Em solenidade realizada no Palácio Pedro Ludovico, o governador Marconi Perillo recebeu o secretário Estadual de Saúde, Antônio Faleiros, os superintendentes e conselheiros do Conselho Estadual de Saúde. O governador disse que sentiu a necessidade de se reunir com o Conselho, há um bom tempo, por achar fundamental dirimir conflitos e aprimorar a sinergia no desenvolvimento do trabalho. Ele afirmou que essa sinergia vigora porque “o objetivo de todos nós é oferecer uma saúde pública de qualidade e que o usuário do serviço de saúde seja muito bem atendido”.
Marconi lamentou a inversão que há no financiamento da saúde pública e no SUS no Brasil. “Quando foi preconizado e iniciado o SUS, a base de financiamento dele era da ordem de pelo menos 60% de recursos federais e 40% de recursos estaduais e municipais, apontou, explicando que, hoje, a sensação é que o Governo Federal vai saindo sorrateiramente da responsabilidade de custear o Sistema Único de Saúde e o peso da sustentação do financiamento vai ficando cada vez mais sob a responsabilidade dos estados e municípios. “A ordem hoje é inversamente proporcional: os estados e municípios financiam 60% e o SUS, 40%”, ressaltou.
Revelou que este ano o governo estadual vai investir 1 bilhão e 300 milhões de reais na Saúde em Goiás e que existe um planejamento para que esse valor possa atender a todas as áreas da saúde. Comentou também que os serviços prestados pelos profissionais médicos dos hospitais são muito mal remunerados pela tabela do SUS, que não é reajustada há dez anos: “As consultas são pagas com base no faz de conta, uma internação de UTI nos hospitais goianos custa em torno de 1.800 reais, mas eles só recebem 400 reais do SUS”.
Marconi revelou que se reúne toda semana com a força-tarefa da Saúde para resolver os problemas. “Não que o secretário não tenha competência para isso. Tem muita, já provada nas duas ocasiões em que foi secretário, mas é porque determinados assuntos dependem de outros órgãos do governo como Controladoria, Procuradoria, Agetop, Secretaria da Fazenda, e eu tenho puxado para mim a responsabilidade de compartilhar com o Faleiros as soluções junto aos outros órgãos”.
Ele acredita que não demora e Goiás vai alcançar o padrão de excelência para a prestação de serviços nos hospitais do Estado. “Tenho certeza disso. Mas não nos damos satisfeitos só com isso. Temos que resolver inúmeros outros casos, como o Banco de Sangue, o almoxarifado, a sede da Secretaria e a sede do Conselho Estadual de Saúde”, observou, afirmando que é preciso avançar mais nessa área.
Antônio Faleiros disse que os problemas estão sendo resolvidos, mas ainda é necessário um pouco de paciência para que a Secretaria e o Conselho tenham sua sede definitiva. Felicitou a aprovação do Fundo Estadual de Saúde, que, segundo ele, agilizará as ações de saúde no Estado. Disse ainda que, dentre outros acertos da Pasta, está a transferência da administração do Hugo para uma OS e que isso melhorou o atendimento naquele hospital. “Hoje mesmo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve visitando o Hospital de Urgências de Goiânia e gostou do que viu lá”.
A presidente do Conselho Estadual de Saúde, Cláudia Cruvinel Câmara, agradeceu ao governador a oportunidade de dialogar diretamente com ele: “Queremos agradecer ao senhor por nos receber e também pela rapidez com que o senhor e o Dr. Faleiros nos ajudaram a colocar fim na paralisação”. Ela disse que o governador entendeu que a paralisação não era por um motivo injusto e, sim, devido à falta de condições de trabalho.
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