terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O Cronista Esportivo Manoel de Oliveira Teve Seu Carro Roubado em Um Assalto em Goiânia.


 O jornalista Mané de Oliveira, pai do cronista esportivo Valério Luiz, morto há sete meses, foi vítima de um assalto na manhã desta terça-feira (26) quando saía de uma padaria, no Setor Bueno, emGoiânia.
O assalto aconteceu por volta das 6h30, quando o jornalista tomava café da manhã. De acordo com ele, ao sair da padaria e entrar no veículo, que segundo ele, estava estacionado bem na frente do estabelecimento, o suspeito segurou a porta do carro e deu a voz de assalto.
Sem reação, Mané de Oliveira conta que saiu do veículo e, em seguida, o assaltante fugiu. Na delegacia de Furtos e Roubos, o jornalista fez a descrição do suspeito e, de acordo com o delegado Edson Carneiro, a polícia já sabe quem é o autor do crime. Ele disse que o assaltante é conhecido na região e já foi preso outras vezes por roubo de carros.
O delegado informou que ainda não pode afirmar se o caso tem ligação com o atentado contra o filho do jornalista. Edson Carneiro disse que a polícia já está procurando o suspeito e, só após a prisão, será possível tirar alguma conclusão.
“Nós não descartamos essa hipótese. Pelo que o Mané relatou aqui e pelo modus operandis do assaltante, a gente acredita que não. Mas só vamos saber quando prendermos esse suspeito e interrogá-lo para saber se ele tem alguma ligação com a morte do Valério”, esclarece o delegado.
Mas para Mané de Oliveira, a situação foi de bastante pânico e medo. Segundo ele, desde a morte do filho têm acontecido vários episódios estranhos. “Em seis meses, um roubo, um assalto a mão armada, um atentado, agora outro assalto. Eu estou passando sempre por isso e é complicado”.
G1

R$ 6 Milhões Por Kieza: Náutico Se Livra de Um Jogador Problema

De acordo com o presidente  do Náutico Paulo Wanderley , um clube chinês iniciou a negociação oferecendo R$ 3 milhões por 50% dos direitos econômicos do atacante. Depois, ampliou a proposta: R$ 6,5 milhões por 100%. “Kieza tinha esse compromisso com os seus investidores. Não tínhamos como recusar”, disse, ressaltando que chegou a propor um salário maior ao que o jogador receberá no Oriente. “Quero deixar a torcida bastante tranquila, porque vamos ser ressarcidos por isso.” Bom saber. Com esse dinheiro o Náutico enfim poderá pagar "os calotes" de 2012.

Provas do Concurso da Polícia Civil e Militar Foram Anuladas




A Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) informa que, diante de indícios de irregularidades nos gabaritos das provas dos concursos das Polícias Civil e Militar, elaborados pelo Núcleo de Seleção da UEG, determinou o cancelamento desta etapa (provas objetivas) dos certames já realizados. A Escola de Governo Henrique Santillo da Segplan agendará novas datas para realização das provas.

Os candidatos devem aguardar por novas orientações. O Governo de Goiás não abre mão da transparência e da licitude nos processos seletivos em andamento. E será contundente na tomada de todas as medidas necessárias para apurar responsabilidades."





Goiás Humilha Rio Verde Com Maior Goleada do Século No Goianão

No Estádio Serra Dourada em Goiânia, goleada humilhante do líder invicto Goiás sobre o Rio Verde pelo placar de 7x0, na maior goleada disparada do Goianão Chevrolet 2013 e na 2ª maior do Goianão nos 13 primeiros anos do Século 21.

É a 2ª goleada aplicada pelo Goiás no Goianão Chevrolet 2013 e a 1ª sofrida pelo Rio Verde.

O Goiás completa a invejável marca de 39 jogos invictos em Goiânia contra adversários de outras cidades, nos quais 32 vitórias e 7 empates.

No 1º tempo, Goiás 1x0, gol do atacante Neto Baiano, marcando o seu 1º gol com a camisa do Goiás, logo aos 35 segundos, no gol mais rápido do Goianão Chevrolet 2013, superando o gol de Henrique Dias do Vila Nova que tinha marcado aos 40 segundos na partida de abertura da competição no jogo Rio Verde 2x1 Vila Nova, o que implica dizer que o time rioverdense sofre no Goianão Chevrolet 2013 dois gols com menos de 1 minuto de jogo em apenas 8 jogos. No 2º tempo, Walter, o artilheiro do Goiás no Brasileiro da Série B/2012, aos 3’ marcou o 1º dele no Goianão Chevrolet 2013 e na temporada, Dudu Cearense, de cabeça, aos 6’ e novamente Walter, de cabeça, aos 8’ e aos 23’, Júnior Viçosa aos 33’ e Vitor aos 36’ completaram a maior goleada do Goianão Chevrolet 2013, com Walter tornando-se o 2º jogador a marcar 3 gols em uma única partida na competição.

O gol do artilheiro Júnior Viçosa, o 6º da goleada, foi o 100º gol do Goianão Chevrolet 2013.

Gols: Neto Baiano 35’’ do 1º tempo. Walter 3’, Dudu Cearense (cabeça) 6’, Walter (cabeça) 8’ e 23’, Júnior Viçosa 33’ e Vitor 36’ do 2º tempo.

Árbitro: Leandro Cardoso. Assistentes: Evandro Gomes Ferreira e Ygor Monteiro.


Renda: R$ 43.695,00. Público pagante: 3.852.

Campeonato Goiano: A definição Se Consolida a Cada Rodada



Realizadas 8 das 18 Rodadas do Goianão Chevrolet 2013, representando 44,44% da 1ª Fase da competição, a cada Rodada a competição vai caminhando para uma definição que é até surpreendente pelo equilíbrio dos jogos, tanto que nos 40 jogos realizados, aconteceram apenas 4 goleadas, 10% do total das partidas disputadas.



Até agora, Goiás, Goianésia, Vila Nova e Aparecidense estão se consolidando na faixa de classificação à Fase Semifinal do Goianão Chevrolet 2013, tanto que Goiás, Goianésia e Aparecidense figuram ao longo de todas as 8 Rodadas já realizadas nesta seleta faixa com o Vila Nova presente em seis das oito Rodadas.



Goiás e Goianésia, respectivamente líder e vice-líder, já livram uma vantagem considerável, sendo que a tendência é o Goiás sacramentar a sua classificação com pelo menos 4 Rodadas de antecedência.



Grêmio Anápolis e Crac precisarão dar uma guinada de 180º para vislumbrarem chance real de fuga do rebaixamento.



O quarteto formado por Rio Verde, Itumbiara, Anápolis e Atlético, claro, ainda tem todas as condições de conquistar a classificação, só que ao mesmo tempo também não podem descuidar da dupla que figura na faixa do rebaixamento.



A 9ª e última Rodada do 1º Turno da 1ª Fase tem 4 jogos no próximo domingo, dia 3 de março, sendo concluída na segunda-feira, dia 4 de março, com o jogo Anápolis x Goiás em Anápolis.



O Itumbiara fica com a responsabilidade no jogo diante da Aparecidense, fora de casa, de não deixar o quarteto da faixa intermediária numa situação mais desfavorável.

Itumbiara Demite Zé Roberto e Contrata Nedo Xavier


A diretoria do Itumbiara agiu rápido e anunciou na noite desta segunda-feira o substituto de Zé Roberto, é Nedo Xavier, de 60 anos, com passagens por vários times do futebol mineiro, entre eles Caldense, Uberaba, Ituiutaba, América e Guarani. Além do futebol de minas, Nedo Xavier trabalhou no Rio Branco-PR, Fortaleza, Coritiba e ASA. 


O novo comandante do Gigante da Fronteira será apresentado nesta terça-feira. 
Nedo Xavier foi campeão paranaense em 1999 trabalhando no Coritiba. Na temporaDA DE 2012 foi vice-campeão cearense comandando o Fortaleza. 

O Itumbiara ocupa a sexta colocação no Campeonato Goiano, com nove pontos - três a menos do que o G4. A estreia de Nedo Xavier será no próximo domingo, às 16 horas, contra o Aparecidense, pela nona rodada, no estádio Anibal Batista de Toledo, em Aparecida de Goiânia. 

www.futebolgoiano.com.br

Meia Entrada - Solução á Vista

Está em fase final de tramitação projeto de lei dos senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Flavio Arns (PSDB-PR) alterando as regras para o benefício da meia-entrada para estudantes e idosos com mais de 65 anos.

A nova lei irá determinar que pelo menos 40% dos ingressos sejam destinados a este público, desta forma os organizadores de eventos sejam de cunho cultural, artístico ou esportivo saberiam com precisão quantos ingressos nessa modalidade poderiam ser vendidos no total.

Da forma como funciona hoje, um evento de grande magnitude pode ter até 80% do seu público composto de compradores de meia-entrada. Desta forma fica difícil mensurar a receita, o que leva na maioria das vezes a elevar o preço do ingresso, onde todos perdem, pois como os valores são majorados propositalmente, quem tem o desconto acaba tendo a falsa meia-entrada. E aqueles que não possuem o benefício acabam pagando um valor irreal o que leva ao esvaziamento dos eventos como o futebol.

Outro aspecto contemplado pela lei é a regulamentação para emissão das carteirinhas. O novo documento terá dispositivos de segurança contra falsificações, e expedida exclusivamente pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pela União Nacional dos Estaduantes (UNE) e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

Há consenso entre os envolvidos que algo deveria já ter sido feito há muito tempo. A medida deve agradar promotores de eventos e estudantes. É esperar pela aprovação.

Delegado Geral da Polícia Civil João Carlos Gorski Esclarece Situação do Delegado Vereador

O Delegado Geral da Polícia Civil do Estado de Goiás, João Carlos Gorski, entrou em contato com blog para esclarecer informações publicadas na matéria Delegado de Goiás Eleito Vereador No Mato Grosso Está Distante 1.107 Km do Local de Trabalho. A matéria fala sobre o delegado da polícia civil do Estado de Goiás, Cleoviton Nerys Costa, que foi eleito vereador em Santa Terezinha no Mato Grosso pelo PSD, na coligação Santa Terezinha Mais Forte. 
Delegado Cléo vai exercer cargo de Vereador
 Segundo esclareceu o Delegado Geral, o Cléo, está de férias e já solicitou licença prêmio. Ele deverá comparecer em Goiânia esta semana para assinar a licença. Gorski informou ainda que o delegado já deu entrada no seu pedido de aposentadoria. Após o período de licença, Cléo vai se aposentar  e irá continuar exercendo o cargo de vereador em Santa Terezinha (MT). Com essa atitude de informar e esclarecer, o Delegado Geral João Carlos Gorski, mostra um perfil diferenciado para o cargo que exerce. Sem arrogância,  com transparência, agilidade e seriedade ganha o respeito e a confiança dos subordinados, da imprensa e da população. 

Luciano Bivar - "Em 2096 O Sport Vai Melhorar"

Editorial do Jornal Opção: Valério Luiz e a Cautela do Jornalismo


O radialista e comentarista esportivo pode ter sido assassinado por um consórcio entre civis e policiais militares. Mas, como as investigações da Polícia Civil não foram concluídas, recomenda-se cautela ao bom jornalismo. Acusados (e suspeitos) não são o mesmo que culpados
Fernando Leite/Jornal Opção
Valério Luiz, comentarista esportivo polêmico, e Maurício Sampaio, cartorário em Goiânia: o segundo pode ter mandado matar o primeiro. O motivo preciso? Ainda não se sabe qual foi


Não há como excluir a emoção do jornalismo. Ainda que os textos sejam objetivos, escritos com o máximo de frieza ou racionalidade, os fatos deixam, por assim dizer, “pingar” algumas gotas de emoção. O mesmo ocorre com o adjetivo. Usado sem parcimônia costuma empobrecer as reportagens e artigos, que precisam de substantivos e verbos, para ganhar força e movimento. Mas o adjetivo, quando utilizado com precisão e não para efeitos ornamentais, às vezes é o sal da vida. Pode-se dizer que um adjetivo bem posto ilumina a vida, humaniza atos e seres. A cobertura de notícias policiais, em geral as que mais catalisam emoções e adjetivos, exige cautela redobrada. Porque aquilo que parece verdade meridiana adiante pode se revelar falso ou inconsistente. Veja-se o caso do radialista e comentarista Valério Luiz de Oliveira, de 49 anos — assassinado há pouco mais de sete meses, em 5 de julho de 2012, em frente ao seu local de trabalho, a Rádio Jornal 820, em Goiânia.
Num primeiro momento, Marcus Vinicius Pereira Xavier, de 28 anos, mencionado como açougueiro, embora não se saiba o que faz de fato, foi preso pela Polícia Civil de Goiás e confessou que havia matado Valério Luiz. Teria recebido R$ 9 mil por um serviço cumprido com precisão cirúrgica. Quem matou o radialista atira com um grau de excelência rara. Não errou nenhum dos seis tiros, dados nos locais apropriados, isto é, com o objetivo de matar, não de ferir. Como o depoimento de Marcus Vinicius parecia inteiramente consistente, com dados fartos e com as coisas se encaixando à perfeição, a Polícia Civil, por intermédio da titular da Delegacia de Homicídios, Adriana Ribeiro de Barros, apresentou-o como “assassino confesso” de Valério Luiz. No fundo, em conversas reservadas, os delegados “desconfiaram” de parte do depoimento do açougueiro. Entretanto, diante daquilo que parecia exato e enfático, abaixaram a guarda. Ante a pressão da sociedade e da Imprensa, talvez não restasse outra saída.

Logo depois, talvez em decorrência das pressões dos possíveis agenciadores do assassinato — um coronel da Polícia Militar disse ao Jornal Opção que tem “gente estrelada”, quer dizer, oficiais, envolvida —, Marcus Vinicius chamou a delegada e apresentou nova versão. Teria emprestado a motocicleta e até o capacete, mas não teria cometido o crime, e citou o cabo da PM Ademá Figueiredo — que está preso, acusado de participar de uma chacina, na qual uma criança de 4 anos foi morta com um tiro na nuca — como responsável pela morte de Valério Luiz. O cabo Figueiredo, ao negar a pistolagem, frisou que, no momento do crime, estava na casa do jornalista Joel Datena, filho do jornalista Datena Júnior, ambos funcionários da TV Bandeirantes. Joel Datena confirma apenas parcialmente a história do ex-segurança de sua família. No dia do assassinato, admite o jornalista, o militar esteve em sua casa. Mas não soube precisar se no momento do crime Figueiredo continuava em sua residência.

Ao observar com atenção um vídeo que flagrou o assassino de Valério Luiz, a polícia notou que é parecido tanto com Marcus Vinicius quanto com Figueiredo. Policiais experimentados sugerem que é mais parecido com Figueiredo. Como base nisto, já é possível enfatizar, com absoluta certeza, que o cabo matou Valério Luiz? Não. A cautela, vital no Estado democrático de Direito, no qual a presunção de inocência é um imperativo, exige que o militar seja apresentado como “suspeito”, porque, pelo menos até sexta-feira, 8, não era citado como “acusado” pelo Polícia Civil. É natural que, depois do “recuo” de Marcus Vinicius — que teria sido “plantado” como “assassino” por um grupo de policiais militares, que supostamente o “controla” e “monitora” —, os delegados e agentes estejam se comportando de maneira ainda mais reservada. A sociedade e a Imprensa pressionam, mas a polícia, por mais que possamos discordar, precisa ter cuidados especiais para não destruir reputações de modo incontornável. 

O Jornal Opção recebeu a informação de que um tenente-coronel e um capitão participaram da logística do assassinato de Valério Luiz. Trata-se de uma informação “hot”? Talvez sim. Sabemos os nomes dos dois oficiais, mas não devemos revelá-los. Porque podem ser inocentes. A própria polícia, que tem os nomes e reuniu muitas informações sobre os militares, não pediu suas prisões porque não encontrou, até momento, uma prova que os ligue decisivamente ao crime.

A redação do Jornal Opção tem recebido informações de várias fontes sobre o assassinato de Valério Luiz. Elas podem ser verdadeiras, mas não há provas. Submetemos algumas ao exame de dois coronéis da Polícia Militar. Eles sustentam aquilo que a sociedade sabe: a maioria dos policiais militares é honesta. Contestam a informação de que há um esquadrão de assassinos na PM goiana, mas admitem que, sim, há grupos organizados que, se não chegam a roubar, matam pessoas — prestando favores ou recebendo dinheiro. O desrespeito à hierarquia, em alguns casos — “poucos”, insistem —, é flagrante. Há sargentos que mandam em capitães e majores. Tais militares são apontados como incontroláveis e, por isso, podem matar qualquer pessoa. Os coronéis acreditam que o caso Valério Luiz pode contribuir para passar a PM goiana a limpo. Aqueles que não respeitam as leis, se perceberem que alguns de seus colegas foram punidos — “com prisão e perdendo a farda, que é o que mais temem” —, podem mudar de conduta. Se os assassinos de Valério Luiz escaparem dos tentáculos da Justiça, observam os dois coronéis, eles vão ficar ainda mais incontroláveis e matarão outras pessoas. Eles são ou eram escravos da ideia de que, como se julgam acima da lei — comportando-se como policiais, promotores, juízes e carrascos —, não podem ser punidos. Na democracia, ao menos, não deve ser assim. A polícia deve investigar e, de posse de mandado judicial expedido por um magistrado, prender. O promotor de justiça denuncia. O advogado defende ou acusa. Na ponta, já na fase processual, o juiz julga e, daí, condena ou absolve. Se o criminoso for a júri popular, os jurados decidem se devem absolvê-lo ou condená-lo.

Deixamos por último, propositadamente, a discussão sobre o empresário e cartorário Maurício Borges Sampaio, de 54 anos, um dos homens mais ricos de Goiás. O ex-dirigente do Atlético Clube Goianiense tinha um contencioso com Valério Luiz. Este, quando Maurício Sampaio e o tenente-coronel Urzêda deixaram a diretoria do time, disse que, quando o navio está afundando, os ratos são os primeiros a abandoná-lo. O empresário, que não gostou do comentário ácido, teria jurado “matar” o radialista. Ele teria dito isto a algumas pessoas. Há outras histórias envolvendo o Atlético — o time teria comprado resultados para não ser rebaixado no Campeonato Brasileiro de Futebol de 2011 —, mas, como não há provas, optamos por descartá-las.

Ao ser preso, Marcus Vinicius acusou, de imediato, três pessoas pelo assassinato: o “motorista” ou “faz-tudo” Urbano Carvalho Malta, o sargento Djalma Gomes da Silva e o “patrão” do primeiro, isto é, Maurício Sampaio, titular do 1º Tabelionato de Protesto e Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos e Documentos de Goiânia. Providencialmente, outros nomes, de dois oficiais da Polícia Militar, não foram mencionados, como se nada tivessem a ver com o crime. Com base nas informações, além de outros levantamentos, como contatos telefônicos entre os suspeitos e/ou acusados, a polícia pediu e a Justiça decretou a prisão de Maurício Sampaio.

Os fatos apontam para Maurício Sampaio como mandante do assassinato, mas o empresário insiste que é “inocente”, que “não” mandou matar Valério Luiz. Conta-se que no Núcleo de Custódia, onde está preso, teria sugerido, depois de repetir pela enésima vez que não é responsável pelo assassinato, que a polícia deve investigar outras pessoas. Não citou nomes, mas quem o ouviu disse que se trata, provavelmente, de policiais militares — “estrelados”, como disse ao Jornal Opção um coronel da PM.

Na sexta-feira, 8, um delegado frisou que é preciso estabelecer, com mais firmeza, a motivação do crime. A história dos dirigentes-ratos do Atlético talvez não seja a motivação central. Mesmo assim, tanto o delegado quanto outros policiais, além dos dois coronéis ouvidos pelo Jornal Opção, asseguram que dificilmente Maurício não tem envolvimento no crime. É possível que seu funcionário, com o apoio de militares, tenha articulado o crime para agradá-lo? É provável, mas Urbano Carvalho não tinha (e não tem) dinheiro suficiente para bancar a logística do assassinato. Os militares, se estruturaram a operação para liquidar Valério Luiz, também não tinham fundos para bancá-la. O assassinato de Valério foi financiado por quem tem dinheiro e arquitetado por quem entende o mínimo de táticas e estratégias e, na execução, por quem sabe atirar muito bem — possivelmente, um militar.

A Polícia Civil avalia que o crime foi mesmo cometido pelo grupo que está preso, com a participação intelectual e operacional de policiais militares que não estão presos. Entretanto, por cautela e admitindo a questão da presunção da inocência, este Editorial não pode dizer, ainda, que Maurício Sampaio mandou matar Valério Luiz. A polícia o trata como “acusado”. Há quem entenda que, apesar das evidências, ainda deve ser visto “suspeito”. A vida exige certezas, mas o jornalismo precisa de admitir que tem dúvidas, mesmo quanto tudo parece muito bem esclarecido. É possível que Marcus Vinicius recue do recuo? Claro que é. Acrescente-se, por fim, que os advogados de defesa estão no seu papel — que é tentar livrar os acusados da cadeia, agora e mais tarde. Mas a competente, corajosa e íntegra delegada Adriana Ribeiro de Barros não deve se intimidar. Nem os advogados.

Editorial do Jornal Opção