Termina na próxima sexta-feira (29/5) a exposição das peças artesanais de João Gomes da Silva, o “Juão de Fibra”, de Novo Gama, aberta no dia 18 deste mês no hall de entrada do Palácio Pedro Ludovico Teixeira (PPLT), na Praça Cívica, em Goiânia. Organizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), por meio da Gerência de Artesanato, a exposição é mais uma ação do programa Goiás Mostra Artesanato, que chegou este mês a sua 14ª edição. 
A mostra pode ser visitada diariamente, em horário comercial. A 14ª Goiás Mostra Artesanato reúne objetos de uso pessoal e utilitários feitos com fibras vegetais, na sua maioria, capins como o colonião, capim dourado, capim dourado, capim de brejo, capim prata e capim jauzida. Juão de Fibra usa, também, fibras de bananeira, de açaí, de sisal e de diferentes palmeiras.
As exposições no Palácio Pedro Ludovico Teixeira visam divulgar o trabalho dos artesãos de forma individual. Para o superintendente executivo de Micro e Pequenas Empresas da SED, Thiago Falbo, o programa de exposições do governo de Goiás valoriza o artesanato goiano que é de alta qualidade e cria condições para que muitos possam viver de sua arte. “Antes, o artesão não encontrava espaços para comercializar seus produtos nem as oportunidades que o Governo de Goiás vem propiciando”, disse ele na abertura da mostra, destacando as exposições no Palácio e na Casa do Artesão e também a participação nos eventos nacionais.
Segundo Thiago Falbo, há atualmente 2.900 artesãos cadastrados na SED e, graças aos estímulos do Governo do Estado, mais de 100 já fizeram seus cadastros no programa Microempresas Individuais (MEI), do governo federal. “Nossos esforços são no sentido de ampliar ainda mais esse cadastro, para que os artesãos, com o CNPJ, possam alcançar maior autonomia e se projetarem no mercado”, afirmou o superintendente.
"Juão de Fibra"
Esta é a primeira vez que João Gomes da Silva, 45 anos, expõe suas peças em Goiânia. Natural de Varjota, no Ceará, ele chegou em Brasília com a família aos 3 anos de idade. Aos 6, foi morar em Novo Gama, na região do Entorno do Distrito Federal. Antes de se especializar nas mais de 50 tramas de diferentes capins, João passou por sucessivos experimentos e técnicas. Mas foi com a mestra Antônia, da Vila Paranoá, em Brasília, que ele encontrou sua identidade como artesão. Ela fazia emas usando tramas de fibras e pinhas como complemento.
Ensinar a arte
O artesão João Gomes da Silva tem tido o seu trabalho reconhecido em Brasília, Mato Grosso do Sul, Tocantins e em Goiás. Depois de fundar uma empresa, a Juão de Fibra, que atende a fundações culturais e a representações estaduais de cultura e artesanato, o artesão vem se dedicando a ensinar o seu ofício. Recentemente, ele participou de uma oficina promovida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Rio Verde, atendendo também a artesãos de Mineiros e Lagoa do Bauzinho.
Fotos: Jota Eurípedes
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