Os repórteres Rodrigo Rangel e Mateus Coutinho, da Crusoé, tiverem acesso exclusivo a uma informação que chegou às mãos da Lava Jato.
Marcelo Odebrecht revelou aos investigadores o codinome que usava para se referir ao ministro José Dias Toffoli, presidente do STF, na empreiteira.
O empreiteiro e delator Marcelo Odebrecht afirmou à Polícia Federal que o codinome "amigo do amigo do meu pai" se referia ao atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. A informação foi revelada nesta quinta-feira (11) pela Revista Crusoé, que teve acesso a um documento enviado pelo empresário.
Em mensagem a dois executivos da empreiteira, no dia 13 de julho de 2007, Marcelo questiona: "afinal, vocês fecharam com o amigo do amigo do meu pai?". O executivo Adriano Maia responde: "em curso".
Nos esclarecimentos enviados aos investigadores, Marcelo Odebrecht afirma que o diálogo "refere-se a tratativas que Adriano Maia tinha com a AGU sobre temas envolvendo as hidrelétricas do Rio Madeira".
O empreiteiro continua dizendo que "'amigo do amigo de meu pai' se refere a José Antonio Dias Toffoli", que, à época, era advogado-geral da União, no Governo Lula. "A natureza e o conteúdo dessas tratativas, porém, só podem ser devidamente esclarecidos por Adriano Maia, que os conduziu", acrescentou.
Toffoli tem foro privilegiado e só pode ser investigado pela PGR.
Nenhum comentário:
Postar um comentário