O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, vai ajuizar ação por danos morais contra a coligação Amor por Goiás, do candidato ao governo Iris Rezende (PMDB). Em seu primeiro programa eleitoral neste segundo turno, exibido às 13 horas desta sexta-feira (10/10), o peemedebista exibiu um vídeo que simula um falso diálogo entre o ex-vereador Wladmir Garcêz e Rincón. “O diálogo não foi comigo”, afirmou o presidente em entrevista coletiva aos jornalistas no Comitê Central.
Há 10 dias, a montagem começou a circular em grupos do WhatsApp. “Trata-se de uma montagem grosseira. A voz não é minha e as expressões utilizadas não fazem parte do meu vocabulário”, refuta Rincón. Segundo ele, a coligação Garantia de um Futuro Melhor para Goiás também acionará a Justiça Eleitoral em busca da suspensão da veiculação do material e de direito de resposta dentro do programa do peemedebista.
Jayme confirmou que o dono da voz já foi identificado e que está viajando ao exterior. Ainda assim, neste sábado (11/10), ele emitirá um comunicado oficial sobre o assunto. O presidente da Agetop também reforçou que, diferentemente do PMDB, o governador Marconi Perillo (PSDB) continuará, neste segundo turno, com uma campanha sem ataques aos adversários e, principalmente, voltada para apresentação de propostas. “O povo de Goiás não suporta mais esta velha política e, mais uma vez, vai repudiar as baixarias, mentiras e agressões de Iris e sua turma”, reforçou.
O presidente também lamentou o tom que Iris deu à sua campanha, já no início deste segundo turno. Segundo ele, infelizmente, as expectativas em relação ao debate propositivo por parte do peemedebista são as piores possíveis. “De ‘amor por Goiás’ a coligação dele só tem o nome, uma vez que Iris é retrógrado, ultrapassado, corrupto e está carregado de raiva”, lamentou.
Teto de vidro
Durante a entrevista, Jayme Rincón afirmou que o governador Marconi Perillo não usará seus programas eleitorais para atacar Iris. No entanto, ele alerta que, pessoalmente, não deixará de dar respostas aos ataques e acusações infundadas do governadoriável do PMDB. Jayme também desafiou o peemedebista a explicar como conseguiu acumular um patrimônio de R$ 180 milhões. “Iris, quando não estava na vida pública, advogou para um pequeno escritório. Que ações ele defendeu para juntar um patrimônio tão grande?”, questionou.
Em seguida, Rincón afirmou que o candidato do PMDB conseguiu toda sua fortuna enquanto ocupava cargos públicos. “Goiás sabe muito bem como Iris se tornou um dos homens mais ricos do Brasil”, pontuou.
Outro ponto abordado pelo presidente foi a questão da Operação Monte Carlo. Ele lembrou que, na época, Marconi abriu todos os seus sigilos, enquanto o candidato do PMDB se fez de desentendido. “Iris não quis dar as informações que a sociedade tanto queria e tinha direito a saber”. Ele também afirmou que o peemedebista deveria explicar o que levou sua esposa, deputada federal derrotada nestas eleições, Iris de Araújo, também do PMDB, a ficar calada durante a “CPMI do Cachoeira”, no Congresso Nacional.
Ao final da entrevista, Jayme Rincón desafiou Iris a falar de suas relações com as empresas Delta, Qualix e Trana. No caso da Delta, é público que, quando foi prefeito de Goiânia, Iris dispensou licitação quando firmava contratos com a empresa para diversos serviços. Só em 2009, a empresa recebeu, dos cofres do Paço Municipal, R$ 352 mil.
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