O Uruguai legalizou a produção e distribuição da maconha, tornando-se o primeiro país do mundo onde o Estado tem total controle da comercialização da droga. Um reflexo da tradição liberal da nação sul-americana que aprovou recentemente o aborto e o casamento entre pessoas de mesmo sexo.
José Mujica: um presidente emblemático e liberal, que encabeçou mudanças no Uruguai – uma delas pioneira.
O país sul-americano é o primeiro do mundo a legalizar a produção, a venda e o consumo da maconha, mantendo todo o controle nas mãos do Estado.
Para o Governo, uma forma de combater o tráfico de drogas.
“Queríamos tentar outros caminhos e achamos a melhor estratégia tomar o mercado”.
O consumo de maconha no Uruguai dobrou na última década. Um estudo oficial mostra que o número de usuários é de 120 mil – quatro por cento da população.
Vinte e duas toneladas da erva são vendidas todos os anos com um lucro estimado em até 40 milhões de dólares.

O preço vai estar atrelado ao do mercado ilegal.
“Se a maconha estiver a um dólar no mercado negro, a maconha controlada pelo Estado vai custar um dólar o grama. Vamos realizar este processo associado à venda ilegal até que este mercado não seja mais estruturado”.
Sociólogos e especialistas de Saúde estão divididos. Alguns dizem que a maconha é menos danosa do que o álcool e que a legalização dela vai fazer cair o consumo. Mas outros acreditam que a lei vai facilitar o consumo e desencadear um efeito desastroso na juventude do país.

Especialistas de todo o mundo devem usar o exemplo radical uruguaio como material de estudo.
“Acho que o Uruguai vai movimentar a discussão internacional sobre o desenvolvimento mais razoável e efetivo do controle das drogas”.
A lei vai começar a mostrar resultados até o meio de 2014. O Governo sustenta que ela é uma experiência e que não vai hesitar em voltar atrás caso o processo se mostre prejudicial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário