O governador Marconi Perillo e o chefe-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, Jorge Chediek, assinaram, na manhã de hoje, um memorando de entendimento, estabelecendo parcerias entre a ONU e Goiás que começaram a ser estudadas há quase um ano, quando representantes da Organização se reuniram com o governador e discutiram o interesse de união pela modernização da gestão pública, otimização de redes institucionais e recursos humanos para colaboração de programas, e projetos para o resgate de goianos que vivem no exterior.
O documento assinado estabelece cooperação da ONU com Goiás por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Determina, entre outros itens: promoção do desenvolvimento humano sustentável, inclusão produtiva, otimização dos recursos humanos e financeiros e suporte institucional ao Projeto Andorinhas – Migrante Empreendedor. A proposta desse programa é promover condições de trabalho e acesso às linhas de crédito dos estados para que as pessoas que foram morar em outros países possam retornar à sua origem com a garantia de que terão subsídios para se preparar para o mercado de trabalho.
“Goiás tem aproximadamente 350 mil cidadãos morando fora do país, mas a economia do país e do Estado tem melhorado muito, e essas pessoas são um extraordinário capital para melhorar o desenvolvimento do Estado. São pessoas que passaram pelo sacrifício de ter morado fora, de ter poupado, ter trabalhado em condições muito diferentes das que estavam acostumadas. Esse programa é uma forma de resgatá-las. Queremos compartilhar essa experiência com o Estado de Goiás”, declarou Chediek.
Antes da assinatura do termo, Marconi assistiu a um vídeo com a exposição do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil em 2013. O Atlas traça um mapa do desenvolvimento humano e social em diversos aspectos e Goiás tem conseguido superar a expectativa em muitos itens, sobressaindo-se à média nacional. “Houve um esforço muito grande para que chegássemos a esse patamar. E acredito que é possível avançarmos mais. É muito confortante saber que temos avanços ainda mais significativos do que a média dos países do hemisfério Sul”, disse o governador.
Ele contou que esteve recentemente com o secretário para Assuntos Internacionais Elie Chidiac no Itamaraty para uma conversa com o chanceler e vários embaixadores e percebeu da parte deles um respeito profundo ao trabalho que é realizado pelo Estado na área internacional. “Não só por esse projeto, mas também por termos sido os pioneiros no combate ao tráfico de seres humanos, criamos também subsídios para trasladar os goianos mortos no estrangeiro. Essas e outras iniciativas acabaram transformando nossa superintendência de Relações Internacionais no organismo de maior credibilidade e respeitabilidade no país”, afirmou.
Em relação ao Projeto Andorinhas, que é pioneiro no Brasil, Marconi ofereceu total apoio do governo ao projeto, inclusive por meio da criação de uma linha de crédito específica para os goianos que estão voltando para o Estado. “Vamos colocar os créditos da GoiásFomento, recursos do Banco do Povo à disposição. Vamos nos debruçar para que o projeto seja bem sucedido. Temos que focar na preparação dessas pessoas para serem empregadas aqui”, disse.
“É um projeto que tem uma dimensão humana muito forte. Vamos ter muito sucesso, e transformar o Projeto Andorinhas em um grande case de sucesso do Brasil e do mundo”, observou Marconi. Em razão do trabalho realizado por Chediek, após assinatura do memorando de entendimento, o governador concedeu a ele a medalha da Ordem do Mérito Anhanguera no grau “Grande Oficial”.
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