O governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) não cogita de aproveitar deputados estaduais e federais no seu secretariado. A se confirmar a informação, será a primeira vez na história recente de Goiás que um mandatário estadual compõe a equipe de auxiliares sem a presença de parlamentares.
Se houvesse cotação numa imaginária bolsa política, poder-se-ia dizer que os deputados estão com as ações em baixa, com valor no nível abaixo do chinelo. Basta dizer que nenhum deputado foi chamado sequer para um cafézinho com o governador eleito nestes 60 dias de transição de governo.
Geralmente, os chefes de Executivo convocam deputados para abrir espaços políticos para ascensão de suplentes de bancadas aliadas. O expediente também sinaliza fortalecimento de lideranças aliadas que não lograram sucesso eleitoral e até um aceno de prestígio de uma determinada base eleitoral.
Bolsonaro, por exemplo, garimpou a presidente da Frente Parlamentar de Agricultura, deputada Teresa Cristina, para o Ministério da Agricultura, numa composição de forças com a bancada ruralista.
Com Caiado, apesar dele contabilizar trajetória de 25 anos como deputado federal e senador, os parlamentares não devem alimentar ambições de ocupar postos de primeiro de escalão no Estadp, como é o caso de deputado estadual Dr. Antônio (DEM), que chegou manifestar interesse em ser secretário da Saúde.
Caiado está literalmente rifando os deputados estaduais e federais.
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