O atacante Walter foi preso na tarde desta sexta em Maceió. Ele foi detido em sua residência, na Ponta Verde, por sacar uma arma de brinquedo para dois funcionários da Eletrobras.
A diretoria do CSA, clube que o jogador defende, confirmou a informação e destacou em nota oficial que não é responsável por atos e despesas pessoais de seus atletas.
Um dos funcionários da companhia energética disse à polícia que foi ao apartamento do atacante cortar a energia e levou um tapa do jogador, que, depois, ainda de acordo com o relato, foi buscar a arma de brinquedo.
A Eletrobras emitiu nota, informou que Walter estava com uma conta em atraso e repudiou as ameaças feitas por ele.
Na Central de Flagrantes, Walter tentou explicar o caso à imprensa. Ele disse que a conta de energia do apartamento em que mora não estava atrasada e que os funcionários da Eletrobras não deveriam chamar os policiais.
- O que aconteceu foi um mal entendido, sabe? Eu, com uma arma de brinquedo de casa, que tenho o comprovante que posso ir para qualquer lugar com ela. Nesse momento, o cara foi cortar a luz de casa e eu desci com essa arma. O cara pensou que eu tinha jurado ele, de alguma forma. Não foi isso o que aconteceu. Eu peço desculpas por tudo, o acidente, tudo. Não foi por mal. Quem me conhece, sabe. É isso aí. Foi um momento errado, uma hora errada.
O jogador disse que a denúncia foi feita porque ele é uma pessoa famosa.
- Tô bem de boa, bem suave, não foi pra mal. Desci para algo que faço em casa, faz tempo que tenho a arma em casa, brinco com ela em casa de vez em quando, lá em baixo. Foi um mal entendido. Acho que não precisava chegar a esse ponto, mas aí viram que era eu, uma pessoa conhecida, e levaram para frente. Mas tenho que agradecer aos policiais, que foram bem bacanas, chegaram humildemente, levei lá no quarto, conversaram de boa. Estou aqui para conversar com a delegada ou delegado e explicar a forma que aconteceu. É uma coisa que eu vou levar para mim, que aprendi.
Tapa no rosto
O tenente-coronel Marlon Araújo, da Radiopatrulha (RP), falou ao G1 sobre o caso e contou a versão de um dos funcionários da Eletrobras.
- Ele disse ao 190 que estava cortando a energia, e que quando o jogador desceu do apartamento, deu um tapa no rosto dele. O Walter então teria subido novamente e já desceu com a arma. Os funcionários então correram e acionaram a PM - explicou o tenente-coronel.
Outra versão
A Eletrobras informou que dois funcionários foram ameaçados pelo jogador e emitiu a nota oficial sobre o caso no início da noite desta sexta.
Ameaça a colaboradores da Eletrobras
A Eletrobras Distribuição Alagoas informa que dois prestadores de serviço foram ameaçados na tarde desta sexta-feira (31) com uma arma, constatada posteriormente ser de brinquedo, ao realizarem uma suspensão de fornecimento de energia no apartamento do jogador Walter Henrique da Silva, localizado no bairro da Ponta Verde. O imóvel possuía fatura em atraso. Os eletricistas foram à Central de Flagrantes prestar os esclarecimentos necessários à Polícia.
A Eletrobras lembra que os clientes devem sempre observar as notificações descritas na fatura de energia. Eventuais faturas em aberto e o prazo para suspensão do fornecimento são informados na conta seguinte. A Eletrobras aponta ainda que o medidor de energia é propriedade da Distribuidora, e o acesso ao equipamento deve ser mantido livre e sem impedimentos para inspeções e outras ações dos técnicos da Empresa. A Eletrobras considera inadmissíveis ameaças a colaboradores e sempre atuará no combate desse tipo de atitude - diz a nota
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