sexta-feira, 22 de março de 2013

Editorial da Rádio 730: IPASGO E o Diretor Lucrando Dos Dois Lados do Balcão

O governador Marconi Perillo se esforçou para cumprir os compromissos relacionados ao antigo Instituto de Previdência e Assistência Social do Estado de Goiás, o Ipasgo. Marconi nomeou na presidência do Ipasgo um servidor de carreira, Francisco Taveira Neto, indicado pelas entidades de trabalhadores. Marconi quitou débitos com fornecedores, atualizou o pagamento dos prestadores de serviço. Enfim, fez o que considerou suficiente. Embora se questionem os métodos e os meios, no fim prevaleceu o superávit e o Ipasgo ficou no azul. Vermelha deve estar a cara de alguns diretores, caso eles ainda se ruborizem com o erro.


Os diretores, a começar do presidente Taveira Neto, precisam apurar o que ocorre nos subterrâneos do Ipasgo. Uma questão grave é a pessoa ser ao mesmo tempo física e jurídica, e lucrar dos dois lados do balcão, do que paga e do que recebe. A imprensa já noticiou os desvios de conduta de um diretor que age nessa cartilha. A documentação do caso chegou farta à redação da Rádio 730 e do portal730.com.br, mas preservaremos o nome do acusado, mesmo já tendo aparecido em outros veículos. É uma oportunidade para ele trilhar o caminho da honestidade, mesmo com pedras para todo lado.

O diretor acusado é dono de um hospital e de três laboratórios. Sua família tem quatro empresas, em nome próprio ou de parente testa-de-ferro, faturando o Ipasgo. Uma delas cresceu 10 mil por cento nos últimos dois anos, exatamente o período em que ele assumiu a diretoria. Dez mil por cento em dois anos. O homem é um fenômeno. Sua família parece ter feito um pacto para enriquecer rapidamente e já comprou um plano de saúde e um laboratório concorrentes. O diretor agiu nos bastidores públicos e privados. Na parte pública, ele batalhou para cortar os agregados do Ipasgo. Na empresa privada, correu atrás dos agregados que o Ipasgo cortou. Só com essa jogada ganhou 15 mil clientes.

Marconi Perillo não merece tamanha traição. Muito menos o povo de Goiás. Qualquer esquema de malandragem fere o coração da sociedade. O governador e o povo devem reagir a qualquer ladroagem, seja ela o ajeitamento para um diretor faturar, seja a criação de monopólio com verba do Erário. Um diretor não pode ao mesmo tempo auditar e ser auditado, faturar e ser faturado, comprar e ser vendido. É o que está ocorrendo no Ipasgo. Depois, quem leva a fama de desonesto não é o diretor, até porque ele é desconhecido. A notoriedade ruim recairá sobre o governador, que até onde se sabe nada tem a ver com isso. O presidente do Ipasgo também está inocente neste caso. Mas precisa tomar providências imediatamente.

A Rádio 730 e o portal730.com.br vão voltar ao assunto até que o problema esteja resolvido. Se forem comprovadas as culpas, daremos o nome de cada um, tanto que furtam quanto dos que acobertam. Doa a quem doer. Não dói na consciência dos malandros, mas dói demais no bolso de quem sustenta o Ipasgo

Portal 730

Um comentário:

Anônimo disse...

É da mesma forma, paga-se com a mesma moeda: "EU NÃO SABIA DE NADA COMPANHEIRO!"