A jovem de 19 anos que teve imagens de conteúdo sexual divulgadas, inicialmente, através do WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas para smartphones, disse em entrevista ao Jornal Anhanguera 1ª Edição desta quarta-feira (23/10/13) que sua vida "virou um inferno".
Ela parou de estudar e trabalhar e só tem saído de casa para falar com os advogados sobre o processo que move contra o suspeito de divulgar as imagens que se espalharam como um vírus pela rede.
Na entrevista ela confirma que teve um relacionamento de três anos. "Não me arrependo porque fiz o vídeo por amor, com uma pessoa que eu amava e em quem eu confiava. Só que isso não deveria ter sido mostrado para ninguém", falou a jovem.
Ela registrou uma ocorrência no último dia 4 de outubro, e em depoimento confirmou que sabia da gravação dos vídeos, mas não autorizou a divulgação das imagens. A Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), em Goiânia, está investigando o caso, que ganhou grande repercussão em todo o Brasil e até mesmo em outros países. "Acho que nem ele imaginava que fosse tomar essa proporção. Não tem como controlar e estipular quantas pessoas viram, porque não tem como pegar o celular de todo mundo e apagar", disse.
A jovem que era vendedora contou que ficou sabendo da divulgação do vídeo através de uma amiga, no dia 3 de outubro, enquanto trabalhava. "A primeira coisa que eu fiz foi ligar pra ele. Ele negou e disse que ia me ajudar a descobrir quem foi", lembra ela.
Ela não tem dúvidas de que foi o ex-companheiro, que era casado, quem divulgou as imagens. Segundo ela, há pelo menos três anos, ele era a única pessoa com que ela se relacionava e que foi só com ele que ela aceitou gravar imagens íntimas depois que ele garantiu que iria guardar os arquivos filmados em uma pasta secreta no celular. "As imagens ficavam dentro de uma pasta, que fica dentro de outra. Para entrar nas duas é preciso de senha que só ele sabe", explica.
Mesmo com um inquérito policial em andamento, a jovem acredita que o suspeito de divulgar as imagens não será punido. "Não tem punição para este tipo de crime, não tem uma lei que enquadre ele. Ele até pode ser considerado culpado, mas não vai ficar preso"
FONTE: DM.COM.BR
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