Segundo os sócios do empreendimento, o Bougainville, na sua nova fase, seria o shopping dos ricos, uma espécie de Iguatemi do Cerrado. Entretanto, apesar dos investimentos, isto não aconteceu. Há algumas lojas de qualidade, mas, a rigor, seus principais clientes ainda são da classe média. Os ricos de Goiânia preferem fazer compras em São Paulo, Rio de Janeiro e mesmo no exterior. Não só. Há lojas específicas na capital, fora dos shoppings, que vendem roupas mais procuradas pelos endinheirados goianos, não apenas pelos goianienses.
Edminho Pinheiro Sócio do Shopping |
Pode-se falar que o Bougainville está em crise? Talvez seja mais adequado falar numa crise relativa. Porque lojas abrem e fecham em quaisquer shoppings do país. A crise é mais da economia do que dos shoppings. Porém, no caso específico do Bougainville, há mesmo alguns problemas. Lojistas dizem que o centro de compras não tem uma mídia apropriada. Eles dizem que, dos shoppings, o Bougainville é o que menos divulga e, quando anuncia, não acerta a mão.
Independentemente de qualquer opinião sobre a viabilidade do shopping, que permanece aberto e com lojas de relativa qualidade, o fato é que várias lojas fecharam as portas recentemente. Não só. O espaço da CTIS, empresa de informática, está desocupado há vários anos. Os diretores do shopping tentam alugá-lo, mas não conseguem. Procuraram restaurantes, mas não conseguiram conquistá-los. O resultado é que o espaço tem sido utilizado por mostras de fotografias e de móveis de gosto duvidoso.
Wilder Morais Sócio do Shopping |
Nas últimas semanas, fecharam as portas as lojas Authentic Feet (de tênis, no segundo piso), World Tennis (de tênis, no primeiro piso), Óticas Brasil (no segundo piso; trata-se da ótica mais tradicional de Goiânia), Cantão (no segundo piso; é uma loja com estilo cult-descolado para a classe média). Há outro grande espaço fechado no piso 2.
O espaço da loja que vendia produtos do time do São Paulo, fechada há vários meses, não foi ocupado até hoje. Área de alimentação está cada vez mais vazia. A Vivenda do Camarão fechou as portas e o espaço está vazio há pelo menos dois anos. Um restaurante de comida asiática também não emplacou. A Pizzaria Paulista fechou as portas recentemente. Há mais dois espaços fechados.
Qual o motivo da “crise”? Os comerciantes alegam que os valores do aluguel e do condomínio são muito altos, as vendas são baixas e a divulgação publicitária do shopping é equivocada.
Fonte: Jornal Opção
Fonte: Jornal Opção
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