segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Bomba: A Indústria das Emendas: Como Deputados Estão Usando Hospitais e OS para Financiar Poder Político em Goiás

A Indústria das Emendas: Como Deputados Estão Usando Hospitais e OS para Financiar Poder Político em Goiás


O Blog do Cleuber Carlos teve acesso a informações exclusivas que expõem uma engrenagem silenciosa, lucrativa e politicamente estratégica que está moldando o sistema de saúde pública em Goiás.

Nos bastidores, deputados estaduais têm utilizado hospitais filantrópicos, fundações e Organizações Sociais (OS) para operar suas emendas parlamentares, não apenas para realizar cirurgias eletivas, oftalmológicas, ortopédicas, bariátricas e pequenos procedimentos — mas para garantir retorno financeiro e político.


Como funciona o modelo

Uma mulher procura o município, oferecendo levar recursos para saúde, para realização de cirurgias eletivas desde que, o Instituto que vai realizar os procedimentos seja o indicado por ela. Geralmente ela oferece uma participação financeira para o prefeito para que ele contrate a empresa dela ou de alguns dos seus parceiros. Tem prefeito que indica o deputado para colocar a emenda e o Instituto já tem deputados estaduais e federais que aportam recurso para o esquema, já que há casos de devolução de recursos que pode chegar até 50% do valor mas o de praxe é 20%.


  1. O deputado destina emendas parlamentares para determinado municípios, hospital, fundação de saúde ou OS com Sebas. 
  2. A instituição, que recebe o dinheiro oficialmente para realizar cirurgias e reduzir filas, contrata um instituto, empresa ou grupo médico para executar os procedimentos.
  3. Na prática, esse instituto não realiza a totalidade dos procedimentos pagos.
  4. A diferença entre o que foi pago e o que realmente foi executado volta para o articulador político — o deputado — sob forma de “retorno”.

Esse retorno não é simbólico. Fontes ligadas à própria gestão de saúde revelaram ao blog que o “cashback político” varia entre 20%, 30%, 40% e pode chegar até 50% do valor da emenda.


Ou seja: metade do dinheiro público destinado à saúde pode estar sendo desviada da sua finalidade — que é atender o povo.

O discurso é bonito; a prática é sombria

No papel, tudo parece humanitário:

Mas quando se aprofunda nos números e nos resultados:


  • Filas não diminuem.
  • Procedimentos não batem com o que foi pago.
  • Hospitais continuam superlotados.
  • A população segue sofrendo.


Ou seja: o dinheiro circula, mas o serviço não chega onde deveria chegar — no povo.


O Estado sabe?

Sim.

E mais: tolera.


Porque essa engrenagem move reeleições, compra apoios, cria fidelidades e mantém currais eleitorais.


Enquanto isso, o paciente espera um ano para uma cirurgia de catarata.

Enquanto isso, criança aguarda por meses para uma consulta neurológica.

Enquanto isso, o cidadão comum agoniza numa fila que nunca anda — porque a fila é o negócio.

O blog está com

Nomes de deputados, institutos, municípios e emendas destinadas. Vamos cruzar dados, informações e em breve dar nomes de prefeitos, deputados e empresários envolvidos no esquema que desvia milhões da saúde em Goiás para os próprios bolsos.


OPINIÃO

O que está diante dos nossos olhos não é só um esquema financeiro.

É um projeto de poder sustentado em cima da dor humana.


A saúde virou moeda eleitoral.

A doença virou ativo político.

O sofrimento virou negócio.


E quando o sofrimento vira negócio,

curar deixa de ser prioridade.

O que passa a importar é o fluxo do dinheiro, não o destino da vida.


Se esse modelo não for exposto, investigado e desmontado,

não teremos apenas filas maiores —

teremos um Estado onde a saúde pública serve para enriquecer mandatários e perpetuar carreiras.


E isso, em uma democracia, é um crime muito maior do que desvio de verba:

é desvio de propósito.


Nenhum comentário: