quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Deputada Marina Quer Defensoria Pública Efetiva Em Goiás

Deputada Marina Sant’Anna com os integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias que estiveram em diligência em Goiânia: o presidente da Comissão, deputado Domingos Dutra (PT-MG), a vice-presidente, deputada Érica Kokay (PT-DF) e o segundo vice-presidente, deputado Padre Ton (PT-RO).
A deputada federal Marina Sant’Anna destacou a necessidade de uma satisfação maior à sociedade sobre como se organizam as polícias e pediu esforço conjunto de instituições públicas e da sociedade civil para se cuidar das famílias, principalmente as mais pobres, que fazem denúncias com a indicação dos nomes dos supostos assassinos e ficam desprotegidas. Ela defendeu que exista uma Defensoria Pública com funcionamento efetivo no Estado de Goiás. As declarações da parlamentar foram feitas a autoridades goianas durante diligência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, feita em Goiânia nesta terça-feira, 4, para tratar de denúncias de assassinatos e desaparecimentos de jovens na periferia da capital. Estavam na cidade para esse trabalho, o presidente da Comissão, deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), a deputada Erika Kokay (PT-DF) e o deputado Padre Ton (PT-RO).

Os representantes da CDHM e a deputada Marina se reuniram com parentes de vítimas, com o governador Marconi Perillo, o secretário da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Aidar, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, deputado Mauro Rubem, o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Goiás, Wilson da Silva Dias, o procurador-geral de Justiça do Estado, Benedito Torres Neto, e com representantes da sociedade civil. O deputado estadual Major Araújo também acompanhou as visitas.

Em entrevista à imprensa, o presidente da Comissão, deputado Domingos Dutra, declarou que a CDHM quer informações detalhadas sobre os processos que envolvem 19 policiais militares na operação Sexto Mandamento, da Polícia Federal, e que têm a ver com o desaparecimento de pelo menos 36 pessoas após abordagem policial; sobre o assassinato do advogado Davi Sebba em local público; o assassinato ou execução do jornalista Valério Luíz “por pistoleiro”; e quer ainda ouvir familiares de vítimas. Domingos Dutra demonstrou preocupação com o fato de um juiz federal e uma procuradora federal terem pedido afastamento ou terem sido ameaçados em função de estar atuando em processo referente à operação Monte Carlo.

Na reunião com representantes da sociedade civil e a representante do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Humana, Ivana Farina, vários familiares de vítima relataram suas angústias. Entre os presentes, estava Maria das Graças, mãe do garoto Murilo Soares, que tinha apenas 12 anos quando desapareceu após abordagem policial da Rotam. Eram oito policiais envolvidos, e ninguém foi punido. O corpo até hoje não foi encontrado, apesar de 28 testemunhas terem visto a abordagem e o menino ser colocado no carro da polícia.

O deputado Domingos Dutra declarou que além de exigir a apuração dos casos, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara está buscando a responsabilidade dos três poderes estaduais. Na audiência com o governador Marconi Perillo, estavam também presentes o secretário de Segurança Pública e Justiça, João Furtado de Mendonça Neto, a delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, e outras autoridades da instituição.

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