quinta-feira, 28 de junho de 2012

FICA: Caetano Veloso Faz Show de Encerramento Domingo Em Goiás


Thaís Romão
Prestes a completar 70 anos no início de agosto, Caetano Veloso vive uma fase de memórias. Com quase meio século de carreira, este ano o baiano de Santo Amaro, filho de Dona Canô, tem dividido seu tempo entre a produção de um novo trabalho e algumas poucas apresentações dedicadas a relembrar os grandes sucessos de sua trajetória. Ao todo, são mais de 50 álbuns e incontáveis trilhas sonoras para cinema, teatro e televisão, além da atuação internacional. A extensa biografia musical é que tem dado o tom de seus últimos shows, em voz e violão, produção que é esperada para o encerramento do 14º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2012), no domingo (1º), às 21 horas, na Praça de Eventos Beira Rio, em Goiás.

Caetano é a cara do Fica. Engajado nas questões ambientais, cantou na Rio +20, no último dia 13, com o cuidado de escolher, dentro do repertório, canções que faziam referência aos temas da conferência mundial. Dada sua última apresentação, o show indica o que se pode esperar por aqui. É possível também que o artista adiante alguma nova produção, a exemplo do que fez no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Além do flerte com o meio ambiente, ele também entende de cinema, com a experiência de quem dirigiu a trilha sonora de diversas produções, inclusive estrangeiras. Seu último filme, Coração Vagabundo, lançado em 2009, é um documentário em que reúne música e um pouco da sua intimidade. O filme tem participações especiais dos cineastas Pedro Almodóvar e Michelangelo Antonioni, da modelo Gisele Bündchen e do músico David Byrne.


Biografia
O quinto de sete irmãos, Caetano Veloso nasceu em 1942 e, com apenas cinco anos de idade, já demonstrava inclinações para a arte. Aos 19 aprendeu a tocar violão com a irmã, Maria Betânia, e aos 21 realizou seu primeiro trabalho musical – a trilha sonora da peça “O Boca De Ouro”, de Nelson Rodrigues. Em 1965 deixou a Bahia para morar no Rio de Janeiro, onde gravou seu primeiro compacto simples.



No final da década de 1960, cantou a canção-manifesto Tropicália, quando o movimento tropicalista já estava em curso. Foi também nesse período que conheceu Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé e juntos começaram a fazer shows.

Depois de um tempo no exílio, retornou ao Brasil no início da década de 1970. Nos anos seguintes, começou a atuar também como produtor. Em 1986, comandou, ao lado de Chico Buarque, o programa de televisão “Chico & Caetano”, onde cantavam e recebiam convidados.

Em 1997 lançou seu primeiro livro – Verdade Tropical – e em 2003 uma música gravada para o filme “Frida”, da diretora Julie Taymor, que o levou aos palcos do Oscar.

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