Nascido em 1944, Luciano viu com apenas oito o pai, Milton Lyra Bivar, ser eleito presidente. Aos 12 anos, tornou-se atleta do clube. De fato, a história de Luciano Bivar no Sport começou há muito tempo. Ainda sem fim. Para chegar ao topo, ele esperou bastante. Conselheiro em 1975, com 31, assumiu o primeiro cargo no clube como diretor do departamento de tênis. Não surpreendeu a indicação, pois sua passagem como atleta foi justamente nas quadras de saibro. No futebol, passou a se envolver de forma direta apenas em 1983, ainda com 38 anos.
Em 1987, vice-presidente executivo. À frente, curiosamente, Homero Lacerda, amigo por longas temporadas. No biênio 1989/1990, enfim o cargo máximo na Ilha do Retiro. No carro-chefe da instituição, o seu nome passou a ser associado a altos e baixos. Momentos inesquecíveis e outros que a torcida gostaria de esquecer. Uma gangorra que o clube acabou se transformando nos últimos 25 anos. Em uma eleição recorde no Rubro-negro, ontem, a sexta eleição. O presidente eleito do Sport vai para o sexto mandato na história do Sport: 1989/1990, 1997/1998, 1999/2000, 2001 (renunciou), 2005/2006 e 2013/2014.
Quando encerrar a sua nova gestão na Ilha do Retiro, em 2014, ele terá comandado o Leão em 10% de sua mais que centenária história. Em seu primeiro mandato, tinha 45 anos. Bivar terminará o sexto biênio com 70 anos. Histórias cruzadas, sem dúvida.
Desta vez, receberá o maior orçamento que o Sport já teve, com R$ 120 milhões em dois anos e a responsabilidade sobre a assinatura do complexo da nova arena, estimada em astronômicos R$ 750 milhões. Dinheiro acompanhando de um sem número de responsabilidades.
Empresário de sucesso e com vertentes na política, Luciano levou o Sport à disputa de títulos nacionais, como na Copa do Brasil de 1989 e a bela campanha no Brasileiro de 2000, com o 5º lugar, mas também errou em momentos cruciais, culminando em campanhas vexatórias, com destaque para a perda do hexacampeonato estadual em 2001 e os rebaixamentos em 1989 e 2001, ano de sua renúncia. Também encampou o ingresso do Leão no Clube dos 13, em 1997, estabelecendo um novo patamar financeiro para o clube.
Ao vencer nas urnas o ex-aliado Homero Lacerda, Bivar irá assumir o clube num momento delicado em relação ao rendimento nos gramados. Tem na sua bandeira a necessidadade de tirar do chão a arena. E o time de um limbo que a torcida não está acostumada.
Currículo
A favor
>> Campeão pernambucano em 1997, 1998, 1999, 2000 e 2006.
>> Campeão brasileiro da Série B em 1990 e vice em 2006, com acesso.
>> Vice-campeão da Copa do Brasil (1989) e da Copa dos Campeões (2000).
>> 5º (2000) e 7º (1998) lugares no Campeonato Brasileiro.
Contra
>> Rebaixado à segunda divisão nacional em 1989 e 2001.*
>> Lanterna da Série A em 1999 e 2001*
>> Perda do hexacampeonato estadual em 2001.
>> Perda do título estadual do centenário leonino em 2005.
* Havia renunciado no meio ano, sendo substituído pelo vice, Fernando Pessoa.
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