sexta-feira, 27 de abril de 2012

Feiras livres de Goiânia: Boas Opções de Compras


14,7 mil trabalhadores atuam em feiras espalhadas por todas as regiões da cidade. Relação custo-benefício quanto à preço e qualidade é o maior atrativo

 Por Sirley Camilo

A movimentação começa normalmente após o almoço. Antes mesmo que a tarde caia, feirantes de todos os lugares da cidade descarregam carros e transportam peças íntimas de todas as cores e tamanhos, calças jeans, vestidos, bermudas e sapatos. Tudo ficará disposto, ironicamente ordenado, em meio ao amontoado de confecções sob tendas de lona. Tudo pronto. O vai-e-vem de clientes que param, olham, provam e nem sempre levam, seguirá até às 22 horas. Esta é a rotina para cerca de 14,7 mil feirantes especiais cadastrados pela Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Seturde) do município de Goiânia. Eles se dividem em 36 feiras especiais espalhadas pelos quatro cantos da cidade, algumas situadas em bairros nobres, como setores Sul, Bueno e Oeste. A maior delas, a Feira Hippie, considerada a maior da Amércia Latina, ocupa toda a Praça do Trabalhador, um dos maiores espaços públicos da cidade.
Mas engana-se quem pensa que a clientela é formada somente por pessoas de baixa renda. Sacoleiras, lojistas e um público pertencente a todas as classe sociais frequentam estes espaços, razão porquê o comércio praticado teve um incremento de 30% nos últimos anos. Em geral os frequentadores são moradores que escolhem o canal de compra levando em consideração dois fatores: proximidade do ponto de venda e preço. Segundo o titular da Seturde, José Sebba Júnior, o setor de feiras da capital é arrojado e oferece produtos de qualidade.
Em visita a qualquer feira especial da cidade é possível encontrar testemunhos que comprovem a afirmação do secretario. Na do Setor Bueno, por exemplo, que acontece às quartas-feiras, encontramos a funcionária pública Kathia Benini, 32. Ela foi conferir a qualidade das peças no setor de vestuário. “Uma amiga me mostrou alguns vestidos muito bonitos que ela comprou. Fiquei impressionada, pois eram peças com bons tecidos e com um preço muito acessível. Fiquei interessada e resolvi visitar. Já encontrei dois vestidos que me agradaram, porém, vou levar apenas um, quero experimentar, se der certo, volto outras vezes”, conta.
Geração de emprego
Para José Sebba, as feiras especiais representam uma forma de economia solidária, pois reunem associações, cooperativas, grupos de produção e empresas autogestionárias. “Goiânia é atualmente uma cidade de grande desenvolvimento econômico e estimula a geração de emprego e renda”, diz. A própria Seturde admite a geração de 14 mil empregos de forma direta e cerca de 40 mil indiretamente com o segmento. “Isto sem citar os nove mil feirante de feiras livres, que trabalham com abastecimento alimentar”, frisa.
Diretor de Controle das Atividades Informais da Seturde, Vinicius Alencar informa que desde o ano passado, a Secretaria trabalha para que todos os feirante se cadastrem no cadastro de Micro- empreendedor Individual (MEI), como alternativa de sair da informalidade, “considerando a cadeia produtiva que todo feirante movimenta.” Ele destaca que, não raro, o público que frequenta as feiras acaba usufruindo do comércio formal localizado no entorno. “Esta é uma das razões que o comércio formal solicita licença para funcionar também em horários especiais,” completa.
Ainda segundo o diretor, dentro da política de geração de emprego e renda, a Prefeitura de Goiânia analisa com parcimônia todos os pedidos para a abertura de novos espaços e adianta que tudo começa com um abaixo-assinado dos moradores das imediações de onde se pretende instalar a feira. A Secretaria avalia in loco os requisistos, encaminha o processo para a Secretaria de Planejamento (Seplam), analisa o impacto no trânsito junto a Agência Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (AMT) e, após o cumprimento dos tramites legais, o pedido é ratificado pela Seturde.



Um comentário:

Anônimo disse...

ola cleuber legal sua pagina eu estou cem emprego vc saber de algo ai mim dar toqui bijsssssssss rosangela