Enquanto define novos projetos de obras rodoviárias para serem executados nos próximos anos, o governo vai concentrar os recursos do orçamento de 2015 na manutenção e conservação de rodovias estaduais. A programação foi anunciada hoje pelo governador Marconi Perillo, durante abertura do IV Wokrshop Rodoviário, realizado pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), no teatro Sesi, em Goiânia.
O evento reúne 950 profissionais ligados à área de engenharia rodoviária de Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal e Tocantins para debater inovações construtivas do segmento até a próxima sexta-feira, (17). Marconi frisou aos participantes que a prioridade do Estado, neste momento, é trabalhar a manutenção dos trechos já executados em Goiás. Mas isso não exclui a construção de novas rodovias nos próximos anos.
“Para este ano temos os recursos para a conservação, provenientes do Fundo de Transportes. Aliás, todo recurso deste fundo, em 2015, está reservado exclusivamente para a manutenção e conservação. Estamos buscando alternativas e já estamos com elas praticamente asseguradas para dar sequência à terceira edição do Rodovida Reconstrução, principal programa de construção do Estado”, afirmou.
O governador destacou, porém, que só serão construídas obras rodoviárias, caso os projetos e licitações estejam concluídos até o dia 31 de dezembro deste ano. “A partir desta data, não terá mais projeto. Este governo vai focar no que está planejado. Queremos ter licitações e projetos para serem concluídos. Ou seja, chegar ao fim deste mandato com projetos realizados. Essa é nossa definição”, disse.
Crise
Marconi avaliou que, por conta da crise econômica nacional, as regras em relação ao financiamento da infraestrutura rodoviária do País ainda não estão claras. “O governo federal voltou a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), mas isso ainda não está definitivamente regulamentado. Os estados têm carência de recursos para fazer a manutenção necessária nas rodovias País a fora. Este é um assunto que deve ser debatido. As regras ainda não estão claras”, afirmou.
No início deste ano, o governo federal voltou a cobrar a contribuição sobre os combustíveis, depois de ter zerado sua alíquota em 2012. “A Cide fez muita falta nestes três anos. Poderíamos já ter terminado as três edições do Rodovida Reconstrução, se este tributo não tivesse sido suspenso. Como contamos apenas com recursos do Fundo de Transportes e de operação de crédito, ainda não tivemos como implementar o Rodovida Reconstrução 3. Estamos buscando alternativas para resolver isto”, comentou.
Ele lembrou que o Fundo de Transportes, criado no início de 2011, com apoio do Fórum Empresarial, foi essencial para o Estado de Goiás alcançar um resultado positivo em relação à recuperação de sua malha rodoviária. “Esse Fundo foi fundamental para que chagássemos à reconstrução de mais de 5 mil quilômetros de rodovias estaduais, que estavam totalmente deterioradas, mesmo tendo perdido a Cide”, destacou. A malha construída de Goiás é de 10 mil quilômetros. Estudos técnicos apontam que até 2018 cerca de 65% será totalmente reconstruída.
Balanço
O presidente da Agetop, Jayme Rincón, disse que a Agência tem realizado o maior volume de investimentos revertidos para a reconstrução e recuperação da malha viária na história do Estado, mas que ainda há desafios pela frente. “Hoje vemos um salto substancial na qualidade das estradas entregues, mesmo ainda tendo muitos desafios pela frente que vamos enfrentar com as medidas tomadas nos anos anteriores”, indicou.
Rincón frisou que o Estado terá uma agenda positiva de inauguração este ano. “As obras civis do Hugo 2 estão concluídas, após 20 meses em construção. O Estádio Olímpico será entregue no segundo semestre, após a colocação da cobertura. Vamos entregar no primeiro semestre a duplicação até Bela Vista de Goiás totalmente iluminada. Quanto ao Centro de Convenções de Anápolis, por sua vez, acredito que no máximo em 60 dias estaremos com as obras retomadas, com cronograma para entregar.
O Rodovida Reconstrução, que já tem mais de 5 mil quilômetros feitos, tem outros 2.030 quilômetros licitados pela Agetop. “Em função do enorme volume de obras, dividimos o Rodovida em três grupos. Os dois primeiros já foram concluídos. Este terceiro está em via de realização”, explicou.
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