Ao inaugurar a Central de Transplantes do Estado de Goiás, em ala do Crer – Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo – na manhã desta sexta-feira (22), o governador Marconi Perillo defendeu a administração hospitalar da rede pública por Organizações Sociais – OSs. Citando o próprio CRER como modelo de eficiência no atendimento, Marconi lembrou que a transferência do gerenciamento hospitalar público ganhou a simpatia de governos de todas as tendências e ideologias políticas pela eficiência apresentada.
O governador citou a incoerência no discurso crítico da oposição quando as OSs são colocadas na linha de frente do debate da saúde pública. “É um debate burro. O que importa é que o serviço seja de qualidade e, principalmente, gratuito. E é justamente por isso que as unidades administradas por OSs têm hoje mais de 90% de aprovação pela sociedade”, desabafou.
O CRER, que nasceu dois anos após Marconi assumir o seu primeiro mandato de governador, tem registrado o melhor atendimento nas especialidades disponíveis de toda a região Centro-Oeste, segundo dados do próprio Centro de Reabilitação. E, ainda que o número de pacientes seja crescente, o hospital amplia seu campo de atuação, ganhando novas atribuições, como declarou o superintendente executivo, Sérgio Daher, “aceitando novos desafios”.
A Central de Transplantes é um desses grandes desafios. Denominada Central de Notificação, Distribuição e Captação de Órgãos do Estado de Goiás, ela funcionava no Hospital Geral de Goiânia – HGG. A transferência para o CRER, na visão do coordenador da Central de Transplantes, Luciano Leão, tem, dentre outras vantagens, a possibilidade de a unidade operar em um centro que é referência no atendimento a pacientes em Goiás disponibilizado completamente pelo SUS, o que poderá ampliar as oportunidades para novos processos de captação de órgãos.
Entre reformas e aquisição de mobiliário, o CRER investiu R$ 120 mil para estruturar a Central de Transplantes. Segundo Luciano Leão, a proximidade com o aeroporto Santa Genoveva representa um expressivo ganho para a unidade, uma vez que todo o processo de transplante exige acesso rápido na busca e envio de órgãos e tecidos.
A tendência é melhorar o gerenciamento dos transplantes em Goiás, a partir de agora, abrindo caminho para que o CRER dê ainda mais amplitude à Central de Transplantes, observou Leão. A unidade já trabalha na viabilização de um Banco de Multitecidos. Uma carta de intenções foi enviada à coordenação do Sistema Nacional de Transplantes para passar por uma avaliação da Comissão Intergestores Bipartite, formada por representantes de todas as secretarias municipais de Saúde. Aprovada, a proposta será encaminhada ao Ministério da Saúde para parecer final e a disponibilização dos recursos necessários.
O projeto de Goiás será coordenado pelo ortopedista do Hospital Alberto Rassi – HGG, especialista em cirurgia de quadril, Paulo Silva. A intenção é inicialmente que seja criado um banco de pele e tecidos ósseos, com ampliação para músculos, tendões e válvulas cardíacas. No Brasil há apenas quatro unidades semelhantes.
O governador Marconi Perillo mostrou-se entusiasmado com tantos projetos e conquistas anunciados pelo CRER. Em seu discurso destacou o carinho que ele e a primeira-dama Valéria Perillo têm pelo hospital. “Com ela (Valéria Perillo) dividi, nos primeiros meses do meu primeiro governo, o sonho de criar em Goiânia um Centro de Reabilitação nos moldes do Sarah Kubitschek de Brasília. Nossa determinação e coragem em investir num projeto tão grandioso, ganharam força quando a justiça mandou devolver aos cofres públicos R$ 5 milhões, dinheiro que havia sido desviado da antiga Caixego”, recordou.
O CRER, que nasceu com 11 mil metros quadrados de área construída, chegará ainda neste ano a 35 mil metros quadrados. “Estamos ampliando o hospital para também aumentar o número de pacientes que atendemos de todo o Brasil”, destacou Luciano Leão.
Na solenidade, o governador esteve acompanhado da primeira-dama Valéria Perillo, do senador Cyro Miranda, dos secretários Antônio Faleiros, da Saúde, Wilmar Rocha, da Casa Civil e João Balestra, das Cidades e do deputado federal Roberto Balestra, além de empresários e profissionais de saúde.
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