Grupo Que Matou Valério Luiz Alugou Casa Perto da Rádio Jornal

O comentarista esportivo teve sua rotina monitorada durante vários dias por dois homens

O assassinato de Valério Luiz, em 5 de julho de 2012, foi resultado de um planejamento meticuloso. Não houve improviso, como acreditou, num primeiro momento, a Polícia Civil. O radialista e comentarista esportivo foi seguido durante vários dias e sua rotina foi definida por um grupo de três pessoas — duas delas mais atuantes. Em seguida, de uma casa nas proximidades da Rádio Jornal 820

AM, meio de comunicação no qual Valério Luiz, de 49 anos, trabalhava, começaram a monitorar seus horários, e se saía acompanhado ou sozinho.

O assassino, possivelmente um policial militar, esteve na porta da rádio algumas vezes, mas, por telefone, seu “controlador” — o civil que ficava na residência alugada perto da Rádio Jornal e trabalha ou trabalhou para o empresário que encomendou o assassinato — sugeria que não agisse naquele momento. Em julho, o civil ligou para o militar, apontado como atirador exímio e de uma coragem à toda prova, e disse que Valério Luiz havia chegado sozinho. Imediatamente, o criminoso deslocou-se para as imediações da rádio. Primeiro, passou na porta da rádio várias vezes, fazendo a checagem e verificando a quantidade de pessoas na rua. Segundo, postou-se quase à porta da rádio. Estava numa motocicleta e chegou a tirar o capacete pelo menos uma vez. Terceiro, quando Valério Luiz estava saindo, da casa o atirador recebeu informações precisas, embora ele próprio já tivesse visto o profissional.

Segundo uma fonte, o policial militar atirou e, depois, aproximou-se do veículo para certificar se o radialista estava realmente morto. Após a verificação, saiu tranquilamente do local de moto e, adiante, foi recolhido por um veículo e, imediatamente, ligou para alguém para informar que o serviço havia sido feito. No mesmo dia, apesar de ter cometido um crime bárbaro, voltou a trabalhar. Ele estaria acostumado a matar.

Fonte: Jornal Opção