Segurança Pública. Em discurso enfático durante a Inauguração da Central de Flagrantes e do Pronto Atendimento ao Cidadão da Polícia Civil, Marconi lembrou que a vinculação constitucional foi promessa de campanha da petista à presidência da República, em 2014.
“É preciso bater nessa tecla o tempo inteiro. O Governo Federal não pode deixar esse debate da Segurança Pública de lado. Na campanha, tanto o Aécio (Neves), quanto a presidente Dilma (Rousseff) disseram que iriam assumir o comando da Segurança Pública no país, que iriam vincular receitas à Segurança Pública, que iriam mudar a Constituição. E isso não aconteceu. Nós fazemos esforço muito grande, mas não temos as contrapartidas para fazermos ainda mais”, pontuou.
Antes do discurso do governador, o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, havia agradecido os investimentos realizados pelo Governo Estadual que, segundo ele, totalizaram R$ 2,7 bilhões (12,5% do orçamento estadual) em 2015. “Quero agradecer o apoio do governador Marconi Perillo e de todos os investimentos que foram disponibilizados para a Segurança Pública. Isso demonstra que o Governo vem fazendo sua parte na disponibilização de recursos e na priorização da Segurança Pública”, afirmou.
 Em seguida, Marconi criticou o baixo investimento realizado pelo Governo Federal na área. “O Governo Federal investiu na segurança do cidadão talvez uns R$ 30 milhões em todo o ano de 2015. Não é culpa do Governo federal. É culpa da Constituição, que não estabelece a vinculação de receitas da União e dos municípios para serem investidas em segurança. É falta da criação de um fundo nacional que obrigue a União, os estados e municípios a investirem em Segurança Pública”, disse.
 O governador reiterou ainda que o Governo de Goiás não deixará de repassar “um tostão” à Segurança Pública. “Vamos continuar colocando 12,5%, mas se vierem mais 5% do orçamento da União para Segurança Pública, nós teremos condições de aprimorar e modernizar enormemente os serviços que prestamos ao cidadão.”

Inauguração
A Central de Flagrantes e o Pronto Atendimento ao Cidadão da Polícia Civil, inaugurados no setor Cidade Jardim, em Goiânia, foram viabilizados com recursos de R$ 1,6 milhão provenientes do Ministério Público do Trabalho, além de R$ 250 mil em equipamentos por parte do Governo de Goiás.
 “Essa nova e moderna Central vai encurtar o tempo de espera, vai agilizar os procedimentos, modernizar a atuação da Polícia Civil, colaborar enormemente e facilitar a vida do cidadão. É mais uma parceria bem sucedida com a Justiça do Trabalho, que doou os recursos para a construção dessa obra tão importante”, disse Marconi em entrevista.
 Segundo o secretário Joaquim Mesquita, o projeto da Central de Flagrantes e do Pronto Atendimento ao Cidadão foi concebido em 2013 em virtude da alta demanda de flagrantes e pretende funcionar como um vapt vupt para a área da Segurança Pública.
 “Estamos inaugurando hoje um sonho da Polícia Civil para garantir o atendimento mais digno à população e dar condições mais adequadas aos funcionários que aqui trabalham. Essa central vai otimizar e permitir que aqui tenhamos uma espécie de vapt vupt para o cidadão, com atendimento ágil e eficaz”, ressaltou o secretário.
 Participaram também da solenidade a procuradora chefe do Ministério Público do Trabalho em Goiás, Janilda Guimarães de Lima; delegado-Geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski; diretor do Foro de Goiânia, juiz Wilson Dias, representando o Tribunal de Justiça; deputados federais Waldir Soares e João Campos; deputado estadual Mané de Oliveira; presidente da Juceg, Rafael Lousa; vereadores Cristina Lopes e Antônio Uchôa.

 Ocupação da Seduce
 Em entrevista coletiva, Marconi comentou a recente invasão de manifestantes à sede da Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esporte (Seduce). O governador afirmou que considera legítimas as manifestações, mas declarou que não aceitará imposições contrárias ao projeto de gestão compartilhada entre Estado e Organizações Sociais (OSs).
“Nós respeitamos as manifestações, só não admitimos que haja depredação ao patrimônio público, intimidação a funcionários. Fora isso, nós respeitamos as manifestações livres, as opiniões diferentes das nossas. O que não é possível é que tentem impor a nós, que vencemos as eleições, ao nosso programa de governo, ações que não estão dentro da nossa plataforma. Nós discutimos, mas não aceitamos imposições”, declarou.


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