Jardel Sebba
Reinventar-se. É o que o PSDB deve realizar, em 2019. Com um novo programa. Em sintonia com o Brasil. Um País de dimensões continentais. Com uma plataforma republicana. Não patrimonialista. Cânone que não expande os vícios da vida privada para obter benefícios públicos. O Poder Público não deve ser cabide de empregos a familiares. A ética deve determinar os passos dos agentes políticos. Sem corrupção. O desvio de recursos públicos para bolsos privados. Licitações com cartas marcadas. Para impedir a dilapidação do patrimônio público, erigido com recursos do contribuinte, é estratégico diminuir o tamanho do Estado. Um mamute. De proporções gigantescas. O orçamento do Estado é refém de uma parcela mínima da sociedade. De corporações. Quase não sobram recursos para investimentos. Na rede de infraestrutura. No fomento à economia. Na geração de novos postos de trabalho formais.
O PSDB criou o Plano Real, em 1994. O Programa Econômico, com a adoção da nova moeda, estabilizou a economia e liquidou a inflação, que esvaziava os bolsos dos trabalhadores. A Lei de Responsabilidade Fiscal é uma herança tucana. O Bolsa Educação, depois o cartão Renda Cidadã, a gênese do projeto inclusivo Bolsa Família. A Bolsa Universitária, o pontapé para a instituição do Fies e ProUni. Na área de Saúde, o tucanato ousou na formulação de políticas públicas para o tratamento da Aids, que ameaçava virar uma epidemia nacional. São Paulo, modelo de gestão, sob o controle do PSDB, constitui-se no centro e dono do maior PIB [Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no e pelo País] da Nação e da América Latina. A Universidade de São Paulo é um modelo de gestão e de produção científica e cultural. Conquistas que foram mantidas pelos últimos quatro inquilinos do Palácio do Planalto
Com erros táticos e estratégicos, a falta de unidade do bloco centro-liberal, sem a defesa de um programa contemporâneo da modernidade, o PSDB desidratou-se. Nas eleições de 2018. Geraldo Alckmin acabou com uma votação pífia. Derrotado pela extrema direita e pela esquerda manchada de lama: PT, PC do B & aliados. Depois de 20 anos do ‘Tempo Novo’, que deixa, como legado, o Renda Cidadã, Bolsa Universitária, Cheque Moradia, Hugol, CRER, Centro de Excelência, chão preto em rodovias que cortam Goiás de Norte a Sul, como a Rodovia dos Romeiros e a que liga Goiânia a Bela Vista, Caldas Novas e Catalão. A Lei Goyazes, Fundo de Cultura, Fica, Canto da Primavera, Tenpo, Pró-Esportes, Colégio Militar. Planos de Cargos e Salários aos servidores, pagamento da data-base, 13º no mês do aniversário do funcionário. Salário pago até o dia 30 do mês trabalhado e a renegociação da dívida do Estado. A minha candidatura à presidência do PSDB bebe nessa fonte. Com pluralismo e diálogos.
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