O governador Marconi Perillo (PSDB) lamentou, nesta quarta-feira (15/10), o que chamou de “politização” dos casos de assassinatos de mulheres em Goiânia. Ele se reuniu com familiares das vítimas no Salão Verde do Palácio das Esmeraldas, onde repassou informações sobre a prisão do vigilante Thiago Henrique Rocha, de 26 anos, apontado como autor dos crimes. “Há dois meses, eu disse que confiava plenamente na polícia goiana. Durante esse tempo, o assunto foi explorado de forma eleitoreira, mas nunca tive dúvidas de que conseguiríamos elucidar este caso tão complexo”, afirmou.
Secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, Joaquim Mesquita, delegados responsáveis pelas investigações responsáveis e agentes da Polícia Civil também estiveram presentes no encontro. Na ocasião, o governador, mais uma vez, solidarizou-se e prestou condolências aos familiares das vítimas do criminoso. “Infelizmente, não podemos trazer essas pessoas de volta à vida, mas estou aqui para dar a resposta concreta que vocês tanto esperaram. O responsável por esses crimes bárbaros está preso”, anunciou.
Marconi também classificou como “irresponsáveis” as declarações politiqueiras, durante o primeiro turno desta campanha, de que a polícia goiana não estava trabalhando para solucionar os casos e também que o Governo do Estado não oferecia condições para que os agentes trabalhassem no assunto. “É lamentável. Um assunto como esse sempre foi alvo de nossas atenções. Oferecemos todo o suporte necessário e nossos policiais, que sem dúvidas são os melhores do Brasil, trabalharam muito para chegar ao culpado”, disse.
O governador também destacou o papel fundamental dos policiais na elucidação dos crimes. “Se estamos dando uma resposta concreta aos familiares da vítima, é porque vocês se empenharam e trabalharam com muita determinação”, reiterou. “Estamos diante de uma das polícias mais competentes do Brasil”, completou Marconi.
Empenho
Segundo o secretário Joaquim Mesquita, desde o começo das investigações, o governador determinou a criação de uma força tarefa para esclarecer os homicídios. “Por mais de 30 dias, trabalhamos com mais de 100 policiais”, detalhou. Joaquim relatou ainda que o suspeito já confessou a autoria de 16 crimes.
O delegado-geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, também explicou que Marconi determinou que a polícia empenhasse todas as suas forças na elucidação de todos os crimes. “O governador sempre se preocupou com esses homicídios e nos ofereceu condições para que as investigações evoluíssem”, garantiu. Gorski também revelou que a polícia tem provas de que Thiago é o autor de pelo menos 40 assassinatos cometidos na capital. “Começou matando homens, depois, mendigos e, agora, mulheres”.
Superintendente da Polícia Judiciária da Polícia Civil, o delegado Deusny Aparecido Silva Filho também lamentou que o tema tenha sido utilizado de forma política. “Ao contrário do que alguns têm dito, não recebemos nenhuma pressão eleitoral por parte do governador. Aliás, agradeço Marconi pelos técnicos que ele direciona para cuidar da segurança em Goiás. Nosso secretário, por exemplo, não é político, mas sim, um técnico da área, que entende do assunto”, avaliou.
Mais tarde, durante o hangout #PapoComMarconi, o governador afirmou que a Segurança Pública é levada a sério em Goiás. “Não busquei um político para ser secretário, mas sim um delegado altamente experiente da Polícia Federal, com experiência. Não dá para politizar uma área tão complexa”, explicou.
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