Em entrevista a uma rádio de Presidente Prudente, cidade do interior de São Paulo que ela visita nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse ser “fundamental ter muita calma nessa hora” para enfrentar a crise política e econômica e classificou como uma “versão moderna de golpe” usar a crise como mecanismo para se chegar ao poder. Questionada se o rebaixamento da nota do Brasil a preocupa, Dilma não respondeu. Disse apenas que o Brasil “é muito maior do que sua nota” e lembrou que países como Estados Unidos e França conseguiram voltar a crescer após suas notas também serem rebaixadas. Segundo ela, o país honra todos os seus compromissos e contratos e não tem problemas de crédito internacional para atrair investimentos. Dilma entregou 2.343 moradias do Minha Casa, Minha Vida em Presidente Prudente (SP). Durante a cerimônia, voltou a falar que qualquer tentativa de “encurtar o caminho da rotatividade democrática” é golpe.
Questionada pelo apresentador da rádio Comercial 1440 AM sobre a estabilidade de seu governo, Dilma disse acreditar que ainda haja, “infelizmente no Brasil”, pessoas que não “se conformam que nós sejamos uma democracia sólida cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular”.
— Essas pessoas geralmente torcem para o quanto pior, melhor. Na área da economia, da política. Todas elas esperando uma oportunidade para navegar em águas turvas — falou a presidente, salientando ter certeza de que o Brasil tem uma solidez institucional e que em nenhum país do mundo que passou por dificuldades semelhantes às do Brasil “você viu alguém propondo uma ruptura democrática como forma de saída da crise”.
— Esse método de querer usar a crise como um mecanismo para você querer chegar ao poder é uma versão moderna do golpe. Atualmente, o que nós temos fazer é nos unir e mais rapidamente, independente de nossas posições e interesses pessoais ou partidários, formamos o “Partido do Brasil”, que levará a mudanças da nossa situação. Por isso é e fundamental muita calma nessa hora, muita tranquilidade — disse Dilma, garantindo estar trabalhando pelas estabilidades econômica e politica.
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