Ronaldo Caiado continua fazendo lambança no comando do governo de Goiás. Com menos de um mês de governo Caiado nem precisa mais de opositores, ele mesmo é seu maior opositor. Os próprios aliados já estão envergonhados das coisas que Caiado anda fazendo.
Na área da educação Caiado errou desde o início ao escolher para secretaria uma pessoa de ideologia de esquerda que é contra os colégios militares e que foi secretária de educação em Rondônia que ocupa a 12ª posição no ranking nacional do IDEB enquanto Goiás é o primeiro.
Depois de anunciar o fechamento de várias escolas e acabar com a escola de tempo integral em 47 escolas, o governo Caiado conseguiu provocar revolta dos policiais militares. Denúncias de perseguições politicas dentro da PM, pipocam em todo estado de Goiás.
O Coronel Anésio Junior usou as redes sociais para manifestar seu descontentamento com o cancelamento da cerimônia de troca de comando do ensino policial militar.
Coronel Anésio foi responsável pela implantação de 42 unidades do colégio militar no estado de Goiás e com a eleição de Ronaldo Caiado, foi comunicado o seu afastamento do posto.
Decepcionado Cel Anésio anunciou sua aposentadoria e agendou uma cerimonia de troca de comando, o que foi negado pelo comando da policia militar.
Acompanhe o desabafo do Cel Anésio
Venho a público informar que a solenidade de transmissão da função de Comandante de Ensino Policial Militar, prevista para as 19h30, da próxima quinta-feira, 24 de janeiro de 2019, foi cancelada por determinação do Comando da Polícia Militar.
Infelizmente, hoje pela manhã, numa reunião com o Exm° Sr. Comandante Geral da PM, Coronel Renato Brum, que se fazia acompanhado do Sr. Subcomandante Geral, Coronel André, e do Sr. Chefe do EMG, Coronel Prado, fui informado do cancelamento da solenidade em razão da inquietação gerada pela possibilidade de paralisação de algumas categorias de servidores públicos, dentre as quais estaria a “Educação”.
Esta seria uma preocupação legítima, não fosse o histórico dos Colégios Estaduais da Polícia Militar de não adesão a quaisquer movimentos paredistas ou protestos. Isto, per si, nos permitiria afirmar com segurança que as atividades nestas Unidades continuarão dentro da normalidade, não justificando qualquer mudança de compromissos previamente estabelecidos. Ao contrário, em casos assim o ideal seria manter as agendas previstas justamente para não transmitir insegurança à comunidade escolar.
Registro aqui minha irresignação com tal encaminhamento. Desde que anunciaram minha saída do Comando de Ensino no final do ano passado, o meu único pedido foi ter um ato, mesmo que simbólico de passagem de comando, onde pudesse me despedir daqueles com quem (e por quem) trabalhei arduamente por mais de três anos, enfrentando batalhas por vezes inglórias e conquistando vitórias importantíssimas para Corporação e para todos os Goianos.
Particularmente, expliquei que tal solenidade seria muito importante pra mim, pois a exemplo do que fez meu antecessor, o Coronel Júlio César Mota Fernandes, esse momento especial poderia ser o meu último ato no serviço ativo da Corporação e marcar o encerramento da minha carreira de 30 anos no serviço ativo da Polícia Militar.
Infelizmente, esse momento me foi negado. E por mais que me esforce em aceitar a justificativa apresentada, até para não desacreditar das pessoas envolvidas, não consigo. As coisas não encaixam. Estava tudo planejado e programado. E se o temor fosse a inquietação dos servidores, certamente teríamos opções muito mais interessantes que a de antecipar o ato de forma tão abrupta.
O Comando de Ensino é o maior de todos os comandos da Polícia Militar e conta atualmente com 60 Unidades do CEPMG, das quais participei diretamente da implantação de 42 (sendo 9 na condição de Subcomandante e 33 como Comandante de Ensino).
Foram muitos anos de luta, muito esforço, dedicação e comprometimento com os resultados.
Travamos diversos embates hercúleos e superamos obstáculos aparentemente intransponíveis. Foi um caminho árduo o que trilhamos. Foi preciso muito trabalho, muita paciência e compreensão. Também foi preciso muita resiliência e resignação. Sofremos hostilidades, enfrentamos preconceitos, vencemos o medo do desconhecido e, com a sensação do dever cumprido, podemos dizer que conseguimos fortalecer e ampliar essa parceria exitosa entre Polícia Militar, Secretaria de Educação, comunidade escolar e sociedade, nos tornando exemplo e referência em ensino público de qualidade para Goiás e para o Brasil.
Assim, uma missão de tamanha magnitude não poderia ser transmitida na frieza de um gabinete. A grandiosidade do Comando de Ensino e do Projeto CEPMG exigem uma deferência especial. A exemplo do ocorrido no Batalhão de ROTAM, a transmissão de cargo no Comando de Ensino deveria contar com a presença do Governador do Estado e dos Secretários de Segurança Pública e de Educação e de toda a cúpula da Corporação. Mas nem era isso que eu esperava, pois sei que a maioria das autoridades ainda desconhece a própria grandeza do Projeto CEPMG. Na verdade queria apenas contar com o aconchego e o carinho de alguns dos abnegados heróis das áreas da educação e da segurança que estiveram comigo nesta jornada e render-lhes as minhas homenagens pelo tanto que me ensinaram e produziram.
Em minha modesta opinião, resta claro e transparente que o cancelamento da solenidade se trata de uma retaliação ao meu trabalho à frente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (ASSOF).
Também é importante esclarecer que o nosso objetivo à frente da ASSOF nunca foi o de desagradar ou criar entraves para o Governo ou para os Comandos das Corporações. Ao contrário, desejamos estabelecer uma parceria profícua, que possa otimizar a defesa dos melhores interesses da sociedade e, consequentemente, a defesa dos interesses classistas.
Justamente por isso não posso me calar diante de tamanha injustiça. Essa demonstração de força foi desnecessária e desproporcional. Fiquei profunda e irremediavelmente magoado com esta decisão. Todavia, ela compromete apenas imagem idealizada de pessoas que tinha em alta cota e não irá obscurecer o brilho do trabalho que realizamos no Comando de Ensino nem irá me desestimular ou alterar minha postura à frente da Associação dos Oficiais.
Por certo, gostaria que a despedida da minha laboriosa e vitoriosa equipe de trabalho fosse diferente, mas nem tudo sai como planejamos. E, inexoravelmente, a vida segue!
E, mesmo não sendo o ideal, aproveito a oportunidade para registrar o meu reconhecimento e os mais sinceros e efusivos agradecimentos a todos os militares, servidores civis, professores, alunos, pais, familiares e amigos que compõem a família CEPMG por tudo que fizemos juntos e por todas as alegrias que me proporcionaram.
Saio do Comando de Ensino mas o amor que tenho pelo Projeto Colégio Estadual da Polícia Militar me acompanhará “aonde quer que eu vá”!
Desejo ao meu substituto, o Tenente-coronel Mauro Ferreira Vilela, muito sucesso e todas as bênçãos e proteção nesta nova empreitada e tenho convicção de que toda a Família CEPMG estará ao seu lado, fazendo a sua parte para a melhoria da educação pública no Estado de Goiás e no Brasil.
Por fim, desejo a todos muitas felicidades, realizações e conquistas e que 2019 seja um ano repleto das bênçãos e proteção de Deus para todos da Família CEPMG!
Obrigado a todos pela atenção e um grande abraço!
Anésio Barbosa da Cruz Júnior – Coronel PM
Presidente da ASSOF
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