Durante 14 anos vivi o Goiás Esporte Clube  como poucos. Fui setorista do Goiás, pelas rádios, Brasil Central, Difusora e Rádio K do Brasil, na época que o rádio esportivo goiano era a última coca cola do deserto.

 Comandava pelo microfone da rádio K a torcida do Goiás e no clube fazia as coisas acontecer. Escalava jogador, derrubava, técnico, fazia e desmanchava panelinha, filtrava as informações. Nada acontecia no Goiás sem a minha participação. 

Fui amado e odiado pela torcida do Goiás, como acontece em toda relação passional. Com os dirigentes cultivei amizades e inimizades. Um amigo? Paulo Rogério Pinheiro. Um inimigo? Edminho Pinheiro.

 Foram muitas broncas,  boicotes, discussões, perseguições. Literalmente o pau quebrava, mas dentro de campo a gente fazia o Goiás ser grande e vencedor. 

Vivi de forma tão intensa o Goiás que a festa do meu casamento foi no CT do Parque Anhanguera. 

Deixei o rádio esportivo em 2010 depois de 17 campeonatos brasileiros e 3 copas do mundo. Nunca mais voltei a Serrinha. Conheço segredos inconfessáveis do Goiás.

Voltarei a serrinha na noite desta segunda feira para assistir Goiás x Atlético MG.