O jornalista Paulo Cezar de Andrade Prado, editor do Blog do Paulinho foi preso na última segunda feira, depois de publicar noticias sobre o empréstimo do BNDES ao Corinthians.
O empréstimo teve a participação decisiva do ex-presidente Lula. Paulinho publicou a matéria na madrugada do dia 6 e no mesmo dia foi preso de maneira muito suspeita.
Paulinho respondia a processos por conta de várias denúncias publicadas em seu blog ao longo dos anos, no entanto, estranhamente, o jornalista e blogueiro foi preso por policiais civis do 34º Distrito Policial, do bairro Vila Sônia, que fica na zona oeste de São Paulo. Em depoimentos, os policiais que o prenderam alegam que "estavam fazendo uma ronda normal, no bairro do Pari, na zona leste da cidade, quando resolveram fazer uma abordagem aleatória a um carro suspeito".
O que eles não conseguem explicar é o fato de uma viatura do Morumbi estar fazendo "uma ronda normal, de rotina", do outro lado de sua jurisdição, na zona leste da cidade.
Teria sido apenas coincidências o fato do jornalista ter sido preso no mesmo dia que publicou denuncias contra o BNDES que envolvem o ex-presidente Lula?
A prisão de Paulinho é arbitraria e ilegal. Ele foi condenado à uma pena cinco meses e 10 dias, em regime semiaberto. Mas está preso em regime fechado. A prisão de Paulinho tem características de uma prisão política em regime de repressão.
Nós precisamos repudiar, protestar e exigir a imediata libertação de Paulinho.
Divulgue a Hashtag #LibertemPaulinho
Acompanhe a matéria publicada por Paulinho no dia 06/07/2015 - Horas antes de sua prisão!
Em maio de 2014, Corinthians e Odebrecht enviaram ao BNDES o “Relatório de Desempenho nº 2″, em que, além de relacionar o avanço das obras do “Fielzão”, indicavam, também, resumo de movimentações financeiras.
Destas, quatro foram apresentadas como “empréstimos de curto prazo”, tratados como emergenciais para a continuidade das obras.
– R$ 100 milhões, em dezembro de 2011, com o banco Santander;
– R$ 150 milhões, em março de 2012, com o Banco do Brasil;
– R$ 146 ,5 milhões, em julho de 2012, com a Odebrecht;
– R$ 50 milhões, em dezembro de 2012, novamente com a Odebrecht.
O total, de R$ 446 milhões, deveria, quase na totalidade, ter sido coberto pela injeção de R$ 400 milhões do BNDES, intermediados pela CAIXA, mas, ampliados pela cobrança de juros, além doutros gastos, até agora, não revelados, continuam, pelo menos em parte, pendentes de quitação.
No mesmo documento, o Corinthians diz ao BNDES que, diferentemente doutras obras em São Paulo, a do estádio em Itaquera foi dispensada do “licenciamento ambiental”, que, segundo o mesmo informativo, “foi um dos pilares para obtenção do “Alvará de Execução de Edificação Nova”.
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