O presidente do Atlético Mineiro Alexandre Kalil concedeu entrevista coletiva onde pediu socorro a presidente Dilma Rousseff para salvar o Atlético por conta das dívidas do clube relativas ao impostos do clube. Kalil disse que se a Presidenta não ajudar ele não termina o mandado como presidente do galo. Kalil disse que o Governo Federal deu dinheiro público a muitos clubes e quer ajuda do governo federal. A dívida do Atlético-MG com o governo federal é de 74 milhões de reais.
A situação da venda do jovem Bernard ao futebol ucraniano segue indefinida. Após garantir pelo Twitter que os R$ 44 milhões estariam sendo negociados com a Fazenda Nacional, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, convocou uma entrevista na tarde desta quinta-feira, na sede do clube, no centro de Belo Horizonte, para informar que a o dinheiro não foi liberado. O mandatário alvinegro pediu o apoio da presidente Dilma Rousseff e falou até em sair do clube.
Nos últimos dias foi divulgado que os jogadores do Atlético estão com um mês e meio de salários e diretos de imagem atrasados. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do clube, acrescentando que o débito está dividido pelos atletas, alguns sem salário e outros sem direitos de imagem.
Durante a entrevista desta terça, Kalil fez discurso e pediu para a presidente da república apoio. O mandatário disse que Dilma é mineira e por isso precisa olhar mais para o Estado.
Kalil quer que Dilma converse com o ministro Luis Abras para que seja cumprido um acordoFoto: Marcellus Madureira Rodrigues de Oliveira - ME - Especial para o Terra
"Presidenta, socorro! É o Atlético-MG. Minas Gerais precisa ser olhada. Estou pedindo para quem tem a caneta nas mãos, neste caso o PT (Partido dos Trabalhadores). Queremos que converse com o ministro Luis Abras, que vetou o nosso acordo. Não estou reclamando do acordo feito, estou reclamando dos acordos não cumpridos. Eu não quero sentar aqui para falar que o Atlético vai ter que vender sede, vender clube, vender isso ou aquilo. Eu quero um parcelamento decente, que o Atlético-MG consegue pagar. Estou aqui humildemente pedido socorro. Já fui três vezes a Brasília e não fui atendido", disse.
O presidente atleticano alfinetou o Corinthians na entrevista. "Não quero aqui um estádio. Nós não vamos viabilizar estádio com dinheiro público. Não queremos redução, desconto, queremos é um parcelamento da divida que possamos pagar", observou.
A divida dita por Kalil é fiscal, que, segundo ele, outros clubes também negociaram, mas não vão conseguir pagar. "Vamos fazer uma conta simples. Teve clube que negociou para pagar parcelamento de R$ 7 milhões por mês de impostos", explicou.
Kalil falou que os jogadores estão cientes da situação. "Pagamos a folha. Os direitos de imagem ainda não. Vai vencer outro. Os jogadores estão a par de tudo, eu não viro as costas e fico de historinha com eles. Eles sabem da minha luta, do meu sofrimento por conta disso. Eu não durmo há uma semana. Estou extremamente preocupado", completou.
Com o mandato até o fim de dezembro de 2014, Kalil disse que não conseguirá cumprir o vínculo com o Atlético-MG se a situação não for resolvida. "Se continuarem fazendo o que estão fazendo, eu não termino meu mandato. Não consigo fechar minha conta com este tratamento. Participei da reconstrução do clube e nesta fase liquidamos dividas trabalhistas, fiscais, ações civis, títulos de cartório. Organizamos isso tudo", finalizou.
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