quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Autismo: Lionel Messi Dribla a Doença e Se Torna Exemplo Mundial de Superação

Foto: Reprodução


Quem ouve falar sobre o autismo talvez não imagine que Lionel Messi, o melhor jogador do mundo, seja um dos portadores da doença. Um artigo publicado pelo neuropediatra, Roberto Amado, no portal Extra, e reproduzido por diversos sites aponta características marcantes da doença nas atitudes do jogador. 





Por decisão da família a mídia pouco divulga sobre o assunto, tudo para preservar a imagem do jogador. Mas o fato é que aos 8 anos de idade, ainda na Argentina, a mãe, Celia Cuccittini, descobriu que o filho apresentava sintomas da Síndrome de Asperger, uma forma branda da doença e conhecida como uma "fábrica de gênios". 


A doença geralmente é desenvolvida em pessoas do sexo masculino e os portadores geralmente apresentam dificuldades de se socializarem, fazem movimentos repetitivos e possuem interesses diferentes. Essas características, que são apresentadas pelo jogador tanto dentro quanto fora de campo, foi o que levou profissionais da área a estudarem suas atitudes. 


De acordo com Nilton Vitulli, pai de um autista e membro da ONG Autismo e Realidade, dentro de campo o jogador geralmente repete as mesmas jogadas sempre. “O Messi sempre faz os mesmos movimentos: quase sempre cai pela direita, dribla da mesma forma e frequentemente faz aquele gol de cavadinha, típico dele”, diz Vitulli, que também foi jogador de futebol profissional. “É como se ele previsse os movimentos do goleiro. Ele apenas repete um padrão conhecido. Quando ele entra na área, já sabe que vai fazer o gol. E comemora, com aquela sorriso típico de autista, de quem cumpriu sua missão e está aliviado”.
Vídeo mostra vários lances que resultaram em gols do jogador


Giselle Zambiazzi, presidente da Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Brusque e Região, em Santa Catarina, analisou as atitudes do jogador fora de campo e percebeu o quanto o ambiente das entrevistas o incomoda. "Aquele ar “perdido”, louco pra fugir dali. A coçadinha na cabeça, as mãos, o olhar que nunca olha de fato. Um autista tem dificuldade em lidar com esse bombardeio de informações do mundo externo”, disse Giselle.


Foto: Reprodução


Zambiazzi afirmou ainda que é nítido a forma como Messi "sabe exatamente o que quer", como é focado em suas ações. Segundo ela, a forma de olhar do jogador também aponta detalhes da síndrome. "Em uma jogada, ele foi levando a bola até estar frente a frente com um adversário. Era o momento de encará-lo. Ele levantou a cabeça, mas, o olhar desviou. Ou seja, não houve comunicação. Ele simplesmente se manteve no seu traçado, no seu objetivo, foi lá e fez o gol. Sem mais," analisou ela.


Um ponto importante da Síndrome de Asperger, a exigência e a capacidade de não aceitar perder, pode ter sido um dos principais estimulantes para o destaque o jogador. Os autistas geralmente possuem uma capacidade grande de se frustrar quando não alcançam o objetivo que se propõe a fazer e, geralmente eles dominam algo, ou algum assunto, específico. 

Messi é reconhecido pelo talento que possui de transformar em algo simples o que para todos é grandioso, ele simplesmente faz o que sabe e faz tão bem que se destacou no mundo inteiro.

Reportagem: Bruna Carneiro
DM.COM.BR

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