14,7 mil trabalhadores atuam em feiras espalhadas por todas as regiões
da cidade. Relação custo-benefício quanto à preço e qualidade é o maior
atrativo
Por Sirley Camilo
A movimentação começa normalmente após o almoço. Antes
mesmo que a tarde caia, feirantes de todos os lugares da cidade descarregam
carros e transportam peças íntimas de todas as cores e tamanhos, calças jeans,
vestidos, bermudas e sapatos. Tudo ficará disposto, ironicamente ordenado, em
meio ao amontoado de confecções sob tendas de lona. Tudo pronto. O vai-e-vem de
clientes que param, olham, provam e nem sempre levam, seguirá até às 22 horas.
Esta é a rotina para cerca de 14,7 mil feirantes especiais cadastrados pela
Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Seturde) do município de
Goiânia. Eles se dividem em 36 feiras especiais espalhadas pelos quatro cantos
da cidade, algumas situadas em bairros nobres, como setores Sul, Bueno e Oeste.
A maior delas, a Feira Hippie, considerada a maior da Amércia Latina, ocupa
toda a Praça do Trabalhador, um dos maiores espaços públicos da cidade.
Mas engana-se quem pensa que a clientela é formada somente
por pessoas de baixa renda. Sacoleiras, lojistas e um público pertencente a
todas as classe sociais frequentam estes espaços, razão porquê o comércio
praticado teve um incremento de 30% nos últimos anos. Em geral os
frequentadores são moradores que escolhem o canal de compra levando em
consideração dois fatores: proximidade do ponto de venda e preço. Segundo o
titular da Seturde, José Sebba Júnior, o setor de feiras da capital é arrojado
e oferece produtos de qualidade.
Em visita a qualquer feira especial da cidade é possível
encontrar testemunhos que comprovem a afirmação do secretario. Na do Setor
Bueno, por exemplo, que acontece às quartas-feiras, encontramos a funcionária
pública Kathia Benini, 32. Ela foi conferir a qualidade das peças no setor de
vestuário. “Uma amiga me mostrou alguns vestidos muito bonitos que ela comprou.
Fiquei impressionada, pois eram peças com bons tecidos e com um preço muito
acessível. Fiquei interessada e resolvi visitar. Já encontrei dois vestidos que
me agradaram, porém, vou levar apenas um, quero experimentar, se der certo, volto
outras vezes”, conta.
Geração de emprego
Para José Sebba, as feiras especiais representam uma forma
de economia solidária, pois reunem associações, cooperativas, grupos de
produção e empresas autogestionárias. “Goiânia é atualmente uma cidade de grande
desenvolvimento econômico e estimula a geração de emprego e renda”, diz. A
própria Seturde admite a geração de 14 mil empregos de forma direta e cerca de
40 mil indiretamente com o segmento. “Isto sem citar os nove mil feirante de
feiras livres, que trabalham com abastecimento alimentar”, frisa.
Diretor de Controle das Atividades Informais da Seturde,
Vinicius Alencar informa que desde o ano passado, a Secretaria trabalha para
que todos os feirante se cadastrem no cadastro de Micro- empreendedor Individual
(MEI), como alternativa de sair da informalidade, “considerando a cadeia
produtiva que todo feirante movimenta.” Ele destaca que, não raro, o público
que frequenta as feiras acaba usufruindo do comércio formal localizado no
entorno. “Esta é uma das razões que o comércio formal solicita licença para
funcionar também em horários especiais,” completa.
Ainda segundo o diretor, dentro da política de geração de
emprego e renda, a Prefeitura de Goiânia analisa com parcimônia todos os
pedidos para a abertura de novos espaços e adianta que tudo começa com um
abaixo-assinado dos moradores das imediações de onde se pretende instalar a
feira. A Secretaria avalia in loco os requisistos, encaminha o processo para a
Secretaria de Planejamento (Seplam), analisa o impacto no trânsito junto a
Agência Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (AMT) e, após o
cumprimento dos tramites legais, o pedido é ratificado pela Seturde.
Um comentário:
ola cleuber legal sua pagina eu estou cem emprego vc saber de algo ai mim dar toqui bijsssssssss rosangela
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